O chão cedeu e um buraco se abriu na BR-290, a Freeway, no Km 46 da pista oeste no sentido Litaoral-Porto Alegre, próximo à região de Glorinha, no último domingo (17). Sem previsão para retornar a normalidade, a via segue com duas faixas interditadas.
A avaria, embora estável, pode ocasionar a interdição da terceira via, caso seja necessário durante o conserto ou devido ao alastramento. As informações foram confirmadas pela CCR ViaSul, concessionária da via, na tarde desta segunda-feira (18).
Devido ao ocorrido, a CCR mantém duas das faixas do sentido Litoral operando em contra fluxo, em direção à Região Metropolitana. Segundo o gerente de operação da empresa, Paulo Linck, a estratégia está sendo usada devido ao alto fluxo causado pelo feriado. A terceira faixa do sentido Porto Alegre também está sendo utilizada, embora desviada para o acostamento.
Linck afirma que receberam a informação de uma fenda na galeria de drenagem da via no início da noite de domingo, o que causou a cratera. A partir daí escavaram para poder encontrar a origem do problema, o que, segundo a CCR ViaSul, ainda não pôde ser especificado. O gerente de operações relata que, devido a pista que continua rodando, o trabalho é minucioso, inclusive com chance de alastramento das avarias, o que bloquearia todo o sentido Litoral-Porto Alegre.
As intervenções incluem, segundo a concessionária, a concretagem da fenda e posterior colocação do aterro. Serão então aplicadas as etapas iniciais de pavimento e, por fim, a sinalização e liberação da via. Não há previsão para término.
Há, segundo o gerente de operações, uma chance "remota" de fechamento de toda a pista no sentido Litoral-Porto Alegre. A faixa atualmente liberada será fechada caso haja algum sinal de novas patologias ou apresente perigo para os usuários da pista. Segundo a CCR ViaSul, monitoram o local de forma constante e aguardam um laudo geotécnico.
Ao mesmo tempo, foi identificada uma nova erosão no canteiro lateral, "estamos dando continuidade nas escavações durante a tarde, acima da linha de drenagem no sentido ao acostamento para tentar identificar o que causou esse problema". Linck descreve que a drenagem está em sete a oito metros do pavimento, o que demanda muito trabalho de retirada de material.
Segundo informações da concessionária, a ocorrência segue estável, mas o tamanho dela vai depender da solução escolhida, que pode demandar uma abertura maior para fazer a compactação do solo, e evitar problemas futuros. O alargamento pode, inclusive, se estender à terceira via.
"Dependendo da avaliação geotécnica do local, que pode vir no final desta tarde ou amanhã de manhã, podemos ter necessidade de bloqueio para recomposição de todo aterro, base e sub-base da rodovia", explica Linck.
Caso a faixa restante seja fechada, continuarão sendo utilizadas as duas pistas no sentido Litoral, em regime de contra fluxo, entre o Km 45 e o Km 48.