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XANGRI-LÁ

- Publicada em 11 de Fevereiro de 2023 às 14:04

Protestos no Litoral Norte reacendem debate sobre altura de prédios

Grupo fez abraço coletivo onde será construída torre de 14 andares na beira-mar de Xangri-lá

Grupo fez abraço coletivo onde será construída torre de 14 andares na beira-mar de Xangri-lá


Mauro Belo Schneider/Divulgação/JC
Mauro Belo Schneider
De Xangri-lá
De Xangri-lá
Com a proximidade da sessão para discutir o Plano Diretor de Xangri-lá na Câmara de Vereadores do município, na quarta-feira (15), protestos estão reunindo moradores e veranistas para debater a verticalização do Litoral Norte. Na última sexta-feira (9), cerca de 300 pessoas contrárias à construção de prédios de 14 andares em frente ao mar fizeram um abraço coletivo ao redor do terreno do antigo Hotel Termas, atualmente cercado por tapumes da construtora Alfa do Brasil.
Um carro de som, que circulou no município, estacionou no local com mensagens reforçando a insatisfação do grupo. “Não podemos permitir que destruam nossas praias. Querem aprovar a construção de prédios de até 14 andares na nossa Xangri-lá”, dizia a gravação.
Além do endereço onde funcionou o Termas, a antiga colônia de férias do Banrisul, a Banrimar, em Rainha do Mar, está cotada para receber outra torre da mesma altura. A D1 Empreendimentos, que adquiriu a área em 2021, no entanto, nega qualquer definição. O espaço está vazio no momento, apenas com vegetação, sem qualquer sinal de obra em um futuro próximo.
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Durante o abraço coletivo de sexta, o presidente da Associação de Moradores de Xangri-lá (AMX), Roberto Estigarribia, leu uma carta enviada ao prefeito Celso Bassani. “Nossa preocupação urgente é o saneamento, pois se trata de saúde pública, da vida de todos nós. Caso não seja priorizada, estaremos todos contaminados e sujeitos à infecção, como ocorreu no litoral de Santa Catarina, que foi notícia nacional pelo surto de doença que atingiu 70% da população”, bradava em meio ao público, composto na maioria por aposentados, funcionários do Ministério Público e representantes de setores do Meio Ambiente e da Cultura, como o cineasta Jorge Furtado.
O grupo usava adesivos com os dizeres: “Não à verticalização. Xangri-lá sem prédios”. “Nós todos sabemos que as edificações são os pontapés iniciais de mais e mais edificações. Começa e vai parar quando?”, questionava Estigarribia. Participantes sugeriram, ainda, que quem quer prédios deve se mudar para Capão da Canoa ou Torres. Eles combinaram de nomear um ou dois integrantes para serem os porta-vozes das reivindicações, falaram em transferência de seus títulos eleitorais para a praia, sobre a preparação de um abaixo-assinado e a inclusão de todos em um grupo no WhatsApp. 
Se há um grupo contrário ao desenvolvimento do Litoral Norte através do aumento do número de andares permitidos em Xangri-lá (sete), há outro que não vê problema em apoiar os investimentos. Maria Carlota de Souza, moradora de Rainha do Mar há 50 anos, lembra que, para os moradores, isso é sinônimo de emprego.
“E o povo que mora aqui? Alguém já pensou? Gente que vive da construção civil, de faxina, pintura. Quem tem comércio de material de construção, vidraçaria, marcenaria, etc. Toda essa gente precisa e apoia a evolução do município. Vem meia dúzia de pessoas aposentadas, com a vida garantida, querer o espaço só para elas”, critica.
Ambos os lados prometem marcar presença na Câmara de Vereadores na quarta-feira para participar das decisões sobre as alterações no Plano Diretor.
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