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Publicada em 13 de Setembro de 2024 às 18:20

Infraero e Piratini se pronunciam sobre balões de Torres e negam vetos

Festival de balonismo em Torres leva milhares de turistas à cidade; desafio é conciliar atividade com aeroporto

Festival de balonismo em Torres leva milhares de turistas à cidade; desafio é conciliar atividade com aeroporto

Prefeitura de Torres/Divulgação/JC
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Mauro Belo Schneider
Mauro Belo Schneider Editor-executivo
Com a notícia de que o aeroporto de Torres passaria do Estado para a Infraero, em agosto, os balonistas ficaram receosos de voar devido às possíveis penalizações. Na prática, os voos de balões foram suspensos até que houvesse uma regulação que conciliasse a operação do aeroporto e os balões.
Com a notícia de que o aeroporto de Torres passaria do Estado para a Infraero, em agosto, os balonistas ficaram receosos de voar devido às possíveis penalizações. Na prática, os voos de balões foram suspensos até que houvesse uma regulação que conciliasse a operação do aeroporto e os balões.
Os voos comerciais, em Torres, entretanto dependem de obras de melhorias no aeroporto localizado no Litoral Norte do Estado, que levarão 30 dias.
Torres é muito conhecida pelos balões no céu, inclusive por sediar o Festival Internacional de Balonismo anualmente. Por isso, Reni Pinho, piloto de aviação civil e de balão, e Rogério Daitx, presidente da Federação Gaúcha de Balonismo (FGB), demonstraram preocupação com a relação entre o balonismo e o espaço aéreo, além da impossibilidade atual de usar o aeroporto para aulas de aviação. Eles divulgaram a posição no dia da assinatura das três primeiras ordens de serviço que dão início às obras necessárias para a operação de voos comerciais no aeroporto.
Na quarta-feira, em entrevista ao Jornal do Comércio, Daitx disse estar otimista com a organização dos processos, mas reportou que não estava podendo usar seu balão e nem treinar para competições por falta de um parecer, chamado de carta de anuência, por parte da Infraero.
A Infraero, no entanto, informa que ainda não está sob sua tutela as decisões referentes ao terminal, que antes estava sob responsabilidade do Estado. Já o governo do Rio Grande do Sul reforça que não há veto por sua parte, e que agora questões burocráticas estariam nas mãos da empresa pública. O setor aguarda por um comunicado mais claro sobre como funcionará essa divisão do espaço aéreo. Em meio a esse impasse, os voos de balões não estão ocorrendo.
Até o momento, o que há são manifestações informando que não há um veto oficial. “A Infraero esclarece que a transição operacional do Aeroporto de Torres do Estado do Rio Grande do Sul para a Companhia está em andamento, com prazo de até 120 dias, conforme Portaria nº 422, de 2 de setembro de 2024. Até a conclusão do processo, o Aeroporto de Torres continua sob administração e responsabilidade do Estado do Rio Grande do Sul. Por fim, a Infraero esclarece que até a presente data não foi contatada formalmente pela Federação Gaúcha de Balonismo e se coloca à disposição para futuras tratativas”, informou a companhia através de nota enviada à reportagem pela assessoria de imprensa.
Na segunda-feira, em Torres, o presidente da Infraero, Rogério Amado Barzellay, e o diretor de projeto da Secretaria de Reconstrução Gaúcha, Milton Zuanazzi, falaram sobre o assunto e garantiram que o aeroporto não irá impedir as atividades de balonismo. "O espaço aéreo é imenso. O regulamento favorece os esportes aéreos", disse Zuanazzi.
A Secretaria Estadual da Reconstrução Gaúcha, por sua vez, reforçou, na manhã desta sexta-feira (13), que os voos estão permitidos por parte do governo do Estado — considerado o operador provisório. Uma nota foi enviada à reportagem detalhando o assunto.
"O Departamento Aeroportuário (Dap) da Secretaria de Logística e Transportes do Estado (Selt) informa que não recebeu nenhuma demanda para modificar a autorização em relação ao que já havia sido concedido à prefeitura de Torres, no que se refere ao pedido de separação do espaço aéreo para o balonismo. O Dap informa, ainda, que foi concedida autorização para separação do espaço aéreo para o balonismo em agosto. Qualquer alteração da autorização dada para a prefeitura, modificando os seus termos, deverá ser concedida pelo novo operador do aeroporto, que é a Infraero. No dia 4 de setembro, foi publicada uma portaria no Diário Oficial da União que atribui para a Infraero a administração e exploração do Aeroporto de Torres."

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