A presença dos bebês reborn nas redes sociais foi pauta do Viralizou desta quarta-feira. Ao longo da semana, o GeraçãoE explorou o universo das produções das bonecas hiper-realistas e das cegonhas (como são chamadas as pessoas que fazem o trabalho artesanal de montar e customizar as peças).
Hoje, basta rolar o feed para se deparar com vídeos mostrando os bebês e debatendo o assunto. Mas o tema foi mais longe: é possível encontrar postagens de rotina cuidando dos nenês como se fossem reais, encontro de colecionadores das bonecas, dentre outros. Nas redes, há quem ache uma fofura, quem se choque ou critique, e, claro, quem está aproveitando para empreender no nicho.
Hoje, basta rolar o feed para se deparar com vídeos mostrando os bebês e debatendo o assunto. Mas o tema foi mais longe: é possível encontrar postagens de rotina cuidando dos nenês como se fossem reais, encontro de colecionadores das bonecas, dentre outros. Nas redes, há quem ache uma fofura, quem se choque ou critique, e, claro, quem está aproveitando para empreender no nicho.
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O que também não configura uma novidade no mercado, há pelo menos 10 anos já havia cegonhas do produto pelo Rio Grande do Sul. Alessandra Tavares (@bbrafaelareborn_oficial), com quem o GeraçãoE já conversou em 2019 sobre o assunto, é uma delas.
Há mais de uma década no mercado, a profissional acredita, hoje, que foi uma das pioneiras. O público do negócio, de acordo com a artesã, contempla a faixa etária dos seis aos 80 anos, diferentes classes sociais e as vendas acontecem para todo o país.
Tudo começou quando a filha Rafaela, na época com 10 anos, pediu para a mãe um exemplar. Alessandra propôs que aprenderia a fazer uma boneca do modelo e, a partir de cursos que participou por aqui e em São Paulo, confeccionou sua primeira reborn.
Há bebês à pronta-entrega e também os produzidos com base em feições de crianças de verdade. O trabalho é realizado em cima de vinil siliconado importado e o processo consiste em banhos de tinta e idas ao forno, até chegar ao resultado.
“Ela é um sonho de consumo para pessoas que buscam isso emocionalmente, por perdas muitas vezes, ou pelo prazer de uma coleção, como uma coleção de carro, como uma coleção de figurinhas. É o prazer e a admiração pela arte reborn”, diz.
Alessandra traça uma análise sobre o cenário do RS no nicho: a partir da pandemia e, posteriormente, das inundações do último ano, o mercado esfriou, devido à baixa no poder aquisitivo do comprador gaúcho. "As prioridades precisaram mudar para muitas pessoas. O foco em aquisições como brinquedos caiu”, explica.
O que também não configura uma novidade no mercado, há pelo menos 10 anos já havia cegonhas do produto pelo Rio Grande do Sul. Alessandra Tavares (@bbrafaelareborn_oficial), com quem o GeraçãoE já conversou em 2019 sobre o assunto, é uma delas.
Há mais de uma década no mercado, a profissional acredita, hoje, que foi uma das pioneiras. O público do negócio, de acordo com a artesã, contempla a faixa etária dos seis aos 80 anos, diferentes classes sociais e as vendas acontecem para todo o país.
Tudo começou quando a filha Rafaela, na época com 10 anos, pediu para a mãe um exemplar. Alessandra propôs que aprenderia a fazer uma boneca do modelo e, a partir de cursos que participou por aqui e em São Paulo, confeccionou sua primeira reborn.
Há bebês à pronta-entrega e também os produzidos com base em feições de crianças de verdade. O trabalho é realizado em cima de vinil siliconado importado e o processo consiste em banhos de tinta e idas ao forno, até chegar ao resultado.
“Ela é um sonho de consumo para pessoas que buscam isso emocionalmente, por perdas muitas vezes, ou pelo prazer de uma coleção, como uma coleção de carro, como uma coleção de figurinhas. É o prazer e a admiração pela arte reborn”, diz.
Alessandra traça uma análise sobre o cenário do RS no nicho: a partir da pandemia e, posteriormente, das inundações do último ano, o mercado esfriou, devido à baixa no poder aquisitivo do comprador gaúcho. "As prioridades precisaram mudar para muitas pessoas. O foco em aquisições como brinquedos caiu”, explica.
A empreendedora, que também precisou se reinventar, atualmente divide o tempo entre trabalhar em sua estética e na produção dos bebês. Além disso, ela esclarece que a viralização atual é um sintoma nacional. “Diz mais sobre os outros Estados, no momento. O Rio Grande do Sul antecipou isso, durante 10 anos, foi um mercado muito forte. Foi uma grande paixão em escolas, uma mãe indicava para as outras”, rememora.
Mas a empreendedora pontua que o volume de busca pelas bonecas se mantem ao longo dos anos, porém, com menor taxa de conversão em venda. Outro dado levantado pela própria empreendedora a partir da sua experiência é que, em uma década no ramo, o tempo médio de convencimento de um cliente é de dois anos. “Sempre foi assim. Dois anos do possível cliente amadurecendo a ideia e compreendendo os motivos para os valores”, explica.
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A respeito da polêmica nas redes, Alessandra diz que não há impacto no seu trabalho atualmente. “É um sonho de consumo, o é um desejo muito forte para deixarmos que comentários ou críticas abalarem esse prazer."
Além disso ela chama atenção para golpes e uso de Inteligência Artificial em conteúdos na internet. “Há muito vídeo falso, e utilizando Inteligência Artificial. Crianças acreditam, e acham que poderão conversar com a boneca, dar banho, que ela fará xixi, por exemplo. Não é possível molhar dessa forma, e assim já perdi venda de clientes na minha frente”, conta.
Alessandra conclui que existe a procura por um falso bebê reborn, e que é preciso a compreensão de que se trata de um trabalho artesanal. "Leva de dois a três dias trabalhando direto. Para que as pessoas entendam, basta não pensar como uma boneca, mas como uma tela. Aos poucos, você vai dando cor, dando realismo. Por fim, dá um orgulho pelo trabalho."
Mas a empreendedora pontua que o volume de busca pelas bonecas se mantem ao longo dos anos, porém, com menor taxa de conversão em venda. Outro dado levantado pela própria empreendedora a partir da sua experiência é que, em uma década no ramo, o tempo médio de convencimento de um cliente é de dois anos. “Sempre foi assim. Dois anos do possível cliente amadurecendo a ideia e compreendendo os motivos para os valores”, explica.
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Além disso ela chama atenção para golpes e uso de Inteligência Artificial em conteúdos na internet. “Há muito vídeo falso, e utilizando Inteligência Artificial. Crianças acreditam, e acham que poderão conversar com a boneca, dar banho, que ela fará xixi, por exemplo. Não é possível molhar dessa forma, e assim já perdi venda de clientes na minha frente”, conta.
Alessandra conclui que existe a procura por um falso bebê reborn, e que é preciso a compreensão de que se trata de um trabalho artesanal. "Leva de dois a três dias trabalhando direto. Para que as pessoas entendam, basta não pensar como uma boneca, mas como uma tela. Aos poucos, você vai dando cor, dando realismo. Por fim, dá um orgulho pelo trabalho."

