Um dos maiores nomes do tênis internacional, o suíço Roger Federer foi escolhido para o Hall da Fama Internacional do Tênis em seu primeiro ano de elegibilidade, anunciou o Hall, sediado em Rhode Island, nesta quarta-feira (19).
O primeiro homem a conquistar 20 títulos de Grand Slam em simples e parte de uma era de grandeza sem precedentes com rivais como Rafael Nadal e Novak Djokovic, ele foi o único candidato a receber apoio suficiente na categoria de jogador para a turma de 2026 do órgão. O Hall não divulga os resultados da votação.
A comentarista e jornalista Mary Carillo, que também foi jogadora, foi eleita na categoria de colaboradora. A cerimônia de posse será em agosto.
"Sempre valorizei a história do tênis e o exemplo dado por aqueles que vieram antes de mim", disse Federer. "Ser reconhecido desta forma pelo esporte e pelos meus colegas é profundamente gratificante."
Ele é um dos oito homens com o Grand Slam na carreira, tendo conquistado oito títulos em Wimbledon, seis no Australian Open, cinco no US Open e um em Roland Garros.
O primeiro título de Grand Slam de Federer veio no All England Club em 2003, e ele quebrou o recorde de Pete Sampras de 14 conquistas deste patamar para um homem ao vencer Wimbledon em 2009, derrotando Andy Roddick por 16-14 no quinto set da final. Federer conquistou seu 20º título no Aberto da Austrália de 2018.
Seu número de títulos de Grand Slam foi eventualmente superado por Nadal, que chegou a 22 antes de se aposentar no ano passado, aos 38 anos, e por Djokovic, que tem 24 e ainda está em atividade aos 38 anos.
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Com um forehand e saque formidáveis, um estilo agressivo em toda a quadra e um jogo de pés que fazia tudo parecer tão fácil, Federer venceu 103 torneios e 1.251 partidas em simples, totais superados no tênis masculino apenas por Jimmy Connors na Era Aberta, que começou em 1968.
Federer terminou cinco anos como número 1 do ranking da ATP, passou um recorde de 237 semanas consecutivas e um total de 310 semanas no topo da lista, liderou a Suíça ao título da Copa Davis de 2014 e fez dupla com Stan Wawrinka para conquistar a medalha de ouro nas duplas nos Jogos Olímpicos de 2008.
Embaixador do tênis, que frequentemente respondia a perguntas em inglês, francês, alemão e suíço em coletivas de imprensa, Federer jogou sua última partida em Wimbledon em 2021. Faltava um mês para completar 40 anos na época.
Ao longo de sua carreira, o suíço se consolidou como um modelo para atletas mais jovens, como Carlos Alcaraz, de 22 anos, atual número 1 do mundo, que possui seis títulos de Grand Slam.
No auge de sua carreira, Federer alcançou o recorde de 10 finais consecutivas de Grand Slam, de 2005 a 2007, vencendo oito. Esse domínio se estendeu à presença em 18 das 19 finais de Grand Slam que disputou; ele também acumulou sequências de 23 semifinais e 36 quartas de final em torneios do Grand Slam.