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Publicada em 08 de Abril de 2024 às 17:07

Grupo Hospitalar Ana Nery assume gestão do Hospital Padre Jeremias, em Cachoeirinha

Decisão foi oficializada neste domingo (07) e foi acompanhada pela suspensão das greves pelos Sindicatos envolvidos

Decisão foi oficializada neste domingo (07) e foi acompanhada pela suspensão das greves pelos Sindicatos envolvidos

Instituto Cardiologia/Divulgação/JC
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Thiago Müller
Thiago Müller
O Hospital Padre Jeremias, de Cachoeirinha, realizou troca oficial de gestão nesta segunda-feira (8). O novo gestor do estabelecimento de saúde é o Grupo Hospitalar Ana Nery, de Santa Cruz do Sul. O grupo passou a fazer a administração da instituição, que pertence ao governo do Estado, no lugar da Fundação Universitária de Cardiologia (FUC). As informações foram publicadas no portal do governo estadual do Rio Grande do Sul.
O Hospital Padre Jeremias, de Cachoeirinha, realizou troca oficial de gestão nesta segunda-feira (8). O novo gestor do estabelecimento de saúde é o Grupo Hospitalar Ana Nery, de Santa Cruz do Sul. O grupo passou a fazer a administração da instituição, que pertence ao governo do Estado, no lugar da Fundação Universitária de Cardiologia (FUC). As informações foram publicadas no portal do governo estadual do Rio Grande do Sul.
A decisão foi oficializada no último domingo (7), após uma reunião com o prefeito do município, Cristian Rosa, entidades responsáveis e o administrador do Ana Nery, Gilson Feitosa Filho, assim como o Sindisaúde-RS, sindicato que representa os trabalhadores da saúde no Estado.
Os trabalhadores do hospital assumido pelo grupo Ana Nery, juntamente com os do hospital de alvorada, haviam decidido por paralisação na última segunda (1), ação suspensa com a nova gestão. O motivo era o não pagamento das verbas rescisórias pela FUC após transições de gestão.
A Fundação, antiga administradora, era responsável pela administração também dos hospitais de Alvorada; Hospital de Viamão; Hospital Regional de Santa Maria; e Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal. Atualmente, encontra-se em regime de Recuperação Judicial, desde o fim de 2023.
A crise da FUC, e consequente troca de gestão, se insere no contexto do Programa Assistir, que reorganizou os recursos destinados à saúde em 2021. O Programa foi revisado no fim do ano de 2023, após a demanda de R$ 500 milhões anuais na área. O passivo da FUC na época era de  R$ 233.741.655,19, acumulado ao longo dos últimos anos por razões estruturais e fatores externos, como a pandemia de Covid-19, desequilíbrio nas tabelas SUS e problemas no IPE Saúde.
Segundo o governo do Estado, a transferência da gestão foi acertada a partir da escolha do Hospital Ana Nery, em fevereiro, através de análise de propostas. A mudança, busca normalizar o atendimento à população e aprimorar os procedimentos oferecidos pela instituição.

Suspensão de greve em Cachoeirinha

O Hospital de Cachoeirinha encontrava-se em situação de paralisação na última segunda-feira (1), a motivação da greve era a confirmação de não pagamento de verbas rescisórias dos trabalhadores, o que, segundo Sindisaúde-RS, deveria ter sido feito após transições de gestões que estão sendo realizadas em Cachoeirinha e Alvorada, além de uma possível demissão em massa em Viamão.
O diretor do Sindisaúde, Julio Jesien, vê essa troca de gestão com otimismo. "Um processo bem diferente do que o que a gente assistiu lá em Alvorada", afirma, referindo-se ao fato do novo contratante daquele hospital, a Associação Beneficente João Paulo II, não continuar o contrato dos antigos funcionários. Houve, inclusive, a demissão de 495 deles por e-mail.
O Sindicato, conforme o relato de Jesien, acompanhou a transição. Segundo ele, nessa gestão, os trabalhadores do Cardiologia, já assumiram como empregados do Ana Nery. "Inclusive já tinham feito o exame médico". O sindicalista destaca que foi aberto um canal promissor de negociações com a nova administradora. "Acho que não devemos ter grandes problemas nesse processo", relata.
Já as verbas rescisórias pendentes, uma das demandas do sindicato, será resolvida somente nas próximas mediações junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 4ª região (TRT-4). Lá, vai ser decidido, segundo o sindicato, sobre verbas para quase mil trabalhadores de Alvorada e Cachoeirinha.
"Até o dia 16, o Cardiologia tem a obrigação de apresentar todos os termos de rescisão de contrato de trabalho com seus devidos valores", reitera Jesien. Ele explica que, entre o dia 26 e 28 de abril, o Estado deve decidir se aportará ou não valores também para o pagamento. Após isso, haverá um nova mediação no dia 30 para a decisão.

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