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Publicada em 10 de Junho de 2024 às 18:14

Governo federal anuncia R$ 100 milhões para prédios públicos eficientes

Expectativa é de que haja aumento na produção de energia própria utilizando fontes limpas

Expectativa é de que haja aumento na produção de energia própria utilizando fontes limpas

JOSEPH EID/AFP/JC
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Agência Brasil
Uma iniciativa do governo federal vai destinar R$ 100 milhões para estimular reformas em prédios públicos, de forma que as edificações reduzam o consumo de energia elétrica e tenham fontes renováveis de energia. O programa é uma chamada pública anunciada nesta segunda-feira (10) pelo Ministério de Minas e Energia (MME), durante a inauguração de um prédio modelo, no Rio de Janeiro.
Uma iniciativa do governo federal vai destinar R$ 100 milhões para estimular reformas em prédios públicos, de forma que as edificações reduzam o consumo de energia elétrica e tenham fontes renováveis de energia. O programa é uma chamada pública anunciada nesta segunda-feira (10) pelo Ministério de Minas e Energia (MME), durante a inauguração de um prédio modelo, no Rio de Janeiro.
A publicação do edital está prevista para o 2º semestre deste ano. A seleção estará aberta para prédios públicos municipais, estaduais e federais. O objetivo é que as edificações alcancem o nível "energia zero", o que significa uso eficiente e geração energética própria, de forma que o saldo de consumo de energia vinda de distribuidores fique igual ou próximo a zero. Além das reformas, a verba financiará a instalação de sistemas de geração de energia limpa, como a solar.
O secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do MME, Thiago Barral, explicou que um dos critérios para a seleção dos projetos de reforma beneficiados é o potencial de redução no consumo. Ou seja, quanto maior a economia de energia, maior a chance de um projeto ser selecionado. Barral considera que iniciativa para otimização do consumo de energia no setor de edificações é "fundamental para uma transição energética justa e inclusiva".
A consulta dará prioridade a edificações que têm como finalidades acolher serviços de saúde, de educação e administrativos. Outro critério de seleção será geográfico. "A gente quer diversificar geograficamente, projetos nas várias regiões do país. A gente está buscando esse critério de diversidade geográfica, principalmente, porque cada região tem características que exigem soluções diferentes", explicou o secretário.
Os recursos serão provenientes do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), executado pela Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar), vinculada ao MME. De acordo com o Procel, as edificações representam um dos grandes consumidores do setor elétrico, sendo responsáveis por aproximadamente 50% da demanda total no país.

Oportunidade para o Brasil

Para o vice-presidente de Tecnologia e Inovação da Eletrobras, Juliano Dantas, o investimento em tecnologia na área de energia elétrica tem uma ligação umbilical com a transição energética, isto é, com um cenário em que o consumo de energia fóssil, mais poluente, perde relevância ante fontes renováveis e limpas.
"A transição energética é uma necessidade que surge e acaba realizando uma vocação do país. O país tem essa vocação energética de uma forma geral e é abençoado por um potencial energético renovável muito grande. A necessidade global tem um casamento perfeito com a vocação nacional", explicou, fazendo referência à oferta de fontes solar, eólica e de biocombustíveis como alguns dos trunfos na corrida pela transição energética.
Dantas defende uma união entre Estado e iniciativa privada para criar uma estratégia que "visualize como o país captura essa grande oportunidade que se desenha à nossa frente".

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