O objetivo da Casa Norma é oferecer um ambiente que facilite a vida da comunidade jurídica

Coworking busca criar senso de comunidade entre advogados em Porto Alegre


O objetivo da Casa Norma é oferecer um ambiente que facilite a vida da comunidade jurídica

A Casa Norma é um espaço compartilhado pensado especificamente para auxiliar profissionalmente a comunidade jurídica gaúcha. Com salas de trabalho compartilhadas, espaço para reuniões e escritórios privativos, o empreendimento, localizado no bairro Moinhos de Vento, é um ambiente que busca proporcionar bem-estar para todos os advogados e advogadas, com foco nos profissionais autônomos ou nos que trabalham em pequenos escritórios.
A Casa Norma é um espaço compartilhado pensado especificamente para auxiliar profissionalmente a comunidade jurídica gaúcha. Com salas de trabalho compartilhadas, espaço para reuniões e escritórios privativos, o empreendimento, localizado no bairro Moinhos de Vento, é um ambiente que busca proporcionar bem-estar para todos os advogados e advogadas, com foco nos profissionais autônomos ou nos que trabalham em pequenos escritórios.
A história da Casa Norma começou em 2019, quando o trio de advogados Juliana Ribas, Thaís Barcelos e Luiz Carlos Gomes decidiu se aventurar no mundo do empreendedorismo. Ao perceber que espaços compartilhados não eram ocupados por juristas, os empreendedores resolveram agir. "Por que ainda não estávamos ocupando esses espaços? Porto Alegre estava bombando de casas colaborativas e coworkings; 2019 foi o ano dos hubs, das plataformas e a advocacia estava ali, mas contida", lembra Juliana
Nascida a ideia, os empreendedores fizeram uma pesquisa para entender a ausência dos advogados em espaços compartilhados. As respostas mais comuns variavam do receio com o cliente final até medo da concorrência. Identificada a dor no mercado, os sócios colocaram a mão na massa para criar um ambiente pensado para resolver todos os problemas apontados por seus colegas de profissão.
Assim, Juliana, Thaís e Luiz encontraram o espaço para receber o negócio. O local, que já havia sido uma casa residencial e um escritório de advocacia, era exatamente o que os sócios procuravam: uma casa espaçosa, porém discreta. Após seis meses de reforma, a Casa Norma foi inaugurada no fim de 2019.
TÂNIA MEINERZ/JC
O primeiro desafio do empreendimento, portanto, foi a pandemia. Os empreendedores contam que a inauguração do espaço aconteceu cerca de 45 dias antes do fechamento do comércio. "Foi uma enorme quebra de expectativa. Nós pensamos todo o negócio para que funcionasse em um modelo presencial. Por outro lado, também nos sentíamos solitários em nossas carreiras. Portanto, teve uma época na pandemia que fazíamos encontros online quase todos os dias", conta Thaís.
Na Casa Norma, o currículo pouco importa. Os empreendedores garantem que, independente da experiência, todos são bem-vindos. O espaço abriga desde advogados com mais de 30 anos de carreira até jovens que estão a procura de estabilidade. "Partimos da premissa da troca de experiência. Acreditamos que todos têm algo a aprender e a ensinar. Não temos uma figura centralizadora do conhecimento. Todos têm a sua trajetória de vida e, assim, construímos um conhecimento coletivo", ressalta Luiz.
Entre os serviços oferecidos pelo espaço estão a gestão de entregas e correspondências, sala de reuniões, salas de trabalho compartilhadas, áreas comuns, como cozinha e sala de descanso. Além disso, são organizados encontros semanais pensados para promover a colaboração entre os membros. O acesso aos serviços são definidos de acordo com o plano escolhido. São três opções que partem de R$ 299,00 e chegam a R$ 899,00.
Entre as áreas comuns, está um espaçoso quintal que pode ser alugado para eventos externos, como cursos e palestras. Os eventos não precisam ser relacionados à advocacia, mas os empreendedores garantem que selecionam o que é permitido lá dentro.
TÂNIA MEINERZ/JC
Outro ponto enfatizado pelo trio é a ausência de palavras estrangeiras no dia a dia da Casa Norma. Apesar de ainda usar palavras como coworking e soft skills em alguns materiais de divulgação, essas nomenclaturas estão sendo substituídas pelos sócios.
"Não usamos nenhuma expressão em inglês na Casa Norma. Chamamos o nosso happy hour de tardezinha, coworking é espaço de trabalho compartilhado, e por aí vai. Não há necessidade de outros estrangeirismos", afirma Juliana.
Com mais de 30 membros ativos, a Casa Norma busca, em 2024, seguir ainda mais forte. "Queremos cultivar um senso de comunidade, fomentar a confraternização entre os membros, porque a colaboração não é só comercial. Essa é a grande inovação. Em outros espaços de coworking, o networking é sempre profissional e comercial. Aqui, nós humanizamos as relações", explica Juliana
A Casa Norma fica na rua Coronel Bordini, nº 1003, e funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h.