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Publicada em 21 de Julho de 2024 às 11:11

Pesquisa aponta que 74% dos esportistas no Brasil não contaram com incentivos na infância

Apenas 10% dos praticantes de esportes na infância se tornam profissionais

Apenas 10% dos praticantes de esportes na infância se tornam profissionais

Alex Rocha/PMPA/Divulgação/JC
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Agências
A pesquisa “Esportes para todos? O impacto do dinheiro na formação de atletas no Brasil”, realizada pela Serasa em parceria com o instituto Opinion Box, concluiu que a falta de incentivos financeiros foi uma realidade para 74% dos brasileiros que praticaram esportes na infância. Além disso, o levantamento mostrou que 42% dos brasileiros tinham o sonho de ser um atleta profissional, porém, apenas 10% deles chegam a concretizá-lo. Mesmo assim, após iniciar a sua carreira, só 20% conseguem de fato se manter nesta profissão.
A pesquisa “Esportes para todos? O impacto do dinheiro na formação de atletas no Brasil”, realizada pela Serasa em parceria com o instituto Opinion Box, concluiu que a falta de incentivos financeiros foi uma realidade para 74% dos brasileiros que praticaram esportes na infância. Além disso, o levantamento mostrou que 42% dos brasileiros tinham o sonho de ser um atleta profissional, porém, apenas 10% deles chegam a concretizá-lo. Mesmo assim, após iniciar a sua carreira, só 20% conseguem de fato se manter nesta profissão.
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Dos mais de 2 mil entrevistados, 56% dos homens e 30% das mulheres já sonharam em seguir a jornada de um atleta profissional. “Ao analisar o perfil de quem desejava seguir com o esporte, é possível enxergar as dificuldades enfrentadas relacionadas a desigualdade de gênero”, aponta Patrícia Camillo, gerente da Serasa. “Com menos incentivo às mulheres nesse segmento, o percentual acaba sendo menor. Felizmente, nos últimos anos, temos visto ainda mais exemplos entre atletas femininas que podem inspirar novas esportistas”.

Dentre as camadas sociais, 46% das classes D e E almejaram a carreira esportiva profissional – maior percentual em relação às classes AB e C. “O esporte, muitas vezes, é associado a um sonho e a transformação da vida financeira entre pessoas em situação mais vulnerável financeiramente. Pode ser uma fonte de garantir novas oportunidades não só para quem pratica, mas para toda a sua família”, explica Patrícia.

Na Região Sul, 72,3% dos entrevistados disseram que tinham interesse por esportes e que praticaram durante a infância e/ou adolescência especialmente futebol (41,2%) e vôlei (39,1%) com o objetivo de melhorar a saúde e o bem-estar e também aumentar a convivência com outras crianças e adolescentes por incentivo dos pais e da escola.
As roupas (40,3%) e os materiais esportivos (35%) estão entre as principais despesas para a prática esportiva representando gastos mensais de até R$ 100 para 36% dos entrevistados e até R$ 200 para 29,9%, sendo que esses gastos representavam até 5% da renda familiar para 49,4% das pessoas e entre 6 e 10% para outros 23,8%.
Ao serem questionados, 73,3% dos entrevistados disseram que não recebiam nenhum tipo de incentivo financeiro ou bolsa. Diante dessa situação, 88,1% informaram que não se tornaram atleta profissional na modalidade que praticavam. Para 48,3% o esporte nunca foi fonte de renda, enquanto para outros 27,6% foi apenas uma renda complementar. Precisar focar nos estudos foi o principal motivo apontado por 45,8% dos entrevistados por não seguir como atleta profissional. Precisar trabalhar foi o argumento de outros 37,5% dos entrevistados e 29,2% alegaram a falta de dinheiro.
47,9% dos entrevistados entendem que seria muito difícil conseguir treinar em alto nível e, ao mesmo tempo, ter dinheiro para sustentar uma carreira no esporte sem outro trabalho. Mesmo assim, 57,2% acreditam na possibilidade de seus filhos se tornarem atletas profissionais. E acreditam que a família (61,9%) é o principal pilar para incentivar atletas.
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Os principais obstáculos

Entre os brasileiros que se tornaram atletas profissionais, o foco nos estudos aparece como o principal desafio para o deslanche na carreira para 42% dos entrevistados, seguido por questões financeiras, como ter que trabalhar (39%), falta de incentivos financeiros (32%) e falta de dinheiro (27%). Para 4 em cada 5, os gastos consumiam até 10% da renda familiar mensal, que também deveriam suprir as demandas de outras contas essenciais do dia a dia.

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