O foco da Keike Hut Projetos Inteligentes é reduzir implicações ambientais oriundas da construção civil

Startup de Porto Alegre constrói cabanas em sete dias e com impacto ambiental 95% menor que obras convencionais


O foco da Keike Hut Projetos Inteligentes é reduzir implicações ambientais oriundas da construção civil

A Keike Hut Projetos Inteligentes é uma startup voltada a construções modulares e sustentáveis. Focado em comercializar cabanas para diferentes localidades do Brasil, o empreendimento nasceu em Canela e, agora, está incubado no Instituto Caldeira, em Porto Alegre. Através de tecnologia, a marca possibilita a diminuição de resíduos e desperdícios gerados em uma obra convencional, reduzindo os impactos no meio-ambiente.
A Keike Hut Projetos Inteligentes é uma startup voltada a construções modulares e sustentáveis. Focado em comercializar cabanas para diferentes localidades do Brasil, o empreendimento nasceu em Canela e, agora, está incubado no Instituto Caldeira, em Porto Alegre. Através de tecnologia, a marca possibilita a diminuição de resíduos e desperdícios gerados em uma obra convencional, reduzindo os impactos no meio-ambiente.
Felipe Moreira, empreendedor à frente do negócio, já liderou operações de outros ramos, como um restaurante na Orla de Ipanema. Com formação na área de eletrônica e eletrotécnica, Felipe atuou no setor de construção civil e sempre buscou por inovação dentro do campo. “Construí muito em concreto e sempre fui pesquisando novas formas de fazer mais rápido, gerando menos impacto”, conta Felipe.
Em 2022, o empreendedor desenhou um protótipo de cabana, que é o modelo comercializado pela Keike Hut atualmente. Com 60 m², a cabana é construída em sete dias e, de acordo com Felipe, é um modelo procurado por pessoas que buscam investimentos com retornos rápidos. “Depois de prontas, os proprietários disponibilizam elas em aplicativos de locação, voltado para lazer”, detalha.
Hoje, uma cabana da Keike Hut custa em torno de R$ 170 mil e, segundo o empreendedor, os proprietários conseguem locar os espaços entre R$ 700,00 e R$ 1,6 mil a diária dependendo do local e das comodidades oferecidas. “Das 44 cabanas vendidas, uma ou duas usam para o próprio lazer, mas o restante tudo é para o sistema de locação de diárias”, explica.
Um dos principais diferenciais do modelo ofertado pelo empreendimento é o material usado. De acordo com Felipe, 80% da obra é em madeira de reflorestamento e material para conforto termoacústico. “Não tem pintura no local e gastamos de quatro a cinco sacos de cimento. Para uma mesma obra, gastaria até 500 sacos”, afirma o empreendedor, explicando que a economia se dá pelo uso do método de construção. “Usamos aço, madeira e telhas que já vêm com acabamento de fábrica, reduzindo muito o tempo na obra”, constata.
Segundo Felipe, o resíduo gerado em uma obra da Keike Hut é 5% do total produzido em uma obra convencional, de alvenaria. Além disso, o modelo de construção permite uma diminuição no desperdício de água. “Usamos em torno de 500 litros, sendo que uma construção, normalmente, usa mais de 10 mil litros”, detalha.
Todo material usado para construção de cabanas vem pronto de fábrica. “Vem o painel pronto, sem precisar de nenhum tipo de acabamento”, comenta, informando que os materiais são todos de indústrias do Rio Grande do Sul.
A marca está presente em oito estados brasileiros, com foco em cidades turísticas. Chapada dos Veadeiros (GO), Bonito (MG), Ilhabela (SP) e Piracaia (SP) são alguns dos locais que contam com as cabanas. Além do território nacional, a marca prospecta uma expansão no exterior. “Estamos com um projeto de vender a tecnologia para Austrália, Estados Unidos e Portugal. Estamos aprovando junto às prefeituras esses projetos e com escritórios locais de parceiros. A gente vai levar a tecnologia e eles vão prestar o serviço lá.”
A keike Hut se prepara para construir o primeiro protótipo de residência, construído com a mesma inteligência que as cabanas. A casa terá 100m² e será desenvolvida na Zona Sul de Porto Alegre.