Referência em traumatologia, o Hospital Pronto Socorro de Canoas (HPSC), no bairro Mathias Velho, é o único ainda fechado em razão das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul. Após quatro meses, a reabertura parcial ocorre no dia 30 de setembro. A retomada total das atividades está prevista para 17 de dezembro - data em que o hospital celebra os 19 anos de existência.
No primeiro momento, serão reabertas unidades de internação com até 34 leitos, uma sala de observação e três consultórios para atendimentos de baixa e média complicação. Estima-se que o prejuízo no local é R$ 70 milhões, sendo R$ 37 milhões em equipamentos e R $32 milhões em estruturas. Para quem se desloca até o HPSC, além de encontrar o ambiente em obras, se depara com as marcas nas paredes, que reforçam a madrugada do dia 3 para 4 de maio, quando a água passou de três metros de altura.
No primeiro momento, serão reabertas unidades de internação com até 34 leitos, uma sala de observação e três consultórios para atendimentos de baixa e média complicação. Estima-se que o prejuízo no local é R$ 70 milhões, sendo R$ 37 milhões em equipamentos e R $32 milhões em estruturas. Para quem se desloca até o HPSC, além de encontrar o ambiente em obras, se depara com as marcas nas paredes, que reforçam a madrugada do dia 3 para 4 de maio, quando a água passou de três metros de altura.
“Esse foi o hospital mais afetado nas enchentes, ficamos mais de 20 dias submersos. Esse histórico é muito importante porque as pessoas que não circulam por aqui, não entendem como realmente foi o impacto”, lamenta o diretor administrativo do HPSC, Marcelo Elísio Oliveira. Embora já seja possível circular pela unidade, o impacto da enchente ainda é perceptível em todo o térreo da estrutura de dois andares.
O percurso desde a entrada - seja pela sala vermelha, destinada aos casos mais urgentes, ou pela entrada de visitantes -, até o meio das escadas entre o primeiro e o segundo andar é guiado por um rastro nas paredes. Devido ao desnível do terreno, em alguns pontos, a marca parece estar mais alta.
O ponto que separa as áreas é exatamente o local onde houve o resgate das pessoas que estavam no HPSC na madrugada que foi o ápice da enchente. “As últimas pessoas que foram resgatadas saíram por este local. A água estava nesse nível, entre o primeiro e o segundo andar, então vamos fazer um memorial para eternizar”, mostra Oliveira.
O ponto que separa as áreas é exatamente o local onde houve o resgate das pessoas que estavam no HPSC na madrugada que foi o ápice da enchente. “As últimas pessoas que foram resgatadas saíram por este local. A água estava nesse nível, entre o primeiro e o segundo andar, então vamos fazer um memorial para eternizar”, mostra Oliveira.

Um memorial será construido no espaço utilizado para os resgates
THAYNÁ WEISSBACH/JC
Equipes do Corpo de Bombeiros (CBMRS), da Brigada Militar e do Exército Brasileiro contribuíram no restante da população. Ao todo, 400 pessoas, entre funcionários, pacientes, acompanhantes e vizinhos, estavam no local.
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Salas utilizadas para o acolhimento das famílias e bem estar dos funcionários também foram impactadas pela água, assim como o refeitório. Até a retomada total, o antigo auditório será utilizado como um refeitório. O processo de limpeza do local foi realizado em etapas, uma equipe terceirizada foi contratada pelo próprio HPSC para realizar a retirada dos equipamentos, incluindo os móveis, e evitar o risco biológico.
De acordo com o diretor administrativo do HPSC, “depois que o terreno sedimentou, havia risco biológico com as agulhas e seringas. O trabalho de limpeza, com início em 11 de junho, foi realizado em 26 dias, exceto um final de semana que estava com alerta de evacuação”.
O Estado conta apenas com dois hospitais de Pronto Socorro, sendo o Hospital de Porto Alegre o mais antigo, enquanto a estrutura de Canoas é a mais recente. O espaço na Região Metropolitana é responsável pelo atendimento de 102 municípios. Ao todo, nove hospitais gaúchos foram atingidos pelas cheias. Destes, cinco foram totalmente interditados e quatro parcialmente.
De acordo com o diretor administrativo do HPSC, “depois que o terreno sedimentou, havia risco biológico com as agulhas e seringas. O trabalho de limpeza, com início em 11 de junho, foi realizado em 26 dias, exceto um final de semana que estava com alerta de evacuação”.
O Estado conta apenas com dois hospitais de Pronto Socorro, sendo o Hospital de Porto Alegre o mais antigo, enquanto a estrutura de Canoas é a mais recente. O espaço na Região Metropolitana é responsável pelo atendimento de 102 municípios. Ao todo, nove hospitais gaúchos foram atingidos pelas cheias. Destes, cinco foram totalmente interditados e quatro parcialmente.
Cremers realiza vistoria prévia e avalia condições para reabertura
Após uma vistoria prévia na última quinta-feira (26), o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers), afirmou, em nota, que não recomenda a reabertura neste momento. "Caso o HPSC for reaberto como pronto atendimento, alertamos à população que será para atendimento de baixa complexidade e como estrutura de retaguarda para o Hospital Nossa Senhora das Graças, que continuará atendendo os casos mais graves na região".
Confira a lista de hospitais impactados pelas enchentes no Rio Grande do Sul
Totalmente interditados
- Canoas - Hospital de Pronto Socorro
- Roca Sales - Sociedade Beneficente Roque Gonzales
- Rolante - Fundação Hospitalar de Rolante
- Sinimbu - Hospital Beneficente Sinimbu
- Três Coroas - Fundação Hospitalar Dr. Oswaldo Diesel
Parcialmente interditados
- Encantado - Hospital Beneficente Santa Terezinha
- Santa Maria - Hospital Regional de Santa Maria
- Estrela - Sociedade Sulina Divina Providência
- São Luiz Gonzaga - Sociedade Hospitalar São Luiz Gonzaga
(Fonte: Secretaria Estadual da Saúde)