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Publicada em 18 de Setembro de 2025 às 19:43

Estúdio Dreher: 30 anos transformando o rock autoral gaúcho em realidade

Estúdio de gravação conduzido por Thomas (esq) e Carlos Dreher completa 30 anos de atividade sendo celebrado por bandas e artistas de todo o Brasil como um reduto para a produção de arte fonográfica independente

Estúdio de gravação conduzido por Thomas (esq) e Carlos Dreher completa 30 anos de atividade sendo celebrado por bandas e artistas de todo o Brasil como um reduto para a produção de arte fonográfica independente

EVANDRO OLIVEIRA/JC
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Cristiano Bastos
Nas páginas do livro Gauleses Irredutíveis, o músico (e um dos fundadores da Graforréia Xilarmônica) Frank Jorge é certeiro ao desferir sua fala quanto ao contexto então reinante na capital gaúcha antes ao advento do estúdio de gravação que, desde meados da década de 1990, tem condução dos irmãos técnicos-produtores Thomas e Gustavo Dreher. Considerou Frank: "Pegamos uma época em que se tu dizia num estúdio 'Faz assim', o produtor já vinha com um: 'Desse jeito eu não faço'. Somente a partir da entrada em cena do Estúdio Dreher, arremata, que tal situação de fato começou a mudar na cidade". O depoimento de Frank Jorge tece uma crítica à atitude professoral e de certa forma castradora (sendo o maiores afetados particularmente artistas os quais ambicionavam experimentar nos estúdios suas potencialidades sonoras) por parte daqueles que anteriormente davam as cartas "apertando os botões" nos domínios da produção fonográfica porto-alegrense.
Nas páginas do livro Gauleses Irredutíveis, o músico (e um dos fundadores da Graforréia Xilarmônica) Frank Jorge é certeiro ao desferir sua fala quanto ao contexto então reinante na capital gaúcha antes ao advento do estúdio de gravação que, desde meados da década de 1990, tem condução dos irmãos técnicos-produtores Thomas e Gustavo Dreher. Considerou Frank: "Pegamos uma época em que se tu dizia num estúdio 'Faz assim', o produtor já vinha com um: 'Desse jeito eu não faço'. Somente a partir da entrada em cena do Estúdio Dreher, arremata, que tal situação de fato começou a mudar na cidade". O depoimento de Frank Jorge tece uma crítica à atitude professoral e de certa forma castradora (sendo o maiores afetados particularmente artistas os quais ambicionavam experimentar nos estúdios suas potencialidades sonoras) por parte daqueles que anteriormente davam as cartas "apertando os botões" nos domínios da produção fonográfica porto-alegrense.
Thomas Dreher endossa plenamente a assertiva de Frank. Na avaliação do renomado produtor, a geração de técnicos de gravação anterior (oriunda dos anos 1970 e que, naqueles dias, ainda mantinha-se presente) trazia consigo em sua expertise alguns vícios que acabavam por obliterar a inventividade dos músicos. "A música, pelo que parece, estava a serviço das técnicas de gravação. Mas na realidade o Gustavo e eu nos demos conta de que é ao contrário disso. Na verdade, as técnicas de gravação é que devem estar a serviço da música", conclui. Embora os dois irmãos sejam os preceptores dessa nova conjuntura, Gustavo, a partir de 1999, passou a atuar principalmente entre Rio de Janeiro e Brasília (continuando uma carreira como músico, técnico de som e produtor) e, ainda que permaneça colaborando ocasionalmente em eventuais produções, atualmente o estúdio está sob a coordenação de Thomas.
Criado pelo dedicado pai Carlos Dreher (pastor de confissão luterana com larga experiência no ramo da radiofonia como diretor da Fundação ISAEC de Comunicação), a primeira peça fonográfica que materializou-se no estúdio foi Vol.1, álbum que em 1997 marca o debute dos chapecoenses da Banda Repolho. Dali em diante, os Dreher rapidamente colheram fama devido à exímia qualidade dos serviços prestados. E notadamente também em virtude da "sintonia" que o estúdio passou a estabelecer inaugurando no cenário local uma forma de relacionamento inovadora e criativa entre autores e técnicos. Nessas três décadas por lá passaram bandas e artistas de distintas orientações estéticas como Júpiter Maçã, Ultramen, Plato Divorak, Cachorro Grande e Video Hits.
Sintonia, aliás, é uma palavra-chave para se definir a mágica obtida no Estúdio Dreher. Predicado este que é ratificado por Stefano Fell, guitarrista da banda Loomer, a qual realizou a gravação do álbum Hidden Everywhere (com lançamento previsto para este ano) sob a batuta de Thomas. "Nas sessões de Hidden Everywhere o Thomas contribui trazendo ao processo sua grande bagagem de experiências anteriores. O resultado foi enriquecedor. Ele interage como se fosse um quinto elemento da formação", enaltece Fell.
Para Thomas nada disso teria sido possível sem a decisiva influência exercida por Carlos Dreher - o grande entusiasta e patrocinador do Estúdio Dreher. O pai propiciou aos irmãos desde a infância educação musical também introduzindo-os decididamente nos meandros da produção nos meios de comunicação. Thomas destaca na figura paterna principalmente seu ponto de vista "religioso" na maneira de lidar com as coisas, sempre dedicado, solícito e bondoso. "Nosso pai acompanhou e apoiou nossa jornada na arte de fazer tratamento de áudio e gravar discos. Do Carlos Dreher herdamos seu espírito, entusiasmo e diligência", engrandece.
 

