O espaço foi pensado para ser uma mistura entre casa de shows e bar, sem deixar de lado a coquetelaria e a gastronomia

Unindo bar e gastronomia, Agulha se consolida no fomento à música em Porto Alegre

O espaço foi pensado para ser uma mistura entre casa de shows e bar, sem deixar de lado a coquetelaria e a gastronomia

Com o objetivo de ser palco para artistas locais e autorais de todo País, os irmãos Fernando e Eduardo Titton Fontana abriram o Agulha, espaço localizado na rua Conselheiro Camargo, 300, no bairro São Geraldo. Além do Agulha, os irmãos são proprietários do Vasco da Gama 1020, bar no Rio Branco, onde surgiu o insight para o negócio no 4º Distrito. "Lá a gente recebia vários músicos da cena local, e um volume grande de reclamações da falta de espaços e oportunidades para trabalhar", conta Eduardo.
Com o objetivo de ser palco para artistas locais e autorais de todo País, os irmãos Fernando e Eduardo Titton Fontana abriram o Agulha, espaço localizado na rua Conselheiro Camargo, 300, no bairro São Geraldo. Além do Agulha, os irmãos são proprietários do Vasco da Gama 1020, bar no Rio Branco, onde surgiu o insight para o negócio no 4º Distrito. "Lá a gente recebia vários músicos da cena local, e um volume grande de reclamações da falta de espaços e oportunidades para trabalhar", conta Eduardo.
Foi dessa necessidade que começou a procura para o futuro empreendimento, e foi no 4º Distrito, mais especificamente no bairro São Geraldo, que os sócios encontraram o ponto ideal. "Disso surgiu a ideia de criarmos um espaço para apresentações, de uma maneira bem simples. Quando começamos, de fato, a planejar o que seria o Agulha, já sabíamos que queríamos instalar ele dentro desse universo que seria o 4º Distrito", lembra. Segundo o empreendedor, mesmo que, na época, a região fosse muito diferente, já havia pesquisas que apontavam a possibilidade de transformação do território em um polo criativo e cultural.

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O espaço de 350m², que acomoda até 300 pessoas, foi pensado para ser uma mistura entre casa de shows e bar, sem deixar de lado a coquetelaria e a gastronomia, que segundo Eduardo, muitas vezes, não são contempladas em espaços de música. "Claro que existe uma dificuldade de operar os dois setores, mas vimos esse desafio como o nosso caminho", destaca.
Quando o Agulha foi oficialmente inaugurado, em 2017, a notícia da proposta do espaço já havia se espalhado para a cena da música independente e autoral.
EVANDRO OLIVEIRA/JC
Ter uma agenda eclética e democrática sempre foi prioridade no Agulha, que conseguiu expandir os horizontes com o passar do tempo. "Já nos primeiros meses, percebemos que havia espaço para trazer artistas nacionais e até internacionais", afirma Eduardo. Artistas como DJ Niack, FEBEM, Duda Beat e 50 Tons de Pretas já passaram pelo palco do Agulha, que, além de ter o foco em artistas locais, busca trazer o que está em alta no Brasil. "Nós temos alguém aqui no Agulha para fazer a curadoria e desenhamos o que queremos para a semana ou para o mês, e buscamos analisar as tendências do que está rolando no País", explica. O negócio fica de portas abertas de quarta-feira a domingo, das 18h à meia-noite, oferecendo show, em média, duas vezes por semana. Os ingressos podem ser adquiridos pela plataforma Sympla, e nos demais dias a casa fica aberta como bar e restaurante com entrada franca. O espaço oferece porções, lanches e pratos. Entre as bebidas, cervejas, drinks clássicos e autorais estão inclusos no cardápio, partindo de R$ 21,00 até R$ 32,00. As cervejas partem de R$ 8,00 e, segundo o proprietário, são as queridinhas do público. No entanto, os carros-chefes variam de acordo com o perfil do público que cada artista atrai.
De acordo com Eduardo, muita coisa mudou desde que o Agulha chegou na região. Problemas com alagamento, transporte e até com a confiança do público eram pontos presentes há alguns anos. "Existia uma resistência de uma parte da cidade, e, hoje, sinto que está diferente. Teve muito evento, notícia e muito bar abriu. Quando chegamos, não existia muita coisa, então tinha essa dificuldade de comunicação, de convencimento do público", pondera o sócio.
EVANDRO OLIVEIRA/JC
Além de empreender no bairro, Eduardo é morador da região e ressalta que os pontos positivos e negativos muitas vezes se misturam. Segundo ele, mesmo a região tendo muito potencial, há uma estratégia vazia de fomento à cultura e empreendedorismo.
A falta de aproximação e união entre os empreendedores antigos e os recém-chegados é um desafio, pondera o sócio. "Falta, muitas vezes, esse encontro de dois mundos. São realidades e públicos bem diferentes e, se não for bem planejado e estudado, vai acabar em uma gentrificação bem óbvia, de sair os negócios antigos e subir os aluguéis", pontua Eduardo.
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