A Pulso RS surgiu em julho de 2024 e gerou renda líquida de R$ 190 mil para as participantes

Iniciativa gera renda para mulheres atingidas pela enchente através da venda de pulseiras


A Pulso RS surgiu em julho de 2024 e gerou renda líquida de R$ 190 mil para as participantes

Em maio de 2024, as águas invadiram ruas e lares no Rio Grande do Sul. Para muitas mulheres, especialmente chefes de família, a catástrofe climática significou não apenas a perda de bens materiais, mas também da estabilidade emocional e da perspectiva de futuro. Foi nesse contexto que nasceu o Pulso RS, uma iniciativa que transformou linhas de crochê em pulseiras que são símbolos de reconstrução.Idealizado pela Rede Asta em parceria com o Atados e a artista Mana Bernardes, o projeto propôs algo simples e poderoso: capacitar mulheres em situação de vulnerabilidade para a produção artesanal de pulseiras. O produto foi desenvolvido com um modelo de crochê de fácil execução, combinado com plaquinhas de porcelana ilustradas com palavras como “fé”, “amor”, “coragem” e “regeneração” - sentimentos que refletiam exatamente o momento vivido pelas participantes.A produção começou em julho de 2024, pouco tempo após a enchente, nos abrigos de Porto Alegre e Canoas. A primeira parceria foi firmada com a Casa Violeta, abrigo para mulheres vítimas das enchentes. De lá, a ideia se expandiu para outros centros de acolhimento, atingindo 66 mulheres. Destas, apenas 32 tinham experiência anterior com artesanato; as demais aprenderam do zero.
Em maio de 2024, as águas invadiram ruas e lares no Rio Grande do Sul. Para muitas mulheres, especialmente chefes de família, a catástrofe climática significou não apenas a perda de bens materiais, mas também da estabilidade emocional e da perspectiva de futuro. Foi nesse contexto que nasceu o Pulso RS, uma iniciativa que transformou linhas de crochê em pulseiras que são símbolos de reconstrução.

Idealizado pela Rede Asta em parceria com o Atados e a artista Mana Bernardes, o projeto propôs algo simples e poderoso: capacitar mulheres em situação de vulnerabilidade para a produção artesanal de pulseiras. O produto foi desenvolvido com um modelo de crochê de fácil execução, combinado com plaquinhas de porcelana ilustradas com palavras como “fé”, “amor”, “coragem” e “regeneração” - sentimentos que refletiam exatamente o momento vivido pelas participantes.

A produção começou em julho de 2024, pouco tempo após a enchente, nos abrigos de Porto Alegre e Canoas. A primeira parceria foi firmada com a Casa Violeta, abrigo para mulheres vítimas das enchentes. De lá, a ideia se expandiu para outros centros de acolhimento, atingindo 66 mulheres. Destas, apenas 32 tinham experiência anterior com artesanato; as demais aprenderam do zero.
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“Era um momento de fragilidade enorme. Muitas mulheres duvidavam se conseguiriam dar conta de aprender algo novo. Mas se desafiaram - e conquistaram resultados incríveis”, conta Alice Freitas, uma das idealizadoras do projeto.

Entre julho de 2024 e fevereiro de 2025, foram produzidas 19.098 pulseiras, gerando uma renda líquida de R$ 190.980,00 para as participantes. Cada peça vendida significava não apenas ganho financeiro, mas também o resgate da autoestima. De acordo com um levantamento realizado pelo projeto, 96% das mulheres afirmaram ter percebido melhora no bem-estar e na autoconfiança.

"O artesanato foi uma oportunidade de recomeço: além de ocupar a mente e ajudar a superar dificuldades, também gerou renda em um momento em que eu mais precisava. Pretendo continuar lutando com o que tenho em mãos para seguir em frente por mim e pela minha filha", relata Denize, moradora de Eldorado do Sul. Um ano após a enchente que devastou sua casa e levou todos os seus pertences, ela ainda não conseguiu retornar ao lar e hoje vive na Casa Violeta, onde tenta reconstruir sua vida.

A comercialização das pulseiras envolveu mais de 40 parceiros institucionais e empresariais, com destaque para os Institutos Renner, Helda Gerdau e Beja. Até agora, cerca de 9 mil pulseiras foram vendidas, entre lojas físicas e plataformas de e-commerce como o Magalu e Mercado Livre, além de compras corporativas através do site do projeto, com forte mobilização para datas comemorativas como o Dia das Mães.

Após o encerramento da fase inicial de produção, o Pulso RS deu mais um passo: 35 mulheres continuaram em formação empreendedora, aprendendo técnicas mais avançadas de crochê e noções de gestão de pequenos negócios. A ideia agora é estimular a autonomia para que elas possam empreender de forma independente.

O Pulso RS não apenas respondeu a uma emergência, mas criou sementes de futuro. Enquanto ainda restam pulseiras à venda - e desafios à frente -, o projeto já se estrutura para formar um fundo permanente de geração de renda pós-catástrofes, que possa ser acionado sempre que novas emergências atingirem populações vulneráveis.

Onde encontrar as pulseiras da Pulso RS

As pulseiras custam R$ 39,00 e estão à venda na Magalu e no Mercado Livre. Para saber mais, acesse o site da iniciativa (pulsors.com.br) ou o Instagram (@pulso.rs).