Os casos de dengue estão preocupando a população do Rio Grande do Sul. Desde o início do ano, mais de 19.457 casos da doença já foram confirmados. Neste primeiro dia de junho, o Estado chegou à marca de 43 mortes. E a cidade de Ijuí é a mais afetada, com oito mortes e 2.696 casos.
O chefe do serviço de infectologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Eduardo Sprinz, explica que o Noroeste gaúcho é amplamente atingido devido às condições climáticas. O mosquito tem preferência por temperaturas entre 18 e 25 graus, umidade e também não costuma voar acima de 1,5 metros. Portanto, ele ressalta que o uso de repelentes deve ser concentrado nas áreas inferiores do corpo. "O que a gente está vivendo, temperaturas não tão extremas e com umidade, é isso que o mosquito gosta".
Sobre os casos de pessoas jovens e sem comorbidades que morrem pela doença, Sprinz analisa que não é o comum. "Mas isso pode acontecer, a gente já viu ocorrências de óbitos por Covid e também por gripe, com isso, o principal fator para diminuir a taxa de mortalidade é a vacinação". Em março, foi aprovada pela Anvisa uma vacina contra a dengue, ainda sem data definida para ingressar no Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Para o infectologista, o principal fator para prevenir a dengue seria a extinção do mosquito Aedes aegypti. Contudo, já que a sociedade falha nisso, deve-se usar algumas estratégias, principalmente o uso de repelentes e também o cuidado para não causar o acúmulo de água parada. A dengue é contraída devido à picada de um mosquito fêmea.
"Após morder uma pessoa infectada com o vírus, a fêmea se reproduz e deposita seus ovos em um recipiente com água, quando os novos mosquitos nascem, já estão prontos para infectar", explica o médico. Pessoas que já contraíram a doença mais de uma vez, podem desenvolver a dengue grave, que causa desidratação e requer hospitalização. Os principais sintomas da doença são dor no corpo, febre e desânimo.


Facebook
Google
Twitter