Dentro da sala, um sentimento de família

Carlos (esq) e Thomas Dreher, na sala onde foram gravados vários clássicos do rock gaúcho das últimas décadas

Carlos (esq) e Thomas Dreher, na sala onde foram gravados vários clássicos do rock gaúcho das últimas décadas

EVANDRO OLIVEIRA/JC
Eduardo Norman (Space Rave)
"Em 2003, a Space Rave produziu o DVD Juventude Enlouquecida e, naquela noite de inverno, gravaríamos Lunática Anarquista, com o Gus Jahn captando imagens para o clipe. Cheguei da Livraria Kafka, onde trabalhava, e encontrei a Mari Kircher (com quem eu era casado e também integrava a Space) chorando no banheiro com nosso filho, Kim. Seu pai havia sido morto naquela manhã e ela recém tinha recebido a informação. Ainda em choque, encontramos forças para ir até a casa dos Dreher na Bom Jesus.
Foi aí que experimentamos a aura mais sensível que o estúdio proporciona. O Thomas foi além da gentileza e dedicação peculiares e, ciente da situação, criou uma egrégora, nos deixando confortáveis para lidar com o tsunami de sentimentos e derramar na música. No segundo take já tínhamos a estrutura inicial de guitarra, bateria e baixo, seguidos por dobras de guitarras e camadas de teclados para culminar em vocais vindos da alma, entrando pelos fones e arrepiando cada um ao redor.
Foi como se sentir em família: eu, a Mari, o Murilo Biff, a Biba Graeff, o Guilherme Figueiredo, a formação da Space na época, o Thomas... E o Gus Jahn registrando com a delicadeza dos cinegrafistas invisíveis.
Difícil de expressar em palavras. Acredito que assistindo ao clipe dê para perceber a importância de um estúdio ir além do equipamento, arquitetura, know-how. Uma integração cósmica que só se encontra onde existe história."
 

