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Publicada em 15 de Julho de 2025 às 09:13

Após a compra da Arena do Grêmio, questões burocráticas serão resolvidas para selar a transação

 Marcelo está disposto a doar a gestão da Arena para o Grêmio sem custos

Marcelo está disposto a doar a gestão da Arena para o Grêmio sem custos

Gabriel Dias/Divulgação/JC
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A euforia da torcida do Grêmio com a compra da Arena por parte do empresário e pré-candidato à presidência do clube Marcelo Marques é inegável. Entretanto, para a gestão do estádio passar a ser de posse do Tricolor, alguns pontos serão acordados ao longo dos próximos meses para, aí sim, a posse ser dos gremistas. 
A euforia da torcida do Grêmio com a compra da Arena por parte do empresário e pré-candidato à presidência do clube Marcelo Marques é inegável. Entretanto, para a gestão do estádio passar a ser de posse do Tricolor, alguns pontos serão acordados ao longo dos próximos meses para, aí sim, a posse ser dos gremistas. 
Financeiramente, o acordo totalizou R$ 130 milhões. Este valor foi dividido em dois processos de compra. O primeiro diz respeito à aquisição do direito de concessão dos dois terços da dívida existente por parte da Revee, totalizada em R$ 80 milhões. A segunda foi a compra da gestão do estádio junto à Arena por R$ 50 milhões. Com as operações concluídas, a OAS 26 - empresa que administrou o estádio durante 12 anos -  e o próprio Grêmio, realizarão em conjunto com Marcelo Marques a implementação da transação e definirão os moldes do processo. 
Vale salientar que com a compra da dívida, as duas partes passam a dever para o empresário. Todavia, nas conversas entre o comprador e o Grêmio, não devem ocorrer empecilhos. Isto porque Marques está disposto a doar a gestão da Arena para o Grêmio sem custos - podendo ser colocado no acordo a distribuição de camarotes ao, hoje, pré-candidato.
A transferência de gestão do estádio entre OAS 26 e Marques abriu caminho para a permuta entre Arena e Olímpico, travada por indefinições jurídicas a 12 anos. Com a concretização dos detalhes, a antiga casa tricolor, por questões contratuais desde a construção da Arena, passará a ser da construtora e terminará a história do clube com o Velho Casarão. 
Paralelamente ao repasse do Olímpico à OAS, as obras do entorno da Arena entram no pacote. A responsabilidade da ação é da empresa desde a aquisição do estádio e, como é de conhecimento público, nunca foram feitas. Porém, para se ver livre deste compromisso, a OAS poderá negociar uma porcentagem do terreno do estádio Olímpico com a prefeitura de Porto Alegre e repassar a obrigatoriedade das modificações estruturais no Humaitá ao órgão público. 
Voltando a tratar da negociação entre Grêmio e Marques, ambas as partes se reunirão neste início de semana para alinhar as questões de gestão do estádio. Definidos os moldes de repasse, a questão passará a ser votada no Conselho Deliberativo do clube. Caso seja aprovada - o que deve acontecer -, em dezembro, quando já tiver sido eleito o novo presidente, a Arena passa a ser do Tricolor. 
Para estar com todas as adversidades resolvidas, burocracias como fluxo de caixa e questões jurídicas também serão tratadas. Ao longo desta semana, o presidente, Alberto Guerra e Marcelo Marques convocarão uma coletiva de imprensa para detalhar o assunto e deixar os torcedores a par dos detalhes e andamentos da transação.  

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