É fato que o movimento nas redes sociais possui influência nos negócios. Essa é, inclusive, a percepção que guia a curadoria de conteúdos do quadro Viralizou, do GeraçãoE. Mas, por outro lado, a rápida ida e vinda de tendências leva ao questionamento: quando vale a pena seguir a última moda?
No mundo da gastronomia, há tempos não se via um boom nas redes tão grande quanto o morango do amor, enfatiza Sarah Alberti, o nome à frente do Baunilha Cupcake e empreendedora que abriu as portas da sua cozinha para o GeraçãoE. A confeiteira possui uma loja na zona central de Porto Alegre ao lado da sócia Dienefer Pucci, e até a última semana, o morango não era um produto comum por lá. De acordo com Sarah, antes da viralização, uma bandeja da fruta costumava custar R$ 18,00 na região.
Desde que o quitute se tornou assunto na internet, a alta do valor do quilo do morango tem sido assunto nos noticiários locais. Na capital gaúcha, o preço chegou a dobrar na Ceasa. “Até quarta passada, o valor era esse, e aproveitávamos todos os morangos. Não íamos fazer o doce, mas sou curiosa e quis testar. Depois do sucesso, fui na fruteira e paguei R$ 25,90 a bandeja, e, de cinco delas, consegui aproveitar três”, conta.
Desde que entraram no hype, a Baunilha Cupcake vendeu em torno de 300 unidades do quitute, mas Sarah afirma que esse é um número baixo em relação às demais docerias que estão se dedicando exclusivamente ao morango do amor, com números de vendas que chegam a 1000 por dia. “Mas para isso, o pessoal está trabalhando em equipe e em três turnos", conclui.
No mundo da gastronomia, há tempos não se via um boom nas redes tão grande quanto o morango do amor, enfatiza Sarah Alberti, o nome à frente do Baunilha Cupcake e empreendedora que abriu as portas da sua cozinha para o GeraçãoE. A confeiteira possui uma loja na zona central de Porto Alegre ao lado da sócia Dienefer Pucci, e até a última semana, o morango não era um produto comum por lá. De acordo com Sarah, antes da viralização, uma bandeja da fruta costumava custar R$ 18,00 na região.
Desde que o quitute se tornou assunto na internet, a alta do valor do quilo do morango tem sido assunto nos noticiários locais. Na capital gaúcha, o preço chegou a dobrar na Ceasa. “Até quarta passada, o valor era esse, e aproveitávamos todos os morangos. Não íamos fazer o doce, mas sou curiosa e quis testar. Depois do sucesso, fui na fruteira e paguei R$ 25,90 a bandeja, e, de cinco delas, consegui aproveitar três”, conta.
Desde que entraram no hype, a Baunilha Cupcake vendeu em torno de 300 unidades do quitute, mas Sarah afirma que esse é um número baixo em relação às demais docerias que estão se dedicando exclusivamente ao morango do amor, com números de vendas que chegam a 1000 por dia. “Mas para isso, o pessoal está trabalhando em equipe e em três turnos", conclui.
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Na loja, os carros-chefes são os cupcakes, os brownies e os bolos sob encomenda. Sarah explica que o sabor mais vendido de brownie é o chocolate meio amargo, mas que, agora, a clientela está em busca do sabor do momento – o que chama atenção para uma mudança de cenário econômico da confeitaria. “Estamos vindo de um momento onde o cacau estava com valores muito altos, e o sucesso é de um produto que não leva o ingrediente. Fez muito sentido, mas caímos no morango, que não está em sua época por aqui. De Minas Gerais para cima, o morango está em temporada, e é de lá que estão chegando”, discorre.
Na loja, os carros-chefes são os cupcakes, os brownies e os bolos sob encomenda. Sarah explica que o sabor mais vendido de brownie é o chocolate meio amargo, mas que, agora, a clientela está em busca do sabor do momento – o que chama atenção para uma mudança de cenário econômico da confeitaria. “Estamos vindo de um momento onde o cacau estava com valores muito altos, e o sucesso é de um produto que não leva o ingrediente. Fez muito sentido, mas caímos no morango, que não está em sua época por aqui. De Minas Gerais para cima, o morango está em temporada, e é de lá que estão chegando”, discorre.
Em contrapartida, ela explica que o Rio Grande do Sul sente uma identificação com o doce, que, mesmo sem levar o nome atual, já estava presente em feiras por aqui. “A Ginger House já faz há muito tempo, por exemplo. Certamente é possível encontrar dentre os doces de Pelotas, com outra cor ou pequenas diferenças. Infelizmente, na internet, não conseguimos dar nome a quem lançou."
