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Publicada em 02 de Abril de 2024 às 17:35

Torcedor dirige quase 3 mil km em um Fusca para ver o Grêmio em La Paz

Ao total, torcedor gremista percorreu 2.975 km de Porto Alegre até La Paz, na Bolívia

Ao total, torcedor gremista percorreu 2.975 km de Porto Alegre até La Paz, na Bolívia

GuilhermeMartin/Reprodução/JC
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Mariana Reyes
Depois de uma semana na estrada e 2.975 km percorridos dentro de um Fusca, o torcedor gremista Guilherme Martin, de 32 anos, está pronto para acompanhar a estreia do Grêmio na Copa Libertadores da América, contra o The Strongest, na Bolívia. O torcedor saiu de Porto Alegre na segunda-feira passada (25) e chegou nesta segunda  (1) em La Paz.  
Depois de uma semana na estrada e 2.975 km percorridos dentro de um Fusca, o torcedor gremista Guilherme Martin, de 32 anos, está pronto para acompanhar a estreia do Grêmio na Copa Libertadores da América, contra o The Strongest, na Bolívia. O torcedor saiu de Porto Alegre na segunda-feira passada (25) e chegou nesta segunda  (1) em La Paz.  
O projeto "Até de Fusca nós iremos" foi uma iniciativa, criada por Martin, para acompanhar os jogos do Tricolor que acontecem fora de Porto Alegre. O objetivo do projeto, fundado no ano passado, é criar conteúdos para as redes sociais que mostrem como é a experiência de assistir os jogos do Grêmio principalmente fora do País.  
"A ansiedade está grande. Até me surpreendi com a quantidade de gremistas que vieram para o jogo. Confesso que achei que não teria muito público gremista, mas fui totalmente surpreendido", contou Guilherme algumas horas antes do confronto, exclusivamente ao Jornal do Comércio.
Sobre as expectativas do torcedor para o jogo desta terça, ainda que o Grêmio entre em campo com o time alternativo, Guilherme conta que está bem confiante para a vitória do Tricolor. "Se for 1x0 já é motivo para comemoração máxima, pois é muito difícil jogar na altitude. Espero que hoje a gente encaminhe os três primeiros pontos para a fase de grupos". 
Além disso, ele afirma que desde que chegou em La Paz, tem sentido os efeitos da altitude e imagina o quanto esse fator pode atrapalhar o condicionamento dos atletas. Por esse motivo, Guilherme acredita que teria sido melhor se o time tivesse chegado pelo menos um dia antes do jogo à Bolívia. "Já estou há 4 dias na altitude e o meu corpo ainda não se acostumou com a pressão", conta. 
Sobre o técnico Renato Portaluppi ter poupado jogadores titulares pensando na final do Gauchão contra o Juventude, que vai acontecer neste sábado (6), Guilherme acredita que daria para jogar tanto hoje quanto sábado com o elenco titular. "Eu acredito que os jogadores sejam preparados fisicamente para enfrentar essa carga de jogos, inclusive na altitude, mas o Renato sabe o que faz e acredito muito no trabalho dele". 
Falando da trajetória que ele percorreu até se identificar com Grêmio, Guilherme conta que inicialmente veio de uma família de colorados e que foi criado no Beira Rio quando era criança. "O meu irmão sempre foi gremista e uma vez o meu pai levou o meu irmão no Olímpico e eu fui junto, quando eu tinha 7 ou 8 anos. Desde que eu fui ao Olímpico, eu nunca mais quis ir ao Beira Rio. Me identifiquei com o Grêmio e comecei a ir aos jogos no Olímpico com o meu irmão e amigos", relata. 
Já em relação à sua paixão por Fusca, ele diz que não faz ideia de como ela começou. Guilherme conta que quando era pequeno, via Fuscas passando na rua e achava o carro bonito. Quando cresceu, percebeu que não tinha adoração por carros de maneira geral, somente por este. Quando surgiu a oportunidade, em 2021, ele realizou o seu sonho de adquirir um Fusca de 1974
Antes de começar o projeto, no ano passado, ele fez uma reforma total no motor porque tinha estragado. Neste ano, na volta da Recopa Gaúcha em Ijuí, a elétrica do Fusca acabou incendiando, e Guilherme teve que refazer todo o sistema elétrico para que ele aguentasse as próximas viagens. 
Pouco antes de chegar ao destino, Guilherme conta que passou por mais um imprevisto: "Na viagem de vinda para a Bolívia, os pneus acabaram ficando careca e um deles explodiu, quase chegando em La Paz. Agora estou atrás de pneu para trocar". 
O trajeto até La Paz foi a sua primeira experiência dirigindo por uma semana sozinho: "Às vezes bate o cansaço, por não ter com quem conversar, aí vai dando sono e eu fui parando pra descansar."
O próximo destino do torcedor será Porto Alegre. Guilherme tentará chegar na Capital para a final do Gauchão, mas acredita que não dê tempo. No jogo do dia 13 de abril, contra o Vasco, ele pretende ir de Fusca até o Rio de Janeiro para assistir. Na volta para Porto Alegre, será acompanhado de amigos gremistas que também foram acompanhar a partida de hoje de ônibus e avião.
O plano do torcedor é continuar indo aos jogos fora de casa sempre que a logística permitir. Para ele, o foco do projeto "Até de Fusca nós iremos" é assistir aos jogos da Libertadores e da Copa do Brasil
 
 
 
 

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