O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, mantém a aposta em Carlo Ancelotti para comandar a seleção brasileira, mesmo sob pressão de aliados que pedem uma solução imediata. O dirigente prefere esperar o fim da passagem do técnico pelo Real Madrid, ainda que isso acirre a crise política na entidade.
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Nesse sentido, a derrota do Real Madrid para o Barcelona, por 4 a 3, neste domingo (11), pode ter sido decisiva para o futuro do treinador. Isso porque faltando três rodadas para o fim do Campeonato Espanhol, o time madrilenho precisa tirar sete pontos de diferença.
Na Espanha, aliás, já se dá como certa a saída de Ancelotti, com Xabi Alonso cotado como substituto. E por isso a expectativa da CBF é que seja batido o martelo nesta semana. A pré-lista de convocados para os jogos de junho das Eliminatórias deve ser enviada à Fifa no domingo, e a convocação final ocorre logo após o fim da temporada europeia, no dia 25.
Enquanto isso, Ednaldo esfria conversas com Jorge Jesus, livre no mercado após saída do Al-Hilal. Parte da cúpula da CBF defende o nome do português, mas o presidente prefere esperar Ancelotti.
A indefinição sobre o novo técnico se soma a outros problemas enfrentados por Ednaldo. A principal ameaça vem da Justiça: há dúvidas sobre a validade da assinatura de Coronel Nunes no acordo que pacificou a disputa jurídica sobre a eleição do presidente da CBF, em 2022. Nunes, que enfrenta um câncer no cérebro e tem laudo médico atestando déficit cognitivo, deve se apresentar amanhã à Justiça do Rio para comprovar que tinha condições mentais para assinar o documento.
Ednaldo ainda convocou uma reunião com as federações para terça-feira (13) e participará do Congresso da Fifa no Paraguai. Mas a expectativa maior continua sendo o anúncio de quem comandará a seleção — mesmo que o próprio futuro do dirigente siga em aberto.
Agências