Grenal chapecoense

Banda Repolho gravou três álbuns no Estúdio Dreher

Banda Repolho gravou três álbuns no Estúdio Dreher

ACERVO PESSOAL ROBERTO PANAROTTO/REPRODUÇÃO/JC
Roberto Panarotto (Repolho)
"Conhecemos o Estúdio Dreher por intermédio do Marcelo Birck, o qual havia feito a produção, em 1995, da terceira demo-tape da banda, intitulada Repolho - Campo e Lavôra, no Estúdio Alfa. O Marcelo nos propôs parceria para gravar o primeiro disco da Repolho através do selo Grenal Records, que ele criou para lançar o disco da Aristhóteles de Ananias Jr. O álbum Vol. 1 seria o segundo lançamento realizado pelo selo.
Apesar da estrutura simples do Estúdio Dreher — uma sala, gravador de 8 canais e sem efeitos — optamos por gravar lá, explorando a criatividade e as possibilidades sonoras típicas oferecidas pelos irmãos Dreher. Comparado ao Alfa, com suas várias salas e uma mesa de 16 canais, o Dreher trazia a possibilidade de transformar limitação em benefício explorando timbres e atmosferas únicas.
Em dezembro de 1996 começamos a gravação do álbum Vol. 1, que durou ao todo 12 noites e 12 madrugadas. Decidimos fazer a gravação do disco no período da noite para não atrapalhar o expediente das outras salas comerciais, estendendo o estúdio pelos corredores e escadas e assim explorando ecos e texturas do ambiente. Lembro que, em uma das músicas, cantei no parapeito da janela do terceiro andar, usando o silêncio da madrugada como efeito natural. O resultado permanece uma curiosidade na história do Estúdio Dreher.
O disco ganhou lançamento em 1997 e contou com participações de diversos músicos convidados. Muitos naquela ocasião acreditavam estar gravando uma demo, mas, na realidade, tratava-se do primeiro álbum oficial da banda, consolidando a Repolho e, de quebra, marcando a história do Estúdio Dreher. Repetimos a experiência com os discos Repolho Vol.2 e Vol.3, nos anos seguintes, mas essas já são outras histórias."
 

Cowboys do estúdio

Carlos e Thomas Dreher, em meio a alguns dos vários álbuns gravados durante as décadas de produção no local

Carlos e Thomas Dreher, em meio a alguns dos vários álbuns gravados durante as décadas de produção no local

EVANDRO OLIVEIRA/JC
Julio Reny (Cowboys Espirituais)
"Eu só conhecia o Thomas Dreher por antes ter gravado em seu estúdio, ao lado do Frank Jorge, um jingle para uma livraria de Porto Alegre. O Frank já andava gravando com ele coisas que viriam a compor o disco Carteira Nacional de Apaixonado. Acertei o preço com o Thomas e, no dia das gravações, levei uma garrafa de uísque. As primeiras músicas que concluímos foram Como é grande o meu amor por você, do Roberto Carlos, numa toada country chorada, e Uma mulher, que, posteriormente, seria incluída tal e qual no primeiro disco dos Cowboys Espirituais (aprovada pelo Carlos Eduardo Miranda, então diretor artístico do selo Matraca da gravadora Trama).
Apesar de estarmos montando uma banda, cada um de nós, nessa época, tinha um projeto diferente de vida: o Petracco pensava em ir pros Estados Unidos tentar uma carreira lá, e o Frank queria dedicar-se ao estudo da computação, pela qual ele andava apaixonado. Já eu, por minha vez, andava deslumbrado com o sucesso do Cowboy do Deserto, o personagem que eu tinha na TV Bandeirantes.
O Thomas Dreher, diga-se de passagem, mixou muito bem. Um dos momentos em que pintou a sintonia entre o Thomas Dreher e o Marcio Petracco, em que os dois 'saíram da casa', deu-se na gravação da canção A irmã do Dr. Robert, cujos rearranjos da música foram criados pelo Marcio e o Frank. Primeiramente, o Petracco tirou o solo da música nota por nota numa guitarra Sheraton. No arranjo original do TNT, o produtor Reinaldo Barriga havia colocado um trompete piccolo emulando Beatles na fase All you need is love.
Mas o som ficou muito duro, e falei: "Tá muito seco. Esse solo tem que vir das nuvens, lá da estratosfera. O solo tem que soar voador, ventoso", eu sugeri. Daí o Marcio: "Que diabos tu tá falando, Julio?". O Thomas interferiu: "Eu acho que sei o que o Julio está dizendo..." E começou a emendar, fio sob fio, metros de cabos até conseguir costurar uma enorme gambiarra que permitia ligar o amplificador, a todo volume. Ligada na mesa, o Marcio ouvia suas guitarras, que ecoavam andares acima, pelos fones de ouvido. Obra do Thomas Dreher, o efeito daquilo foi genial, porque, realmente, parece que o solo vem de outra dimensão. Das nuvens, eu diria. E ficou perfeito. O Marcio Petracco até hoje orgulha-se muito daquele solo de guitarra."
 

