Um dia após ser registrada a maior cheia no Guaíba em Porto Alegre desde a enchente de 1941, o Jornal do Comércio conversou com o diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Maurício Loss, para uma avaliação do desempenho do sistema de comportas do Muro da Mauá, acionado desde terça-feira (26).
Jornal do Comércio – Qual é a sua avaliação sobre a efetividade dos portões de contenção na av. Mauá após as enchentes desta semana?
Maurício Loss – Os portões atenderam, sim, às expectativas e funcionaram muito bem. As decisões de fechamento antecipado também foram todas muito acertadas. A gente poderia ter tido um pouco mais dificuldade pelo alto volume de chuvas.
JC – Em relação às frestas e à necessidade de utilização dos sacos de areia, estava dentro do previsto?
Loss – As frestas são necessárias porque são espaços que a gente precisa para trabalhar com os portões. Então, ocorreu tudo dentro do previsto. Em relação aos 14 portões, seis já estavam fechados permanentemente, mas não por terem problema e sim por não haver mais necessidade de estarem abertos. Não havia mais fluxo de pessoas e nem de veículos nesses seis portões.
Loss – As frestas são necessárias porque são espaços que a gente precisa para trabalhar com os portões. Então, ocorreu tudo dentro do previsto. Em relação aos 14 portões, seis já estavam fechados permanentemente, mas não por terem problema e sim por não haver mais necessidade de estarem abertos. Não havia mais fluxo de pessoas e nem de veículos nesses seis portões.
JC – Outra dúvida é em relação à capa de asfalto que havia nos portões 12 e 14.
Loss – Aquela capinha de asfalto foi colocada no passado, sim, porque o trilho estava um pouquinho baixo e muitos motoristas reclamavam de barulho e tal. Então foi colocada ali no asfalto, mas é facilmente removida. A gente sabia que também seria necessária a utilização de retroescavadeira para fazer o fechamento dos portões. A gente avalia como muito boa a efetividade dos portões, só temos a comemorar de termos conseguimos conter bastante o avanço das águas aqui no Centro.
Loss – Aquela capinha de asfalto foi colocada no passado, sim, porque o trilho estava um pouquinho baixo e muitos motoristas reclamavam de barulho e tal. Então foi colocada ali no asfalto, mas é facilmente removida. A gente sabia que também seria necessária a utilização de retroescavadeira para fazer o fechamento dos portões. A gente avalia como muito boa a efetividade dos portões, só temos a comemorar de termos conseguimos conter bastante o avanço das águas aqui no Centro.
JC – Caso o nível subisse um pouco mais, na sua avaliação eles teriam a mesma efetividade?
Loss – Com certeza, a gente tinha um estoque muito maior ainda de areia, nós nos precavemos bastante. A gente sabe que isso pode voltar a ocorrer futuramente, então com uma manutenção que por ventura existir nós vamos fazer o quanto antes. Estamos bem tranquilos em relação a isso, né?
Loss – Com certeza, a gente tinha um estoque muito maior ainda de areia, nós nos precavemos bastante. A gente sabe que isso pode voltar a ocorrer futuramente, então com uma manutenção que por ventura existir nós vamos fazer o quanto antes. Estamos bem tranquilos em relação a isso, né?
JC – Em relação às casas de bombas, qual sua avaliação?
Loss – Nossas casas de bombas também funcionaram muito bem. Alguma água passou por alguma fresta, principalmente no portão 12, onde o pessoal fez alguns vídeos, mas a rede de engrenagem nas casas de bombas captou aquela água a jogava de volta ao Guaíba. Então, o sistema funcionou perfeitamente.
Loss – Nossas casas de bombas também funcionaram muito bem. Alguma água passou por alguma fresta, principalmente no portão 12, onde o pessoal fez alguns vídeos, mas a rede de engrenagem nas casas de bombas captou aquela água a jogava de volta ao Guaíba. Então, o sistema funcionou perfeitamente.
JC – Caso o vencedor do leilão do Cais opte por derrubar os portões, qual será a alternativa?
Loss – A alternativa já proposta é a construção de uma espécie de arquibancada, mais junto ao Lago, na frente ali dos armazéns. Ao meu entendimento, isso é muito benéfico, porque ele protege inclusive os armazéns. Ontem nós tivemos uma inundação ali, então se futuramente a gente tiver novas lojas, restaurantes ali nesse processo de concessão e revitalização, temos que ter uma proteção para isso, né? Claro que isso vai ser ainda muito discutido, em relação à altura dessa arquibancada, se ela é ela é boa ou não...
Loss – A alternativa já proposta é a construção de uma espécie de arquibancada, mais junto ao Lago, na frente ali dos armazéns. Ao meu entendimento, isso é muito benéfico, porque ele protege inclusive os armazéns. Ontem nós tivemos uma inundação ali, então se futuramente a gente tiver novas lojas, restaurantes ali nesse processo de concessão e revitalização, temos que ter uma proteção para isso, né? Claro que isso vai ser ainda muito discutido, em relação à altura dessa arquibancada, se ela é ela é boa ou não...
JC – E quanto à reabertura dos portões, quais são os planos?
Loss – Estamos avaliando até ao meio-dia (de quinta-feira, 28) sobre abrir o portão de número quatro para que a Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) possa entrar e avaliar. Ali dentro dos armazéns tem uma base do Corpo de Bombeiros também. E os lojistas do Cais Embarcadero também têm interesse de entrar ali e avaliar os estragos. A água avançou bastante.
Neste momento o nível agora está em 2,88m, mas acreditamos que, ao chegar a 2,85m, eu já consiga liberar o portão de número quatro, bem em frente à Avenida Sepúlveda. Se continuar recuando até uns 2,80m ou pouco menos, a gente vai começar a abrir os demais. Mas seguimos em avaliação.
Loss – Estamos avaliando até ao meio-dia (de quinta-feira, 28) sobre abrir o portão de número quatro para que a Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) possa entrar e avaliar. Ali dentro dos armazéns tem uma base do Corpo de Bombeiros também. E os lojistas do Cais Embarcadero também têm interesse de entrar ali e avaliar os estragos. A água avançou bastante.
Neste momento o nível agora está em 2,88m, mas acreditamos que, ao chegar a 2,85m, eu já consiga liberar o portão de número quatro, bem em frente à Avenida Sepúlveda. Se continuar recuando até uns 2,80m ou pouco menos, a gente vai começar a abrir os demais. Mas seguimos em avaliação.


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