Na manhã de sexta-feira (24), a Redenção já se recuperava do grande volume de chuvas que atingiu Porto Alegre no dia anterior. Seguindo seu curso natural, as águas que se acumularam na esquina da avenida João Pessoa com a rua José Bonifácio já haviam escoado, restando apenas poças espalhadas pelos locais mais baixos do parque.
Segundo o ambientalista e membro do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Porto Alegre, Roberto Jakubaszko, a parte perto do chafariz central foi a mais atingida devido ao calçamento que atua como um “impermeabilizante”, não deixando a água ser absorvida.
“A água que não pode ser drenada pela terra produziu um espelho aqui de dois, três centímetros. Quem bate uma foto, faz um vídeo, acha que a Redenção alagou, mas uma das coisas mais difíceis de acontecer é a Redenção ficar alagada”, afirma o especialista.

De acordo com ele, o parque é uma grande bacia de contenção, que atua como uma esponja. “Há uma pequena correnteza aqui por causa de um desnível da avenida Osvaldo Aranha e a João Pessoa de aproximadamente 70 centímetros. Pela largura que tem nesse trajeto, a gente não nota esse aclive ou declive quando se vem voltando. Mas ela existe, e a natureza faz isso”, explica Jakubaszko.
Da mesma opinião, um dos membros do Coletivo Preserva Redenção, Maximiliano José Limbacher, classificou este pós-chuva como o normal para situações de grande acúmulo de precipitações. “Ela absorve grande parte da água da região, isso aqui é um grande sorvedouro da água da chuva. E espero que isso continue, uma das linhas de defesa da nossa região é o Parque da Redenção”, analisa.
