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Publicada em 16 de Maio de 2024 às 15:59

Governo federal detalha contratação de três estudos preventivos para evitar novas enchentes

Entre as medidas está recuperar os diques e planejar novas obras, de forma intermunicipal

Entre as medidas está recuperar os diques e planejar novas obras, de forma intermunicipal

EVANDRO OLIVEIRA/JC
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Thiago Müller
Thiago Müller
O governo federal irá contratar estudos preventivos para que não ocorram novamente as enchentes que continuam a atingir o Estado do RS. Estudos serão na área de contenção de águas, drenagem, e barramento, integrados de forma intermunicipal. A informação foi dada pelo ministro dos Transportes Renan Filho nesta quinta-feira (16), em transmissão ao vivo em suas redes. Também foram pautas na reunião obras de limpeza e drenagem.
O governo federal irá contratar estudos preventivos para que não ocorram novamente as enchentes que continuam a atingir o Estado do RS. Estudos serão na área de contenção de águas, drenagem, e barramento, integrados de forma intermunicipal. A informação foi dada pelo ministro dos Transportes Renan Filho nesta quinta-feira (16), em transmissão ao vivo em suas redes. Também foram pautas na reunião obras de limpeza e drenagem.
O ministro apontou para a falta de manutenção nos diques, operantes desde 1941. “Foram construídos para evitar as enchentes, mas veio essa chuva forte, e por falta de manutenção por muito tempo, essa água entrou”. O sistema, inclusive, não sofreu intervenções nem na última inundação que atingiu o RS, sete meses atrás.
A partir disso, serão contratados três estudos, em três áreas. O primeiro será para definir como conter as águas ainda nas regiões da Serra, antes das bacias afluentes desaguarem no Guaíba. O segundo, por sua vez, será para aumentar a eficiência de drenagem do Guaíba em caso de subida. A última área diz respeito aos diques, tanto para recuperar os diques existentes, quanto planejar novas obras. Segundo o Renan Filho, as cidades possuíam uma configuração espacial diferente, na época da construção dessas estruturas, e, portanto elas precisariam de adaptação ao crescimento contínuo da infraestrutura urbana.
Além de ser realizado de forma integrada, entre os municípios, conforme explicação do ministro, as ações serão fiscalizadas pelo governo federal, e geridas no âmbito estadual.

Bombeamento de água e limpeza

O ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, também presente na coletiva, explicou que ainda há a recomendação do órgão federal para que sejam realizados planos de trabalho para o bombeamento de água nas regiões afetadas. Ele citou que haverá apoio de governos estaduais para ter acesso à bombas de drenagem. Segundo Góes, irão oferecer auxílio os governos estaduais de São Paulo, Ceará e Alagoas.
Juntamente com o plano de trabalho específico para bombeamento de água, ainda haverá planos municipais para limpeza e desobstrução das cidades, que podem ser apresentados à medida que os bairros forem secando. Adicionalmente, será realizado um plano mais robusto, quando os municípios como um todo estiverem em condições de realizar a limpeza.
O ministro da Reconstrução, Paulo Pimenta, ressaltou ser uma prioridade a drenagem urbana. Pois, como alguns diques apresentaram vazamento, a água deve continuar presente mesmo que os níveis dos rios diminuam.
“Cidades que têm grandes áreas embaixo d'água são cidades que tem o maior número de pessoas em abrigos”, explicou. E, com o atual nível da água, não se pode saber nem quantas casas foram realmente afetadas.

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