A Fifa (Federação Internacional de Futebol) notificou a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para confirmar a atuação de Diego Fernandes como intermediário na contratação do técnico Carlo Ancelotti. A entidade máxima do esporte investiga uma possível violação de seu regulamento para agentes de futebol, uma vez que o empresário não possui registro na federação internacional.
Fernandes foi contratado durante a gestão de Ednaldo Rodrigues na CBF, que chegou a anunciar o acerto com o treinador italiano, mas foi afastado da presidência antes de sua chegada. Em seu lugar, Samir Xaud assumiu o comando da entidade.
No contrato assinado com o ex-técnico do Real Madrid está previsto o pagamento de 1,2 milhões de euros (R$ 7,7 milhões) ao empresário por seu papel na negociação. Por essa razão, o ofício enviado pela Fifa à CBF pede esclarecimentos sobre a relação de Diego Fernandes com o contrato firmado, cópias de qualquer comunicação entre a entidade e o empresário sobre o tema e de pagamentos efetuados em nome do profissional e qualquer acordo celebrado entre as partes.
Apesar dos questionamentos, o contrato de Carlo Ancelotti não corre risco de ser invalidado. Sua estreia está marcada para o próximo dia 5, no jogo contra o Equador, pelas Eliminatórias, fora de casa. Depois, a seleção brasileira enfrenta o Paraguai, no dia 10, na Neo Química Arena, em Itaquera. Em nota, a CBF afirmou que não pode revelar publicamente detalhes do acordo, mas confirmou que está analisando a situação.
"Os termos que envolveram a negociação para a contratação de Carlo Ancelotti e sua comissão técnica possuem cláusulas de confidencialidade e foram elaborados pela antiga gestão da entidade. A atual gestão está avaliando a situação internamente, trabalho liderado por sua área de governança", afirmou a confederação em seu comunicado.
A assessoria de Fernandes informou que o contrato firmado por ele com a CBF "respeita rigorosamente todas as normativas da CBF e da Fifa, com previsão específica acerca da necessidade de cumprimento das exigências das mencionadas instituições, de modo que eventuais questionamentos são infundados e serão prontamente esclarecidos".
"Cumpre ressaltar que Diego Fernandes é consultor, conforme previsto no contrato, e que só poderá receber qualquer montante referente à intermediação após sua inscrição como agente intermediário de futebol junto à CBF", acrescenta a nota. Procurada, a Fifa não comentou sobre o assunto.
Agências