Na tarde desta terça-feira (13), a Justiça de São Paulo, através da juíza Adriana Cardoso dos Reis, determinou a penhora da Arena do Grêmio, devido à cobrança de três bancos por uma dívida decorrente do investimento para parte da construção do estádio. Banco do Brasil, Banrisul e Santander estão cobrando, no tribunal, o valor de R$ 226,39 milhões, após as tentativas de cobrança e negociação diretamente com os proprietários, neste caso, a Arena Porto Alegrense, não avançarem.
Não é a primeira vez que essa ação entra em curso na Justiça, em junho de 2022, com decisão da mesma juíza, foi determinado que os proprietários pagassem os valores devidos, o que aconteceu em partes, já que houve o pagamento de uma parcela dos R$ 210 milhões financiados para a OAS, que atualmente se chama Metha, construtora do estádio. O valor quitado é de R$ 66 milhões. Os R$ 16,39 milhões a mais cobrados no valor total são decorrentes de multas e atrasos.
Ademais, há outro processo no Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde a prefeitura de Porto Alegre e o Ministério Público do Estado estão tentando alterar a ordem de pagamento da recuperação judicial da OAS, para que as obras do entorno da Arena não fiquem em último lugar na fila de pagamento.
O leilão ainda não tem data marcada, e o processo cabe recurso. Qualquer pessoa ou empresa que se mostrar interessada em adquirir o espaço, poderá entrar na disputa, incluindo o próprio Grêmio, acarretando em uma briga para ver quem dá o maior lance.
Caso o Tricolor não vença a disputa, o contrato vigente, que garante o direito de uso do estádio até dezembro de 2032, deverá, obrigatoriamente, ser honrado. Se desejar continuar utilizando o espaço a partir de 2033, ele precisará negociar com os novos donos, e ainda assim, a gestão não será sua.
Além disso, fora dos tribunais, Grêmio e as empresas Karagounis e OAS 26 estão negociando a troca de chaves envolvendo o estádio Olímpico e a Arena. Vereadores de Porto Alegre deverão tratar sobre a possível desapropriação do antigo estádio gremista, caso as obras não comecem logo. Se o clube não entregar as chaves do Olímpico dentro do tempo previsto (2032), e caso o leilão não ocorra, a Arena Porto Alegrense perde os direitos de gestão da Arena, que passam para a Karagounis e OAS 26.


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