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Publicada em 09 de Setembro de 2024 às 19:09

Fechado desde maio, Hospital de Pronto Socorro de Canoas irá reabrir no final de setembro

Abertura total está prevista para 17 de dezembro, data de aniversário do HPSC

Abertura total está prevista para 17 de dezembro, data de aniversário do HPSC

THAYNÁ WEISSBACH/JC
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Fabrine Bartz
Fabrine Bartz Repórter
Referência em traumatologia, o Hospital Pronto Socorro de Canoas (HPSC), no bairro Mathias Velho, é o único ainda fechado em razão das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul. Após quatro meses, a reabertura parcial ocorre no dia 30 de setembro. A retomada total das atividades está prevista para 17 de dezembro - data em que o hospital celebra os 19 anos de existência. No primeiro momento, serão reabertas unidades de internação com até 34 leitos, uma sala de observação e três consultórios para atendimentos de baixa e média complicação. Estima-se que o prejuízo no local é R$ 70 milhões, sendo R$ 37 milhões em equipamentos e R $32 milhões em estruturas. Para quem se desloca até o HPSC, além de encontrar o ambiente em obras, se depara com as marcas nas paredes, que reforçam a madrugada do dia 3 para 4 de maio, quando a água passou de três metros de altura.
Referência em traumatologia, o Hospital Pronto Socorro de Canoas (HPSC), no bairro Mathias Velho, é o único ainda fechado em razão das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul. Após quatro meses, a reabertura parcial ocorre no dia 30 de setembro. A retomada total das atividades está prevista para 17 de dezembro - data em que o hospital celebra os 19 anos de existência.

No primeiro momento, serão reabertas unidades de internação com até 34 leitos, uma sala de observação e três consultórios para atendimentos de baixa e média complicação. Estima-se que o prejuízo no local é R$ 70 milhões, sendo R$ 37 milhões em equipamentos e R $32 milhões em estruturas. Para quem se desloca até o HPSC, além de encontrar o ambiente em obras, se depara com as marcas nas paredes, que reforçam a madrugada do dia 3 para 4 de maio, quando a água passou de três metros de altura.
“Esse foi o hospital mais afetado nas enchentes, ficamos mais de 20 dias submersos. Esse histórico é muito importante porque as pessoas que não circulam por aqui, não entendem como realmente foi o impacto”, lamenta o diretor administrativo do HPSC, Marcelo Elísio Oliveira. Embora já seja possível circular pela unidade, o impacto da enchente ainda é perceptível em todo o térreo da estrutura de dois andares.
O percurso desde a entrada - seja pela sala vermelha, destinada aos casos mais urgentes, ou pela entrada de visitantes -, até o meio das escadas entre o primeiro e o segundo andar é guiado por um rastro nas paredes. Devido ao desnível do terreno, em alguns pontos, a marca parece estar mais alta.

O ponto que separa as áreas é exatamente o local onde houve o resgate das pessoas que estavam no HPSC na madrugada que foi o ápice da enchente. “As últimas pessoas que foram resgatadas saíram por este local. A água estava nesse nível, entre o primeiro e o segundo andar, então vamos fazer um memorial para eternizar”, mostra Oliveira.
Um memorial será construido no espaço utilizado para os resgates  | THAYNÁ WEISSBACH/JC
Um memorial será construido no espaço utilizado para os resgates THAYNÁ WEISSBACH/JC


Equipes do Corpo de Bombeiros (CBMRS), da Brigada Militar e do Exército Brasileiro contribuíram no restante da população. Ao todo, 400 pessoas, entre funcionários, pacientes, acompanhantes e vizinhos, estavam no local.
Salas utilizadas para o acolhimento das famílias e bem estar dos funcionários também foram impactadas pela água, assim como o refeitório. Até a retomada total, o antigo auditório será utilizado como um refeitório. O processo de limpeza do local foi realizado em etapas, uma equipe terceirizada foi contratada pelo próprio HPSC para realizar a retirada dos equipamentos, incluindo os móveis, e evitar o risco biológico.

De acordo com o diretor administrativo do HPSC, “depois que o terreno sedimentou, havia risco biológico com as agulhas e seringas. O trabalho de limpeza, com início em 11 de junho, foi realizado em 26 dias, exceto um final de semana que estava com alerta de evacuação”.

O Estado conta apenas com dois hospitais de Pronto Socorro, sendo o Hospital de Porto Alegre o mais antigo, enquanto a estrutura de Canoas é a mais recente. O espaço na Região Metropolitana é responsável pelo atendimento de 102 municípios. Ao todo, nove hospitais gaúchos foram atingidos pelas cheias. Destes, cinco foram totalmente interditados e quatro parcialmente.
Cremers realiza vistoria prévia e avalia condições para reabertura 
Após uma vistoria prévia na última quinta-feira (26), o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers), afirmou, em nota, que não recomenda a reabertura neste momento. "Caso o HPSC for reaberto como pronto atendimento, alertamos à população que será para atendimento de baixa complexidade e como estrutura de retaguarda para o Hospital Nossa Senhora das Graças, que continuará atendendo os casos mais graves na região".
Confira a lista de hospitais impactados pelas enchentes no Rio Grande do Sul
Totalmente interditados
  • Canoas - Hospital de Pronto Socorro
  • Roca Sales - Sociedade Beneficente Roque Gonzales
  • Rolante - Fundação Hospitalar de Rolante
  • Sinimbu - Hospital Beneficente Sinimbu
  • Três Coroas - Fundação Hospitalar Dr. Oswaldo Diesel
Parcialmente interditados
  • Encantado - Hospital Beneficente Santa Terezinha
  • Santa Maria - Hospital Regional de Santa Maria
  • Estrela - Sociedade Sulina Divina Providência
  • São Luiz Gonzaga - Sociedade Hospitalar São Luiz Gonzaga
(Fonte: Secretaria Estadual da Saúde)
 
 

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