Porto Alegre, dom, 13/04/25

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Publicada em 25 de Junho de 2024 às 12:30

Centro de Acolhimento Humanitário de Porto Alegre recebe desabrigados a partir de julho

Pavilhão que receberá as famílias ainda está em processo de montagem

Pavilhão que receberá as famílias ainda está em processo de montagem

TÂNIA MEINERZ/JC
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Arthur Reckziegel
Arthur Reckziegel Repórter
O Centro de Acolhimento Humanitário (CHA) de Porto Alegre, localizado na avenida Baltazar de Oliveira Garcia, será inaugurado no dia 10 de julho. A informação foi divulgada pelo vice-governador Gabriel Souza durante vistoria ao local na manhã desta terça-feira (25). A finalidade do espaço será receber pessoas que perderam suas casas em decorrência das enchentes de maio e estão em abrigos provisórios. O CHA pode receber em torno de 800 a mil pessoas em suas dependências. Até o momento, 848 pessoas serão direcionadas para lá a partir do mês que vem. 
O centro está sendo construído em cima da área na qual estava o campo de futebol dos fundos do Centro Humanístico Vida. "Há 16 dias estávamos retirando as goleiras do gramado, já avançamos bastante na construção da estrutura desde então", descreve o secretário de Obras e Infraestrutura de Porto Alegre, André Flores. 
Em relação à infraestrutura, os espaços contarão com ambientes multiuso; espaços para crianças e para animais de estimação; refeitório; cozinha; lavanderia; fraldário/lactário; depósitos; área de triagem; área para assistência médica e social; banheiros masculinos, femininos e neutros; áreas para convivência e, em especial, para as famílias monoparentais chefiadas por mulheres. Importante ressaltar que as famílias ficarão em pavilhão separado, enquanto homens e mulheres solteiras ficarão em outro. A Brigada Militar atuará 24 horas por dia fazendo a segurança do ambiente. 
O custeio das estruturas e da gestão dos espaços, que será feita pela Agência da Organização das Nações Unidas para Migração (OIM), será financiado pelo Sistema Fecomércio/Sesc/Senac. 
O vice-governador salienta a importância da iniciativa. "São espaços dignos que, provisoriamente, vão abrigar essas pessoas até que o governo federal ceda a elas suas casas definitivas. Nesse meio tempo, queremos oferecer uma acolhida solidária", informa Souza. 
Gabriel Souza disse que a ideia é oferecer uma acolhida solidária aos atingidos pelas enchentes
Gabriel Souza disse que a ideia é oferecer uma acolhida solidária aos atingidos pelas enchentes TÂNIA MEINERZ/JC
Segundo ele, Canoas e Porto Alegre totalizam metade dos desabrigados do Estado, por isso tem a prioridade na construção dessas estruturas.  "No momento, a informação é que existem oito mil desabrigados no Rio Grande do Sul. É um número que está diminuindo a cada dia, porém daqui a pouco atingiremos um teto, já que muitas pessoas não tem condição alguma de retornarem as suas casas", declara. 
Em Canoas, o CHA da Refap, que terá capacidade para abrigar até 1 mil pessoas, será inaugurado na primeira semana de julho, ainda sem data definida. Ao todo, serão erguidas 200 unidades habitacionais cedidas pela Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). Ainda poderão ser disponibilizados Centros de Acolhimento Humanitário no estacionamento do Porto Seco (Zona Norte) e no Centro de Eventos Ervino Besson, no bairro Vila Nova (Zona Sul). Entretanto, estes ainda não foram confirmados pelo governo do Estado. 

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