Inspirada por técnicas como crochê e macramê, empreendedora decidiu reunir pequenos produtores em uma feira de economia criatica

Feira reúne economia criativa e exclusividade no Litoral Gaúcho


Inspirada por técnicas como crochê e macramê, empreendedora decidiu reunir pequenos produtores em uma feira de economia criatica

Mais do que um espaço para compras, a Le Marché Chic (@lemarchechic) celebra a economia criativa e busca valorizar produtos feitos à mão. Realizada todos os sábados no Ramblas Atlântida, na praia de Atlântida, em Xangri-Lá, a feira foi criada por Luciana Alberti em 2016 e, desde então, transformou-se em um ponto de encontro para artistas, designers e consumidores que buscam peças autorais e exclusivas.Com a curadoria de Luciana, a Le Marché Chic tem o objetivo de expor produtos diversos e com qualidade. No último fim de semana, cerca de 50 expositores participaram da feira, oferecendo desde acessórios de moda e bijuterias até artigos de decoração, luminárias, facas artesanais e velas. Segundo Luciana, um dos diferenciais do negócio é o contato direto entre o criador e o cliente. "A entrega de quem faz para quem compra é muito mais significativa. Não é uma máquina, é um ser humano que colocou energia e cuidado para transformar um produto", destaca.
Mais do que um espaço para compras, a Le Marché Chic (@lemarchechic) celebra a economia criativa e busca valorizar produtos feitos à mão. Realizada todos os sábados no Ramblas Atlântida, na praia de Atlântida, em Xangri-Lá, a feira foi criada por Luciana Alberti em 2016 e, desde então, transformou-se em um ponto de encontro para artistas, designers e consumidores que buscam peças autorais e exclusivas.

Com a curadoria de Luciana, a Le Marché Chic tem o objetivo de expor produtos diversos e com qualidade. No último fim de semana, cerca de 50 expositores participaram da feira, oferecendo desde acessórios de moda e bijuterias até artigos de decoração, luminárias, facas artesanais e velas. Segundo Luciana, um dos diferenciais do negócio é o contato direto entre o criador e o cliente. "A entrega de quem faz para quem compra é muito mais significativa. Não é uma máquina, é um ser humano que colocou energia e cuidado para transformar um produto", destaca.
LEIA TAMBÉM > Veraneio impulsiona negócios no Litoral do RS e permite expansão de operações

Luciana começou sua carreira na indústria têxtil, onde percebeu o avanço do fast fashion e a necessidade de resgatar o valor dos produtos feitos manualmente. Inspirada por técnicas como crochê e macramê, decidiu reunir pequenos produtores em uma feira que, inicialmente, contava com apenas sete marcas. O sucesso da primeira edição revelou um mercado promissor. "Era para ser só uma edição, mas eu vislumbrei um negócio nessa feira", relembra.

Hoje, com 82 edições realizadas, a Le Marché Chic tornou-se um trampolim para pequenos empreendedores. "Já ajudei muitas marcas que começaram na feira e hoje têm seu próprio showroom ou loja. É gratificante ver esse crescimento", comenta Luciana.
A feira acontece todos os sábados da temporada no Ramblas Atlântida, na praia de Atlântida, em Xangri-lá | RAFAEL SARTOR/LE MARCHÉ CHIC/DIVULGAÇÃO/JC
A feira acontece todos os sábados da temporada no Ramblas Atlântida, na praia de Atlântida, em Xangri-lá RAFAEL SARTOR/LE MARCHÉ CHIC/DIVULGAÇÃO/JC


A feira também reflete a importância da economia criativa como alternativa ao consumo em massa. "Esse tipo de negócio cresceu muito na pandemia e pós-pandemia. Muitas pessoas começaram a criar como hobby e, hoje, isso virou sua principal fonte de renda", explica ela. Além disso, Luciana destaca que o modelo handmade incentiva o consumo consciente e a valorização do trabalho autoral, em contraposição às práticas do fast fashion.

De acordo com Luciana, o público que frequenta a feira também valoriza essa proposta e buscam por programas mais diferenciados. "É um programa quase europeu. Você passeia, toma um café, visita a feira... É um charme", define.

Entre os produtos mais procurados estão acessórios e artigos para casa. "Depois da pandemia, as pessoas passaram a valorizar mais o ambiente onde vivem. A casa virou prioridade", afirma a empreendedora. Essa mudança de comportamento reflete-se na ampla variedade de itens disponíveis, desde tábuas de madeira até mesas-posta e objetos de design.

Com o crescente movimento no Litoral, a Le Marché Chic acompanha o aumento do público na região. Segundo Luciana, o Ramblas atrai cerca de 70 mil pessoas por fim de semana, o que torna a feira um grande evento. "O litoral é onde a feira tem mais força. É um público qualificado, que entende o valor do feito à mão", ressalta.
LEIA TAMBÉM > Com receita italiana, gelateria amplia operação em Xangri-Lá

De acordo com o Observatório Nacional da Indústria (ONI), cerca de 1 milhão de novos empregos serão gerados pela economia criativa até 2030. Essa perspectiva reforça a afirmativa de Luciana de que “a economia criativa é um dos grandes negócios hoje no mundo, uma verdadeira indústria, que é muito forte e cresceu principalmente na pandemia de Covid-19”.
Além do Litoral, a feira acontece em Porto Alegre e em outras cidades como Canela, Caxias do Sul e Florianópolis, em Santa Catarina. “Na Serra Gaúcha a feira é bem forte, mas o Litoral é imbatível”, pondera.

Endereço e horário de funcionamento 

A feira ocorre todos os sábados, a partir das 18h, até o último fim de semana de fevereiro. A Le Marché Chic acontece no Ramblas Atlântida, na avenida Central, nº 2060, em Xangri-Lá.