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Clima

- Publicada em 08 de Setembro de 2023 às 11:36

MetSul rebate críticas de Leite sobre modelos matemáticos que não previram quantidade de chuva

Governador disse que institutos de meteorologia não advertiram sobre instabilidade que causou destruição no Vale do Taquari

Governador disse que institutos de meteorologia não advertiram sobre instabilidade que causou destruição no Vale do Taquari


Maurício Tonetto/Secom/Divulgação/JC
"Os modelos matemáticos previram as chuvas, em intensidade, mas não previram o volume de cerca de 300 milímetros nas diversas bacias hidrográficas da zona Norte do Estado, da Região Noroeste, da Região Serrana, do Vale do Taquari – este que foi mais afetado.” A análise foi feita pelo governador Eduardo Leite em entrevista ao programa Em Pauta, da GloboNews, no dia 6 de setembro. Segundo ele, os modelos matemáticos de previsão do tempo de institutos meteorológicos não indicavam o volume de chuva que atingiu o estado nos últimos dias.
"Os modelos matemáticos previram as chuvas, em intensidade, mas não previram o volume de cerca de 300 milímetros nas diversas bacias hidrográficas da zona Norte do Estado, da Região Noroeste, da Região Serrana, do Vale do Taquari – este que foi mais afetado.” A análise foi feita pelo governador Eduardo Leite em entrevista ao programa Em Pauta, da GloboNews, no dia 6 de setembro. Segundo ele, os modelos matemáticos de previsão do tempo de institutos meteorológicos não indicavam o volume de chuva que atingiu o estado nos últimos dias.
A chuva dos últimos dias causou a destruição nas cidades do Vale do Taquari e resultou em mais de 40 mortes, além de deixar sete mil desalojados e 25 pessoas desaparecidas. Leite afirmou que o sistema de alertas da Defesa Civil estadual funcionou adequadamente. Segundo ele, na iminência do desastre natural, foram emitidos 48 alertas pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), 19 avisos para as Comissões da Defesa Civil e 17 alertas via SMS para a população.
Porém, a MetSul Meteorologia afirma que a declaração do governador, infelizmente, não procede. Em nota, a instituição afirma que o momento no Rio Grande do Sul é de união de esforços de todos os gaúchos para apoiar e socorrer as vítimas da terrível catástrofe que se abateu sobre as comunidades do Vale do Taquari e do Norte do Estado. Os esforços devem se concentrar nas pessoas e nas iniciativas para a retomada de um mínimo de normalidade.
A MetSul Meteorologia afirma que foi o único instituto de previsão do tempo a advertir para a possibilidade de volumes de chuva acima de 300 mm na Metade Norte no começo do mês de setembro. "Como em junho tinha sido o único a alertar para a chuva extrema de 350 mm no Litoral Norte no ciclone. Como em fevereiro último emitiu a única previsão de chuva de 500 mm a 700 mm no Litoral Norte de São Paulo, prognóstico que foi reputado como “impossível” por especialistas ouvidos na mídia", diz o comunicado da MetSul.
Na nota, o instituto de meteorologia destaca que no dia 31 de agosto, cinco dias antes da catástrofe, o publicou alerta com o título: “Setembro começa com chuva extrema, onda de tempestades e enchentes”. O aviso trazia projeção de modelo de 300 mm a 500 mm na Metade Norte e advertência de que poderia chover mais de 300 mm.
No dia 1º de setembro, 72 horas antes do desastre, novo alerta sob o título "Alerta: chuva virá com volumes excepcionais de até 300 mm a 500 mm". O texto dizia que "o cenário de precipitação para estes primeiros dez dias de setembro não tem precedentes nos últimos anos, e acrescentava que os acumulados de precipitação em algumas cidades gaúchas somente durante os primeiros dez dias do mês podem atingir praticamente a média histórica de chuva de toda a primavera” e enfatizava que "a situação foge ao convencional".
Segundo a MetSul, as previsões foram baseadas na experiência dos profissionais de até 40 anos no ramo meteorológico e nas ferramentas de previsão do tempo que a empresa investiu nos últimos anos que incluem modelos próprios e os de maior índice de acerto do mundo, considerados "padrão ouro" na ciência meteorológica.