Júlia Fernandes

Júlia Fernandes Repórter

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Feevale lança pós-graduação em Inteligência Artificial para negócios

Em encontro na universidade, especialistas discutiram o tema que se tornou central nos últimos anos
A Feevale lançou, na última segunda-feira (22), um novo curso de pós-graduação focado em Inteligência Artificial para negócios. O encontro exclusivo para imprensa, que ocorreu na biblioteca do campus da universidade, discutiu a Inteligência Artificial (IA) e seu impacto no jornalismo, nos negócios e na sociedade como um todo. A palestra trouxe à tona reflexões sobre educação, ética, tecnologia e o futuro do trabalho em um contexto marcado por rápidas transformações digitais.
A Feevale lançou, na última segunda-feira (22), um novo curso de pós-graduação focado em Inteligência Artificial para negócios. O encontro exclusivo para imprensa, que ocorreu na biblioteca do campus da universidade, discutiu a Inteligência Artificial (IA) e seu impacto no jornalismo, nos negócios e na sociedade como um todo. A palestra trouxe à tona reflexões sobre educação, ética, tecnologia e o futuro do trabalho em um contexto marcado por rápidas transformações digitais.
José Paulo da Rosa, reitor da Feevale, abriu o evento afirmando que estamos vivendo um momento de transição. O reitor ainda reforçou a importância da iniciativa do novo curso de pós-graduação.  “Este é um momento de aproximação da universidade com os órgãos de imprensa da região, discutindo um tema atual e extremamente relevante. Não vivemos mais sem essa questão, e nosso compromisso é formar profissionais preparados para essa realidade", refletiu. 
Ele contextualizou o papel da educação superior no Brasil, destacando que, embora cerca de 20% da população tenha curso superior atualmente, ainda há um grande desafio em incentivar a aprendizagem contínua, o chamado lifelong learning. “Com o avanço da tecnologia, não dá para fazer um curso de graduação e achar que está pronto. É necessário continuar estudando, seja com pós-graduação, mestrado ou cursos de atualização profissional”, afirmou.
Alisson Coelho, coordenador do curso de Jornalismo, e Marco Antonio Mabilia Martins, coordenador da pós-graduação em Inteligência Artificial nos Negócios, responsáveis pelo desenvolvimento do novo curso, deram continuidade ao evento. "Esta tecnologia já está entre nós, moldando a educação, o jornalismo, os negócios e até a forma como nos relacionamos com o conhecimento”, disse Marco Antonio. 
O coordenador do curso de Jornalismo da universidade e o professor responsável pelo curso de IA nos negócios conduziram a parte central da palestra, abordando o uso da IA no cotidiano das redações e nas práticas jornalísticas. “Inteligência Artificial não é só chatbots ou assistentes virtuais. Ela está em todo lugar: nos aplicativos de mobilidade, nos bancos que avaliam crédito, nas ferramentas de recomendação de conteúdo. O que mudou é a escala e a sofisticação dessas tecnologias”, afirmou Alisson.
Ele destacou que, embora a IA ofereça vantagens significativas, há riscos éticos e operacionais que precisam ser gerenciados. Um exemplo citado foi o caso do Chicago Sun-Times, nos Estados Unidos, onde uma ferramenta de IA foi usada para gerar uma lista de recomendações de livros que não existiam - causando uma crise no veículo. “Isso mostra que a IA pode gerar informações falsas, e a verificação humana continua insubstituível. O trabalho do jornalista não é eliminado, ele é qualificado e reforçado”, explicou.
Durante a palestra, foram apresentados dados de pesquisas realizadas com jornalistas no Brasil, que indicam que 86% conhecem e utilizam IA em suas rotinas, mas cerca de 70% não receberam nenhum treinamento formal para isso. “As redações precisam estabelecer políticas internas claras sobre o uso da IA. É fundamental orientar os profissionais sobre como usar essas ferramentas de forma ética, eficaz e segura”, reforçou Alisson.
O evento também serviu para reforçar a importância de aproximar os estudantes das práticas reais do mercado. “A IA oferece ferramentas poderosas, mas não substitui o julgamento humano. Por exemplo, ela pode processar grandes volumes de dados, gerar insights e sugerir pautas, mas a interpretação, a checagem de informações e a tomada de decisões continuam sendo humanas”, destacou Marco Antonio.
A palestra não se limitou ao jornalismo. Foram apresentados exemplos do uso da IA em empresas, bancos, publicidade e gestão de processos internos. “A IA pode automatizar tarefas rotineiras, analisar grandes volumes de dados, gerar insights estratégicos e até antecipar problemas em máquinas e processos. O profissional que domina essas ferramentas se torna mais competitivo e preparado para o mercado”, explicou o coordenador do curso de IA nos negócios.
Maria Cristina Bohnenberger, pró-reitora da Feevale, finalizou o evento afirmando que a universidade está preparada para esse momento de transformação, oferecendo cursos a distância desenvolvidos por professores e profissionais especialistas no assunto.