Timbres não mentem jamais

Marcelo Birck
(Aristhóteles de Ananias Jr.)
"Encontrei o Thomas Dreher pela primeira vez quando ele atuou como operador de som do álbum Coisa de Louco II da Graforréia Xilarmônica. Em seguida, conheci o Estúdio Dreher, quando ainda era na Iguaçu, para a masterização do disco da Aristhóteles de Ananias Jr. Até então, a gravação havia sido uma encrenca só. A resistência dos estúdios ao que estávamos propondo foi uma constante, o que levou a um resultado que não nos agradou.
Mas tudo mudou quando chegamos aos Dreher. O Thomas trabalhou na master, tornando-se mega parceiro nas investigações que nós concebíamos para dar uma cara mais de acordo com o que pretendíamos desde o início. Após o fim da banda, ele me propôs de fazermos algumas gravações. A princípio, foram testes, muitos deles trechos curtos de músicas ainda não finalizadas. Com várias edições e acréscimos, entre 1999 e 2000, estes registros se tornaram meu primeiro disco solo.
Várias outras situações surgiram na sequência, o que inclui o disco dos Atonais, banda da qual o Thomas foi o baterista. O álbum Em Sintonia Modulada foi gravado na maior parte ao vivo, em paralelo ao meu disco solo. Além disso, também rolaram as co-produções que fiz com Júpiter Maçã para o disco Plastic Soda. As histórias são inúmeras (os timbres, por sua vez, não mentem jamais) desde que comecei a trabalhar com os irmãos Dreher."
 

Voando para Porto Alegre

Banda Rios Voadores durante gravações no Estúdio Dreher

Banda Rios Voadores durante gravações no Estúdio Dreher

ACERVO PESSOAL TARSO JONES/REPRODUÇÃO/JC
Tarso Jones (Rios Voadores)
"Vou tentar resumir como uma banda resolveu fazer as malas, sair de Brasília e gravar seu debute nos estúdios Dreher, em Porto Alegre, durante a copa do mundo de 2014. É uma bela história! A Rios Voadores naqueles dias estava em orgânica (sim, ainda era possível) ascensão. A banda tinha acabado de vencer (por escolha da crítica e do público) o festival Chilli Beans e, como prêmio, ganhou alguns pares de óculos da marca e um excelente horário no festival brasiliense Porão do Rock 2013, à meia noite, abrindo para o Lobão. A trupe estava tocando e compondo novas canções, mas ainda precisava gravá-las num estúdio profissional. O que acontece é que boa parte do know-how musical essencial da Rios Voadores veio da pesquisa sonora propriamente dita: dos blogs, dos sebos, até locadoras de CD e tudo mais.
Lembrando que ainda estávamos na era pré-streaming e quem curtia música de fato tinha que ir atrás, no boca a boca ou garimpando na internet, que era recheada de blogs, links e páginas dedicadas à disseminação de pepitas sonoras de todos os tipos. A gente tinha bastante referência musical e artística para se espelhar.
O fato é que estávamos vivendo uma fase bastante psicodélica e tínhamos essa identificação especial com a sonoridade única que emanava da obra do músico gaúcho Flávio Basso, mais conhecido pela alcunha de Júpiter Maçã. A gente acompanhava o trabalho do 'man' há quase uma década e sabíamos que seu produtor musical mais fecundo era o lendário Thomas Dreher com seu estúdio em Porto Alegre. O que a gente veio a descobrir nessa época, por obra do destino, é que o Thomas tinha um irmão, o Gustavo Dreher, e esse irmão, por obra da sincronicidade misteriosa, também estava morando em Brasília.
Demos um jeito de conseguir o contato do cara e marcamos uma reunião no tradicional bar Beirute, da asa norte. Dessa reunião nasceu o plano da gente preparar as músicas numa pré-produção aqui no quadradinho e então partir para POA assim que possível para fazer de fato a gravação das músicas. A gente já estava na casa dos 30 anos, lembro da euforia e empolgação que sentíamos naquela época, íamos simplesmente gravar nosso primeiro álbum no estúdio dos caras mais geniais que era possível pra nossa geração! Para nós era como a realização de um sonho.
Fizemos a pré-produção durante 4 meses em Brasília com o Gustavo, juntamos os instrumentos e uns casacos mais robustos na mala e fomos curtir o inverno porto alegrense dentro dos estúdios Dreher. Digo isso literalmente, porque nos instalamos lá e ficamos numa intensa imersão de gravação durante 12 noites no início de julho daquele ano e durante a copa do mundo no Brasil de 2014. Gravamos ao vivo no estúdio, com a supervisão dos irmãos Dreher (Thomas e Gustavo juntos, uma raridade). Realmente foram dias mágicos. Existia aquela aura da pura criação no ar e nós gravamos as 11 faixas do álbum homônimo Rios Voadores (lançado em 2016, pela Tratore) nesse embalo. Numa noite, ali naquele processo, estávamos a testar experimentações e sons peculiares, então o Thomas sugeriu que fôssemos na rua encontrar objetos ou qualquer coisa que achássemos interessante e aparecesse no caminho. Lembro que voltamos com um balde cheio de quinquilharias, galhos e folhas. Depois fizemos takes com botas de solado de madeira pisando naquelas folhas secas. O resultado está presente na canção Música do Cais, onde dá pra sentir esse contraste psicodélico da música aquática misturada com essas folhas sendo pisadas. Delícia!
Em outro momento, já mais pro final da empreitada, fizemos uma festa no estúdio, rolou uma celebração, chegou um pessoal. Eis que o Thomas, sem avisar nada pra ninguém, deixou um microfone gravando a farra inteira. Depois os trechos mais animados foram utilizados como parte mixada na canção Freak Lady, para simular essa noitada em curso, cheia de conversas, copos batendo e risadas que aconteceram de verdade! Dá pra ouvir o nosso astral elevado daquele momento, eternizado nessa faixa. Foi incrível. Saímos de lá ainda mais fãs dos caras, sacamos a importância da liberdade criativa no estúdio, dessa imersão mística em conjunto e entendemos como uma canção pode nascer com alma, cores e formas esculpidas para sempre. Viva!"
 

