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Publicada em 11 de Junho de 2024 às 21:17

Escola João Goulart, no bairro Sarandi, tem perda de todo material didático

Nível da água passou dos 3 m e danificou as salas de aula

Nível da água passou dos 3 m e danificou as salas de aula

Fabrine Bartz/Especial/JC
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Fabrine Bartz
Fabrine Bartz Repórter
Pela primeira vez, em 35 dias, foi possível acessar a Escola de Ensino Fundamental Presidente João Goulart, localizada no bairro Sarandi. A região foi uma das últimas da cidade onde a água baixou. As marcas nas paredes ultrapassam os 3 metros de altura. Todas as salas, pisos, forros de madeira e a parte elétrica estão comprometidos. Ontem, uma vistoria foi realizada pela secretaria Municipal de Educação (Smed).
Pela primeira vez, em 35 dias, foi possível acessar a Escola de Ensino Fundamental Presidente João Goulart, localizada no bairro Sarandi. A região foi uma das últimas da cidade onde a água baixou. As marcas nas paredes ultrapassam os 3 metros de altura. Todas as salas, pisos, forros de madeira e a parte elétrica estão comprometidos. Ontem, uma vistoria foi realizada pela secretaria Municipal de Educação (Smed).
O próximo passo será a limpeza, mas ainda não há previsão de retomada das atividades. "Percebemos a perda de 100% do mobiliário, além do comprometimento da rede de energia e internet. Praticamente, todos os utensílios do térreo foram perdidos", destaca o secretário Maurício Cunha. Sem dados concretos sobre os prejuízos no local, o cálculo para reconstrução das 14 escolas atingidas pelas enchentes passa de R$ 35 milhões na Capital.
Na conta, os custos com o mobiliário como, por exemplo, geladeiras e fogões já foram incluídos. Com a vistoria, será possível identificar as prioridades e aproximar o cálculo da realidade. A escola ainda apresenta lama e cheiro forte, principalmente no refeitório. Na biblioteca, todos os livros foram perdidos, assim como os equipamentos da sala de professores, secretaria e diretoria.
Para a continuidade das atividades, mais de 600 alunos serão realocados na Escola de Ensino Fundamental Paixão Cortes, na Vila Ipiranga. Segundo o diretor Manoel José Ávila da Silva, logo após as enchentes, foi realizada uma busca ativa, localizando os alunos e as famílias afetadas, por meio de grupos de WhatsApp. Dos 673, a comunidade escolar tem conhecimento da situação de 630.
Outro movimento de acolhimento foi a criação de um centro de distribuição, no mesmo bairro. "Recolhemos e realizamos as doações a todas famílias que nos procuraram", conta o diretor. De acordo com ele, a água chegou ao local ainda no dia 1º de maio. Nos dois dias seguintes, algumas famílias já foram removidas do bairro. No dia 4, o acesso à escola já estava inviabilizado.
Conforme o secretário, a retomada das atividades nas escolas do bairro Sarandi depende de dois fatores. O primeiro, trata-se do tempo de reerguimento da insituição - que considera a limpeza que será feita. "Esse processo tem demorado em outras escolas, mesmo com o apoio do Exército Brasileiro". Posteriormente, uma empresa contratada deve realizar a limpeza química para descontaminação. Já o segundo fator, são as obras civis.
Enquanto isso, a Smed busca fortalecer o ensino híbrido, ontem, 400 kits educativos foram entregues à pasta e serão repassados aos estudantes. Os materiais são yma doação, intermediada pelo Colégio Farroupilha, da Companhia de Maria, de São Paulo. Além disso, a compra de materiais pedagógicos está em andamento e o corpo técnico já foi contratado.
A mesma vistoria também foi realizada na Escola de Educação Infantil Vila Elizabeth, na segunda-feira. O processo de limpeza inicia amanhã.
 

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