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Publicada em 24 de Junho de 2025 às 16:25

Leilão da Arena do Cruzeiro de Cachoeirinha é suspenso pela Justiça

Arena do Cruzeiro poderia ser arrematada por R$ 15,8 milhões nesta quarta (25)

Arena do Cruzeiro poderia ser arrematada por R$ 15,8 milhões nesta quarta (25)

Juliano Santos/EC Cruzeiro/JC
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Cássio Fonseca
Cássio Fonseca
Após o que foi julgado como um processo indevido pelo presidente do Conselho Deliberativo (CD) do Cruzeiro de Cachoeirinha, Paulo Doering, o leilão da Arena do clube, marcado para esta quarta-feira (25), está suspenso. A segunda chamada, no dia 3 de julho, também caiu. A decisão da Justiça ocorre após a diretoria entrar com um recurso, na sexta, em agravo à instância superior. O prazo de resposta da outra parte é de 15 dias úteis, o que impede o pregão nas datas estabelecidas. A casa da equipe azul e branca está penhorada na 2ª Vara Cível do Foro Regional do 4º Distrito da Comarca de Porto Alegre.
Após o que foi julgado como um processo indevido pelo presidente do Conselho Deliberativo (CD) do Cruzeiro de Cachoeirinha, Paulo Doering, o leilão da Arena do clube, marcado para esta quarta-feira (25), está suspenso. A segunda chamada, no dia 3 de julho, também caiu. A decisão da Justiça ocorre após a diretoria entrar com um recurso, na sexta, em agravo à instância superior. O prazo de resposta da outra parte é de 15 dias úteis, o que impede o pregão nas datas estabelecidas. A casa da equipe azul e branca está penhorada na 2ª Vara Cível do Foro Regional do 4º Distrito da Comarca de Porto Alegre.
A arrematação, no valor de R$ 15,8 milhões, se daria por conta de ações movidas por ex-atletas e pela Fazenda Nacional, que resulta em 11 penhoras e outras 15 indisponibilidades de bens em nome do Estádio Dirceu de Castro. No entanto, Doering afirma que esta é uma situação relacionada aos dois terrenos sem relação alguma com o palco das partidas da equipe, que hoje disputa a 3ª divisão do Campeonato Gaúcho.
Quanto ao leilão, o presidente do Conselho conta que ficou sabendo pela internet. Isso porque o antigo advogado do Cruzeirinho renunciou todas as ações que tinha com o clube e, a partir daí, foi “dada uma intimação pessoal para o clube constituir um novo procurador no processo e continuar se defendendo”. A intimação, no entanto, foi entregue ao motorista da equipe, e não à secretaria onde se encontra o presidente, o que “dificultou uma série de processos da defesa”.
Doering também alerta que o CNPJ vinculado à ação é do Cruzeiro de Dom Pedrito, e não do Cruzeirinho. “Isso dificulta a tarefa dos advogados e do próprio clube de localizar como está seu processo, porque se você fizer a procura por CNPJ não acha essa ação”. Ele ainda classifica a amostra de imóveis como “mal-feita”, já que equipara a Arena a depósitos e pavilhões, o que reduz o valor de mercado do espaço.
O próximo passo para o clube é aguardar a resposta da outra parte. Depois, será marcada uma data de julgamento para que as razões sejam expostas e analisada a procedência do caso.
Sobre a origem do processo, Doering explica que este é um processo sobre corretagem, no qual o clube teria participado das negociações em que um corretor — e credor desta ação — teria oferecido a área do Cruzeiro para diversas empresas. Ele ainda destaca que há uma “declaração da empresa que comprou o terreno de que a intermediação nada teve a ver com aquela pessoa”. Ainda assim, um terceiro envolvido busca um crédito devido pelo credor da primeira ação em um processo sem relação prévia. E através do crédito que seria liberado pelo clube, teria acesso ao dinheiro.

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