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Publicada em 09 de Maio de 2025 às 09:25

Por que uma assinatura gera tanta discórdia na CBF e alimenta oposição

Presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, polariza a política da entidade

Presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, polariza a política da entidade

CBF/DIVULGAÇÃO/JC
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Agências
Traços a caneta viraram um motivo de discórdia para tumultuar os bastidores da CBF. Afinal, o Coronel Nunes assinou mesmo o acordo que encerrou uma disputa jurídica sobre a eleição de Ednaldo Rodrigues? Quem vai tirar essa dúvida, por determinação do ministro Gilmar Mendes, do STF, é o Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ). Foi lá que a celeuma jurídica começou. É lá o próximo palco da discussão. Os opositores do atual presidente da entidade estão em polvorosa.
Traços a caneta viraram um motivo de discórdia para tumultuar os bastidores da CBF. Afinal, o Coronel Nunes assinou mesmo o acordo que encerrou uma disputa jurídica sobre a eleição de Ednaldo Rodrigues? Quem vai tirar essa dúvida, por determinação do ministro Gilmar Mendes, do STF, é o Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ). Foi lá que a celeuma jurídica começou. É lá o próximo palco da discussão. Os opositores do atual presidente da entidade estão em polvorosa.
O documento em questão tem a data de 24 de janeiro de 2025. Por ordem alfabética, a primeira assinatura é a que rendeu polêmica: Antônio Carlos Nunes de Lima. Além dele, Castellar Neto, Fernando Sarney, Gustavo Feijó, Adriano Aro (presidente da Federação Mineira) e o próprio Ednaldo Rodrigues (em nome da CBF) assinaram.
PARA QUE SERVE O DOCUMENTO
O documento é importante porque as partes reconhecem a validade da eleição de 2022, no processo que gerou o afastamento de Ednaldo em dezembro de 2023. O acordo, então, traria uma suposta calmaria ao ambiente político da CBF. Só que isso não durou cinco meses.
Quais os elementos trazidos para gerar dúvida de que Nunes, um octogenário ex-presidente da CBF, foi mesmo um dos signatários? Para começar, o estado de saúde dele. O Coronel passou por uma cirurgia séria durante tratamento de câncer no cérebro.
Em 19 de junho de 2023, Jorge Pagura, médico que fez o procedimento e cuida do Coronel, fez um relatório no qual reportou "déficit cognitivo" no dirigente. Pagura ainda trabalha na CBF, como presidente da comissão médica. O laudo passou a circular porque foi inserido em um processo na Justiça do Pará, no qual Nunes tentava interromper descontos de pensão da aposentadoria que recebe.
O relatório foi o primeiro elemento trazido na discussão atual sobre a assinatura do Coronel. Na petição de Fernando Sarney, um dos vices da CBF que pediu afastamento de Ednaldo da CBF, mais um documento da mesma época: uma procuração assinada pelo Coronel dando poderes a outra pessoa para gerir sua conta bancária. A escrevente do cartório até foi ao encontro do Coronel porque ele estava "impossibilitado de comparecer" ao órgão. A procuração tem tanto a assinatura por extenso quanto a rubrica do Coronel.

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