Discografia básica do Estúdio Dreher

Apenas alguns dos vários clássicos do rock gaúcho e brasileiro gravados no Estúdio Dreher

Apenas alguns dos vários clássicos do rock gaúcho e brasileiro gravados no Estúdio Dreher

EVANDRO OLIVEIRA/JC
1996: Aristhóteles de Ananias Jr
1997: Graforréia Xilarmônica - Chapinhas de Ouro
1998: Cowboys Espirituais
1999: Júpiter Maçã - Plastic Soda
2000: Os Atonais - Em Amplitude Modulada
2001: Cachorro Grande
2003: Pata de Elefante - Pata de Elefante
2006: Graforréia Xilarmônica - Ao Vivo
2008: Júpiter Maçã - Uma tarde na fruteira
2009: Os the Darma Lóvers - SimplesMente
2010: Julio Reny - Bola 8
2011: Yanto Laitano - Horizontes e Precipícios
2013: Cristiano Varisco - Aline
2014: Cristiano Varisco - Trilhas Sonoras para Filmes Imaginários
2015: Wander Wildner - Existe alguém aí?
2018: Irmãos Panarotto - Paranhos, bricolagens e outras…
2021: Loomer - DenialB/W Dead
2022: Naddo entre Gigantes - Melomania
2024: Flu & Carlinhos Carneiro - Flulinhoneiro
2025: Império da Lã & Irmãos Panarotto - Estátua para Júpiter Maçã
 

* Cristiano Bastos é jornalista e autor de Julio Reny – Histórias de amor e morte (Prêmio Açorianos de Melhor Livro em 2015), Júpiter Maçã: A efervescente vida e obra, Nelson Gonçalves: O rei da boemia, Nova carne para moer e Gauleses irredutíveis – Causos & Atitudes do Rock Gaúcho. Também publicou, em 2023, a obra de jornalismo e artes gráficas 100 grandes álbuns do rock gaúcho: influências e vertentes (Nova Carne Livros).

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