O Desafino fica na Fábrica do Futuro e pretende atender as demandas do complexo, eventos corporativos e particulares, além de criar agendas culturais com shows

Com café e restaurante, operação une cultura e gastronomia no bairro Floresta


O Desafino fica na Fábrica do Futuro e pretende atender as demandas do complexo, eventos corporativos e particulares, além de criar agendas culturais com shows

Com a proposta de ser um espaço multifuncional, o Desafino é o novo café e restaurante do bairro Floresta. Localizado na Fábrica do Futuro, complexo criativo que une diferentes empresas na área de produção cultural e comunicação, o espaço gastronômico pretende atender as demandas do complexo, eventos corporativos e particulares, além de criar agendas culturais com shows.

À frente do negócio está o chef de cozinha Diego Luna. Segundo ele, a filosofia do Desafino é baseada em comunidade, colaboração e cultura. Inclusive, foi desta forma que o projeto nasceu. A ideia surgiu quando amigos do empreendedor, produtores culturais e musicais que estão alocados na Fábrica do Futuro, realizaram um evento por lá. Ao visitar o espaço, o empreendedor entendeu que o local era uma oportunidade. Entre as primeiras conversas com os responsáveis pelo complexo até a inauguração do espaço, cinco meses se passaram.

“A ideia é operar das 9h às 19h. Vamos servir almoços, doces, sanduíches, o que realmente mata a fome. Além disso, vamos trabalhar com alguns eventos especiais do próprio Desafino e atender eventos corporativos de empresas que alugam um espaço aqui”, explica o empreendedor.
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A gastronomia do Desafino busca ser diferente e personalizada, não se limitando a um coffee break tradicional. A ideia é valorizar as experiências e a personalidade do chef, que busca inspirações variadas para construir o cardápio, compreendendo as cozinhas italiana, francesa, espanhola, brasileira e até receitas de família, simbolizando essa versatilidade com o logo da marca, um camaleão.

“É uma coisa que tenho levado para dentro da cozinha. Talvez, a pessoa não goste de tal ingrediente, mas é o que eu gosto de servir. Se for na ideia de fazer só o que as pessoas gostam, iremos sempre cozinhar o mesmo tipo de comida em todos os lugares", pondera.

O cardápio atual é enxuto, incluindo sanduíches, bruschettas e pratos de almoço, como de bolonhesa com béchamel de avelã e farofa, um ceviche de peixe branco com leite de tigre de framboesa e um PF vegano, além de um prato diferente toda semana. Além disso o menu conta com café passado e três tipos de doces. 

Os lanches, como bruschettas e sanduíches, custam entre R$ 35,00 e R$ 39,00. Já os preços dos pratos salgados, no geral, variam de R$ 40,00 a R$ 55,00, sendo o prato da semana uma opção que parte de R$ 42,00. “Pensamos em uma opção com que seja interessante para os clientes que estão trabalhando, onde o almoço já vem com bebida inclusa."

A ideia de investir no primeiro negócio foi impulsionada por uma série de fatores que combinam experiências anteriores, a identificação de uma oportunidade de mercado e um importante amadurecimento pessoal e profissional. Diego já cozinhava e realizava eventos, mas enfrentava dificuldades ao produzir a comida em sua própria casa, devido à falta de estrutura. “Produzia muito em casa e isso era uma dificuldade, porque em casa temos uma estrutura limitada”, explica o empreendedor.

Diego também desejava oferecer uma gastronomia não tradicional, que refletisse sua própria personalidade, fugindo do convencional. Para ele, o cozinheiro deve ter sua própria marca, não apenas fazer o que todos esperam.

Conexão com fornecedores e ambientes acolhedor

Além disso, o senso de justiça e comunidade são fundamentais para a realização do negócio. A formação em gastronomia o ensinou não apenas sobre culinária, mas também sobre a importância de criar um negócio "justo para todo mundo". Ele busca construir uma rede de apoio e comunidade, tendo como fornecedores conhecidos, amigos e produtores locais.

A minha formação não foi só sobre cozinha, sobre comida, mas sobre o que quero para o mercado de trabalho. Faz sentido abrir um restaurante e pagar mal quem trabalha comigo? Um dos meus maiores objetivos de empreender é que seja justo para todo mundo, de ser um espaço que as pessoas queiram trabalhar para além de necessidade” destaca Diego.
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Entre tantas novidades, Diego reconhece alguns desafios. Entre eles, a região onde o novo empreendimento está localizado. Segundo o empreendedor, o bairro Floresta não é tão explorado quanto outras regiões, como Bom Fim ou Rio Branco. Isso representa um desafio, pois o negócio está investindo e acreditando em uma área fora do eixo. Além disso, conciliar múltiplas funções e se ausentar da cozinha é um assunto ainda delicado. “Esse é o maior desafio, conseguir ter tempo para tudo isso. Temos tido muito trabalho, e a expectativa é que a demanda cresça. Futuramente, a ideia é investir mais, colocar mais pessoas para trabalhar”, prospecta.

O nome escolhido para o empreendimento foi ideia das amigas de Diego, contratadas para criar a identidade da marca. Com um significado que é ao mesmo tempo poético e estratégico, o nome reflete a essência e a proposta do negócio. Inspirado pela música de João Gilberto, que canta "no peito dos desafinados também bate um coração".
De acordo com o empreendedor o Desafino é um convite à inovação e à diferença. “Posso fazer uma analogia, comparando ao jazz, onde uma nota 'em falsa' pode levar a um caminho musical inesperado e interessante. Há também uma adaptação bem-humorada da letra da música: ‘na barriga dos desafinados também há um estômago’”, brinca Diego.

Endereço e horário de funcionamento:

O Desafino opera de segunda a sábado, das 9h às 19h. O restaurante está localizado no térreo da Fábrica do Futuro, na rua Câncio Gomes, nº 609, bairro Floresta.
 
 
 
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