O Rio Gravataí voltou a baixar nas últimas 24 horas. Desta vez, a queda em relação ao registrado no dia anterior foi de 13 centímetros. A medida na Estação Hidrometeorológica de Gravataí, no Passo das Canoas, era de 6m02cm na manhã desta quinta. Representa 20 centímetros abaixo do ápice da cheia, no começo da semana. A altura considerada normal no rio é de 2m60cm.
Com isso, também começam a mudar os números da Prefeitura de Gravataí em relação ao amparo de famílias atingidas pelas cheias. Nesta manhã, 1.609 pessoas seguiam nos abrigos organizados no município. Uma redução de pouco mais de 300 pessoas em relação a dois dias atrás. Ainda assim, regiões como a Vila Rica, em Gravataí, e Parque da Matriz, em Cachoeirinha, seguem com boa parte das ruas debaixo d'água. E há alerta em relação aos próximos dias, quando é previsto chuva no Estado, com possíveis reflexos na região do Guaíba.
A baixa do rio, no entanto, reforça o papel de Gravataí como um ponto estratégico da Região Metropolitana em relação às ações de socorro e retomada. Até esta manhã, 70% da cidade já estava com o abastecimento de água normalizado e a perspectiva da Corsan é de que, em dois dias, seja possível ter água potável em 100% do município. Estruturas como a Ceasa/RS estão operando provisoriamente em Gravataí, e a cidade recebe 1.200 pessoas vindas de localidades de Canoas, Porto Alegre e Eldorado do Sul, fortemente atingidas pelas cheias. São 31 abrigos em Gravataí e outros 28 em Cachoeirinha, que seguem recebendo desabrigados.
O município tem ainda, em seu Centro Administrativo, uma central de recebimento e distribuição de donativos para as áreas mais prejudicadas. Embarques em caminhões e helicópteros têm acontecido desde esta quarta com destino às regiões atingidas.