Sarah Alberti, Baunilha Cupcakes
NATHAN LEMOS/JC
A viralização como marcador na confeitaria
Sarah e Fernanda empreendem no segmento desde 2010, quando a internet ainda possuía uma influência tímida sobre as vendas. Entretanto, ela conta que o início do negócio já foi marcado pelo movimento nas redes. “A minha sócia ia casar e queria cupcakes na festa porque viu a ideia num blog dos Estados Unidos na época, assim começamos a fazer a receita. Foi através da internet que o nosso negócio começou”, remonta.
Ela explica que a Baunilha Cupcake é um empreendimento que existe a partir de uma demanda surgida nas redes, mas que, antes disso, a cultura pop já tinha o papel de influenciar negócios. “No Brasil, conhecemos cupcakes por causa do seriado Sex and the City. Em uma cena clássica, a personagem Carrie Bradshaw aparece comendo um em frente à Magnolia Bakery. Foi quando pensamos ‘existe isso’”, conta. E tal qual o morango do amor, Sarah diz que no Sul era possível provar o doce de Pelotas chamado cake, que tem características semelhantes ao doce estadunidense.
Sarah recorda o bentô cake foi um doce adicionado ao cardápio por meio do seu sucesso nas redes, mas que perdurou. Por outro lado, esse nem sempre é o caso. “Acredito que o morango do amor vai sair de moda. Quem tem produtos caramelizados no cardápio, vai continuar fazendo, mas é algo específico."
Além disso, ela alerta para a importância de observar as características de cada item que viraliza. “O morango do amor tem uma durabilidade de 24 horas. Não é um produto para uma confeitaria de encomenda, a não ser que se tenha uma equipe”, explica.
Ela explica que a Baunilha Cupcake é um empreendimento que existe a partir de uma demanda surgida nas redes, mas que, antes disso, a cultura pop já tinha o papel de influenciar negócios. “No Brasil, conhecemos cupcakes por causa do seriado Sex and the City. Em uma cena clássica, a personagem Carrie Bradshaw aparece comendo um em frente à Magnolia Bakery. Foi quando pensamos ‘existe isso’”, conta. E tal qual o morango do amor, Sarah diz que no Sul era possível provar o doce de Pelotas chamado cake, que tem características semelhantes ao doce estadunidense.
Sarah recorda o bentô cake foi um doce adicionado ao cardápio por meio do seu sucesso nas redes, mas que perdurou. Por outro lado, esse nem sempre é o caso. “Acredito que o morango do amor vai sair de moda. Quem tem produtos caramelizados no cardápio, vai continuar fazendo, mas é algo específico."
Além disso, ela alerta para a importância de observar as características de cada item que viraliza. “O morango do amor tem uma durabilidade de 24 horas. Não é um produto para uma confeitaria de encomenda, a não ser que se tenha uma equipe”, explica.
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Sarah resume o que acredita ser a chave para as escolhas no segmento: a capacidade de reinventar-se. “Viemos trabalhando desde a fama do cupcake, mas precisamos recriar o produto sempre. Quem está ganhando o seu dinheiro hoje com o morango do amor, precisará fazer o mesmo”, conclui.
A empreendedora elabora, ainda, que a tendência é vivida de maneira diferente pelo gaúcho nesse momento. “Muita gente vem de uma enchente. Nós não fomos afetados fisicamente, mas tivemos um mês sem vendas. Enquanto isso, para confeiteiros de outras regiões ou cidades, este é um produto que vem para pagar os empréstimos, vem para se reerguer, é um impacto muito forte”. Conforme descreve Sarah, mesmo com uma saída menos expressiva de morangos do amor na loja, as vendas dos últimos dois dias representam o valor do aluguel da Baunilha Cupcake.
Sarah resume o que acredita ser a chave para as escolhas no segmento: a capacidade de reinventar-se. “Viemos trabalhando desde a fama do cupcake, mas precisamos recriar o produto sempre. Quem está ganhando o seu dinheiro hoje com o morango do amor, precisará fazer o mesmo”, conclui.
A empreendedora elabora, ainda, que a tendência é vivida de maneira diferente pelo gaúcho nesse momento. “Muita gente vem de uma enchente. Nós não fomos afetados fisicamente, mas tivemos um mês sem vendas. Enquanto isso, para confeiteiros de outras regiões ou cidades, este é um produto que vem para pagar os empréstimos, vem para se reerguer, é um impacto muito forte”. Conforme descreve Sarah, mesmo com uma saída menos expressiva de morangos do amor na loja, as vendas dos últimos dois dias representam o valor do aluguel da Baunilha Cupcake.
Sobre a Baunilha Cupcake
A loja fica na rua Francisco Ferrer, n° 334, no bairro Rio Branco. O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 12h às 18h e aos sábados das 10h às 12h. Por lá, o morango do amor custa R$15,00 e pode ser pedido pelo WhatsApp (51) 3391-3199.
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