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Publicada em 11 de Novembro de 2024 às 16:10

Rio Grande do Sul tem a maior taxa de abstenção do País no Enem 2024

Dos 279 mil inscritos, 42,7% deles estavam ausentes no primeiro dia e 48,6% no segundo

Dos 279 mil inscritos, 42,7% deles estavam ausentes no primeiro dia e 48,6% no segundo

TÂNIA MEINERZ/JC
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Thiago Müller
Thiago Müller Repórter
Apesar de o Rio Grande do Sul ter tido uma alta no número de inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024, a abstenção do Estado foi a maior do país, segundo dados preliminares divulgados em transmissão ao vivo, pelo Ministério da Educação (MEC), na noite de domingo (11). Dos 279 mil inscritos, 48,6% deles estavam ausentes no segundo dia. Já no primeiro, a ausência foi de 42,7%. A abstenção no ano passado, com 160 mil estudantes concorrendo, foi 25,8% e 30,9%, respectivamente. 
Apesar de o Rio Grande do Sul ter tido uma alta no número de inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024, a abstenção do Estado foi a maior do país, segundo dados preliminares divulgados em transmissão ao vivo, pelo Ministério da Educação (MEC), na noite de domingo (11). Dos 279 mil inscritos, 48,6% deles estavam ausentes no segundo dia. Já no primeiro, a ausência foi de 42,7%. A abstenção no ano passado, com 160 mil estudantes concorrendo, foi 25,8% e 30,9%, respectivamente
Esta edição do Enem teve um aumento de 74% em números de inscrições em comparação com 2023. Em geral, conforme as inscrições aumentaram em número, as abstenções tiveram aumento também. Do total de inscrições neste ano, compareceram em torno de 156 mil dos 279 mil estudantes totais no primeiro dia (3), reduzindo para 143 mil no segundo (10).
Apesar do período de inscrições ter ocorrido no mesmo momento das enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul em maio, as inscrições ocorreram em épocas distintas do resto do País. Também houve isenção total da taxa, o que auxiliou a mitigar os danos após as cheias. O período regular para inscrição ocorreu entre 27 de maio e 14 de junho, e, após isso, o sistema foi reaberto entre 16 e 21 do mesmo mês, somente para residentes do território gaúcho.
A tendência de aumento do número de inscritos foi algo presente no cenário brasileiro. A abstenção geral, porém, diminuiu em todo o país. As inscrições totais somaram 5 milhões. Dessas, 4,3 milhões foram confirmadas, representando acréscimo considerável em comparação ao exame de 2023, em que 3,9 milhões de estudantes concorreram.
A abstenção registrada foi 26,5% no primeiro dia. No segundo, 30,6%. Em 2023, o País registrou 28,1% e 30,9% de ausentes, respectivamente. "Houve uma ligeira queda na abstenção em 2024 comparado com 2023 e 2022", disse Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, em transmissão ao vivo. Os cinco com menores abstenções foram estados do nordeste brasileiro. O Santana não detalhou o caso do Rio Grande do Sul.
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a reaplicação pode ser solicitada caso o participante tenha sido afetado por problemas logísticos durante a aplicação das provas ou acometido por uma das doenças infectocontagiosas listadas em edital. Neste último caso, sendo válido quando acometido na semana que antecede o primeiro ou o segundo dia de aplicação das provas.
O processo deve ser feito na Página do Participante, de 11 a 15 de novembro, sendo que a reaplicação ocorre nos dias 10 e 11 de dezembro de 2024.

Enem como conclusão do Ensino Médio

Durante o balanço dos números preliminares do Enem, o Ministro da Educação também anunciou que o MEC irá estudar a ideia da prova certificar estudantes maiores de 18 anos com a conclusão do Ensino Médio. Atualmente, é aplicado no Brasil o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), também destinado a maiores de 18 anos que queiram a certificação.
A Ideia, segundo Santana, é "manter, por enquanto, o Encceja, também para também quem está no Ensino Médio, mas possibilitar que esse jovem tenha a possibilidade ao certificado também com a prova do Enem". A vantagem da possibilidade seria ingressar ao ensino superior logo após o término do ensino médio.
O ministro, porém, ressalta: primeiramente, será realizado uma avaliação do caso. O Inep ainda se debruçará sobre o assunto e os estudos de viabilidade serão apresentados até maio de 2025.

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