João Fonseca volta à quadra na segunda rodada de Wimbledon nesta quarta-feira (2), às 7h, para enfrentar Jenson Brooksby. O norte-americano chegou no Grand Slam inglês vindo de vice na grama de Eastbourne e revelou há poucos meses que, quando criança, foi diagnosticado dentro do transtorno do espectro autista.
Brooksby tem 24 anos e é o atual número 101 do mundo. Em sua segunda participação no principal torneio da Inglaterra, ele avançou de fase ao bater o holandês Tallon Griekspoor, 31º cabeça de chave do torneio, em três sets diretos -parciais de 6/2, 7/5 e 6/3.
Em dezembro, Brooksby revelou que na infância foi diagnosticado dentro do transtorno do espectro autista, com grau severo. Foi a primeira vez que ele se pronunciou publicamente sobre o assunto e, após a repercussão, comemorou o apoio recebido no meio do tênis. O atleta relatou que, na quadra, fica mais sensível a barulhos externos e que precisou a aprender a lidar com isso nas partidas.
O norte-americano faturou seu primeiro título no circuito em abril -no mês da conscientização internacional sobre autismo. Ele venceu o ATP 250 de Houston, nos EUA, derrotando dois top 20 em sequência -Tommy Paul (#13 na época) na semi, e Francis Tiafor (#17) na final.
A conquista fez Brooksby ter um salto mais meteórico no ranking do que o de Fonseca em 2024. Ele estava em 507º e pulou para a 172º, subindo 335 posições, após levar a taça. Já o carioca, em fevereiro do ano passado, subiu 312 colocações ao chegar às quartas do Rio Open, ainda com 17 anos, pegando o elevador do posto 665 para virar o 343º da lista.
O próximo rival de Fonseca já foi o número 33 do mundo, mas despencou no ranking por ter ficado afastado por quase dois anos por gancho e lesões. Ele atingiu a melhor posição da carreira em junho de 2022, mas no ano seguinte foi suspenso por faltar a três testes antidoping. Em meio a isso, ele também se machucou, e retornou apenas em janeiro após realizar cirurgias no pulso e tratar uma lesão no ombro.
Agências