O Hospital Ernesto Dornelles, em Porto Alegre, terá 600 m² reservados para o novo Centro de Pesquisa Clínica, que deve inaugurar até o final de 2024. A expansão se deve a uma parceria com o Instituto Ceos – focado em saúde, educação e inovação, que prevê chegar ao último semestre do ano que vem com 80 protocolos de pesquisa clínica para vacinas e tratamento de doenças – e com a empresa argentina Equipo Ciencia (iTRIALS), com experiência em testes de vacinas. A ideia é que, com o novo centro, a Capital gaúcha passe a receber estudos internacionais de grande porte.
"O hospital não é apenas para quem está doente. A pesquisa serve para prevenir a doença. Estamos olhando muito para a questão social", disse o superintendente do Hospital Ernesto Dornelles, Odacir Rossato. De acordo com CEO do Instituto Ceos, Paulo Pitrez, o espaço irá comportar pesquisas patrocinadas pela indústria farmacêutica. "Um centro de pesquisa desse tamanho não é comum no Brasil. Do jeito que estamos fazendo é único", disse. Ele pondera, também, que pesquisas desse porte realizadas pela iniciativa privada costumam ser mais ágeis e menos burocráticas.
Rossato destacou ainda que a pesquisa gera investimentos na cidade, oportunizando empregos e atraindo novos talentos ao hospital. "A pesquisa é uma fonte geradora de empregos e torna o hospital mais conhecido, atraindo profissionais qualificados", afirmou. Conforme o CEO do Instituto Ceos, ainda, a pesquisa com voluntários pode proporcionar a cura ou melhorar a qualidade de vida para pessoas que estão enfermas e não respondem aos tratamentos convencionais. "O paciente, seja do convênio, seja do Sistema Único de Saúde (SUS), pode ter a oportunidade de receber um tratamento inovador em fase de teste que pode ser a cura para a sua doença".
Atualmente, o hospital já conta com um espaço de 400 m² para pesquisa, mas com a evolução do setor, a administração sentiu a necessidade de aumentar o centro. "Precisa de estrutura, porque, às vezes, o voluntário fica três horas no centro. A pessoa precisa assinar o consentimento, precisa receber orientações e fazer exames. Para pesquisas de grande porte, especialmente de vacinas, é necessário ter esse suporte", justificou Pitrez. A estrutura será preparada para receber até 1,5 mil pessoas por mês em diferentes protocolos de pesquisa.
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