Localizada na divisa dos municípios de Farroupilha e de Pinto Bandeira, a Vinícola Monte Astral surgiu com a proposta de produzir vinhos orgânicos a partir da filosofia biodinâmica, onde as bebidas são produzidas com intervenção mínima, respeitando os ciclos naturais e a interconexão entre o ser humano, a natureza e o cosmos. A novidade da propriedade é o restaurante Ostara, local com foco em culinária sulista que busca unir o melhor da arquitetura, vinhos e da gastronomia local.
A Vinícola Monte Astral é comandada pelo casal de empreendedores Paulo Cesar e Fernanda Rutzen. A ideia da vinícola surgiu em 2012, quando, em uma viagem à França, Paulo provou um vinho natural pela primeira vez. O empreendedor gostou tanto que resolveu entrar no mundo da enologia biodinâmica.
Em 2017, Paulo e Fernanda adquiriram um hectare de terra e, com o auxílio de Jefferson Sancineto Nunes, sócio, agrônomo e enólogo da Monte Astral, iniciaram a preparação do solo. Originalmente, a vinícola tinha o objetivo de ser um projeto pequeno, feito para atender apenas familiares e amigos próximos. No entanto, foi crescendo e, atualmente, conta com 25 hectares.
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Os vinhos naturais biodinâmicos são feitos com o mínimo possível de intervenção, ou seja, não utilizam pesticidas ou adubos não naturais. Tudo é pensado para que o ciclo natural da produção seja respeitado ao máximo. Outro ponto enfatizado por Jefferson é o respeito às fases da lua. Acredita-se que o satélite natural interfira diretamente na plantação e até mesmo na hora de engarrafar e consumir os vinhos. "A cada três ou quatro dias, a lua está na frente de uma constelação. Por exemplo, estamos na frente de uma constelação de calor. Todos os vinhos que tu tomares agora vão estar muito mais fáceis de serem tomados, com aromas mais abertos, por conta dessa influência dos astros", explica Jefferson. A Monte Astral oferece 16 variedades de vinhos, que podem ser adquiridos na própria vinícola, como também em restaurantes parceiros, como o Bottega Maria e Zanza Bar, ambos em Porto Alegre.

Recentemente, Paulo e Fernanda abriram, junto à vinícola, o restaurante Ostara, focado na culinária do sul do País e seguindo os ideais da filosofia biodinâmica, utilizando apenas insumos produzidos por um processo que estabeleça uma relação íntima entre o produtor rural e a natureza.
O cardápio foi idealizado pelos chefs Felipe Di Sicca e Raphael Dittrich, que buscaram trazer uma nova cara para a culinária sulista. Os destaques são o carreteiro da terra, uma releitura 100% vegana do clássico prato gaúcho, e o galeto Ostara e roti de frango, um galeto desossado com roti de frango e sálvia crocante. "Nós estávamos pensando em expandir, e o Felipe tinha o sonho de abrir um restaurante na Serra. Foi uma parceria que deu supercerto", conta Fernanda.
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A arquitetura do restaurante, assinada por Lisiara Camargo Simon, está afinada com o propósito do local, utilizando madeira engenheirada, tendência que utiliza pedaços de madeira pré-fabricada, com o objetivo de potencializar o seu uso na construção, diminuindo a produção de resíduos. Tudo pensado para seguir os ideias sustentáveis da vinícola.

