Mesmo colecionando trabalhos no rap nacional, Thiago conta que deseja, também, explorar outros estilos musicais

Videomaker gaúcho ganha destaque no mercado nacional de rap e funk


Mesmo colecionando trabalhos no rap nacional, Thiago conta que deseja, também, explorar outros estilos musicais

Thiago Selau, videomaker gaúcho de 21 anos, vem se destacando no mercado nacional de clipes musicais após produzir para artistas como Mc Livinho, Derek Luccas, Haaikais, Kant, Batalha da Aldeia e Mc Hariel. Natural de Cachoeirinha, Thiago ganhou visibilidade, principalmente pelos artistas do rap nacional e funk, devido seu trabalho solo, autoral e pela originalidade na hora de pensar, gravar e editar os videoclipes, segundo declarações dos artistas nas redes sociais. Thiago começou a sua trajetória acompanhando seus irmãos Marcelo e Dayse Selau que trabalham com fotografia de eventos. “Meus irmãos já trabalhavam com isso e eu sempre acompanhava, colocando o tripé, ajudando com a luz ou ajudando com os equipamentos. Sem fazer muita coisa, mas sempre achei eles o máximo, e uma profissão difícil de ser alcançada”, conta Thiago. Após ficar um tempo acompanhando os irmãos, aos 14 anos, Thiago foi para a prática, começando a trabalhar também, assim como os irmãos, em eventos de 15 anos e casamentos, mas na área dos vídeos. “Fazia aqueles clipes que passavam no evento. Aprendi a editar na pressão e rápido. Comecei a fazer clipe de música de igreja também”, expõe.
Thiago Selau, videomaker gaúcho de 21 anos, vem se destacando no mercado nacional de clipes musicais após produzir para artistas como Mc Livinho, Derek Luccas, Haaikais, Kant, Batalha da Aldeia e Mc Hariel. Natural de Cachoeirinha, Thiago ganhou visibilidade, principalmente pelos artistas do rap nacional e funk, devido seu trabalho solo, autoral e pela originalidade na hora de pensar, gravar e editar os videoclipes, segundo declarações dos artistas nas redes sociais.

Thiago começou a sua trajetória acompanhando seus irmãos Marcelo e Dayse Selau que trabalham com fotografia de eventos. “Meus irmãos já trabalhavam com isso e eu sempre acompanhava, colocando o tripé, ajudando com a luz ou ajudando com os equipamentos. Sem fazer muita coisa, mas sempre achei eles o máximo, e uma profissão difícil de ser alcançada”, conta Thiago. Após ficar um tempo acompanhando os irmãos, aos 14 anos, Thiago foi para a prática, começando a trabalhar também, assim como os irmãos, em eventos de 15 anos e casamentos, mas na área dos vídeos. “Fazia aqueles clipes que passavam no evento. Aprendi a editar na pressão e rápido. Comecei a fazer clipe de música de igreja também”, expõe.

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O videomaker conta que os eventos deram a ele experiência e uma noção de como funciona esse meio, mas foi através de um amigo da sua cidade natal que Thiago entrou para o meio musical, onde encontrou seu nicho. A partir de conexões e contatos que o videomaker foi criando, acabou conhecendo o Bob13, Mc e fundador da Batalha da Aldeia (BDA) que começou em uma praça na cidade de Barueri, São Paulo, e, hoje, é uma das mais reconhecidas do Brasil. Após começar a trabalhar na BDA, ficou um ano morando em São Paulo, momento muito importante para o seu crescimento, segundo Thiago. “Lá que eu consegui experimentar e ver como funciona esse mundo”, afirma.

Mesmo colecionando trabalhos no rap, Thiago conta que deseja também explorar outros estilos musicais e trabalhar com artistas do Brasil e do mundo inteiro. Segundo o gaúcho, um trabalho pode levar em torno de até três semanas, desde a criação da ideia até a edição e entrega do material. “Normalmente, o cliente me manda a música umas duas semanas antes da gravação para eu poder pensar e escrever a ideia. Sempre procuro muita referência e, na hora da gravação, busco já ter uma ideia de como vai ficar o resultado final”, explica.

Fazer videoclipes internacionais e trabalhos com artistas da produtora musical 30PRAUM, que tem nomes como Matuê, Teto e Wiu, ainda está na lista de desejos de Thiago, que ressalta a satisfação de poder trabalhar com artistas que é fã. “É muito bom ver o meu trabalho com artistas que eu ouvia as músicas no chuveiro”, conta com um sorriso no rosto.

Segundo Thiago, o fato de trabalhar de uma maneira solo e com ideias “fora da convencional” é o seu diferencial no mercado. "Tem alguns casos que é uma pessoa para cada parte do clipe, uma para a luz, outro faz o 3d, outro a decupagem. Acredito que isso é um destaque, conseguir assinar e trazer tudo isso trabalhando sozinho”, enxerga. 

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Tendo entre suas referências Daniel Kwan e Daniel Scheinert, conhecidos como os Daniels - produtores de Everything Everywhere All at Once (2022), filme ganhador de três Oscars - profissionais que também começaram como produtores de videoclipes. Segundo Thiago, no meio artístico, existe o medo de envelhecer. Para ele, a maior meta é conseguir manter um trabalho sólido por muito tempo. “A gente tem que sempre correr para estar sempre se atualizando, mas quero me manter estável, minhas referências são pessoas de 40, 50 anos, pessoas que seguem até hoje produzindo e atuais”, conta. “Quero manter essa longevidade. Quero que meu trampo seja tão sólido que a minha idade não faça diferença”, acrescenta.

A profissão de videomaker, muitas vezes, não é entendida, sendo vista de uma maneira conservadora, segundo Thiago, que precisa lidar com a falta de valorização de alguns contratantes. "Temos que lutar com isso, de algum jeito o foco é conquistar o nosso espaço, e uma das melhores formas é apresentar o melhor trabalho possível. Aos poucos vamos chegando lá”, pondera.