A arte gaúcha vista pelos olhos do marchand Renato Rosa

Profundo conhecedor das artes e figura marcante no cenário cultural gaúcho, Renato Rosa fala sobre o que viveu e o que está por vir

Por Márcio Pinheiro

"Ser marchand, estar marchand, é o que me define", diz Renato Rosa - um marchand, daqueles indiscutíveis
São imensas as chances de Renato Rosa me ligar para fazer alguma observação sobre esta reportagem. É do seu feitio. Me lembro bem de ele, recentemente, ter feito o mesmo com relação aos textos sobre Claudinho Pereira, Juarez Fonseca e Tatata Pimentel, publicados neste caderno. Em todos os casos havia elogios e críticas - e até alguns elogios que pareciam críticas e vice-versa. Por que, então, não faria sobre um texto em que o centro é ele mesmo? Nada mais natural.
Acredito que alguns fatores movam Renato Rosa. O primeiro é o conhecimento. Renato conhece muito Porto Alegre e seus personagens. Como tem boa memória, gosta de recordar pessoas, lugares, músicas, peças, shows e acontecimentos variados. E, assim, quase sempre tem algo a acrescentar. Outro fator, este ainda mais específico e pessoal, é o fato de ele saber se preservar e se valorizar. Discreto, Renato sabe o que deve revelar e o que deve calar - e cada vez mais ele parece mais enigmático, guardando para si tantas histórias que testemunhou. Por fim, há o fato de ele me conhecer desde muito cedo - Renato era próximo de minha mãe - o que dá a ele uma certa liberdade para fazer todos os comentários possíveis.
Aos 76 anos, dividindo-se entre Porto Alegre e Rio de Janeiro, Renato segue ativo, em especial no seu envolvimento com as artes. Filho de pai e mãe aquarianos, logo, Renato, também aquariano, integra "um grupo de gente antenada, de acordo com os astros", segundo sua definição.
Ele também é muito presente nas redes sociais: são frequentes seus comentários no Facebook falando sobre pessoas, viagens, artistas com quem conviveu, memórias da sua longa trajetória e até descobertas prosaicas, como o fato de ter aprendido a fazer batata frita.
Durante a pandemia, Renato disse ter tido um súbito estalo e passou a desenhar e a pintar. "Coloquei em prática tudo o que vi e aprendi com aulas que recebi com diversos artistas, desde o Vasco até Fuhro, Magliani, Carlos Wladimirsky, Péricles Gomide e Danúbio Gonçalves..." E conclui: "Pronto, desencadeei o processo e realizei uma exposição individual de pinturas em 2021. Sempre desejei colocar em prática e sentir na minha própria pele aquela tensão pela qual os artistas passam. É bem divertido!"
Renato é também destemido. Quando fazia teatro, nos anos 1970, ele recebeu um convite de Nico Fagundes para fazer cinema. Tratava-se do filme O Negrinho do Pastoreio e ele seria o personagem principal. Um dia Nico, meio cabisbaixo, chega e me diz: "Tchê, Renato, os produtores, de olho na bilheteria, querem te substituir". "Mas quem fará o papel?", perguntou Renato. "Vou chamar o Grande Otelo". Renato teve uma reação triunfante. "Ora, Nico, é um orgulho perder o papel para o Grande Otelo. E eu vou poder contar esse episódio por toda a vida".

"O marchand e o artista vivem algo como um casamento"

JC - Você fez questão de ser apresentado como marchand. O que é um marchand?
Renato Rosa - Ser marchand, estar marchand, é o que me define - daí frisar a necessidade de caracterização. E sempre me definiu. Certa vez, quando precisei imprimir um cartaz para uma exposição do Iberê Camargo, me indicaram uma gráfica. Lá chegando, o proprietário me recebe de braços abertos e diz: "Me lembrei de ti quando abri a oficina, por isso coloquei esse nome: Gráfica Marchand!". Ser marchand remonta aos artistas impressionistas e a toda a primeira leva de artistas modernos. Destacam-se Theo van Gogh (irmão e apoiador de Vincent van Gogh) e Ambroise Vollard, que se dedicou a lançar Gauguin, Matisse, Picasso... e que chegou a encomendar gravuras para Gauguin e dizer que não gostara. É, verdade: um marchand pode até cometer desatinos.
Mas você já não quis ser marchand, preferindo ser agente?
Houve um período no qual a proliferação de marchands inflacionou. Eram muitos "talentos" no pedaço e isso me irritou, porque não via a menor qualificação neles. Tanto que não foram adiante. Aí eu passei a me autointitular agente de arte, para representar artistas e escritórios de arte do Rio.
Quais devem ser as virtudes de um marchand?
Creio que toda pessoa que se pretenda atuar com lisura deve trazer na formação honestidade de propósitos e caráter - o bom! Não é receita, mas está de bom tamanho para começar.
Como deve ser a relação do marchand com o artista?
Acima de tudo sinceridade, franqueza, sem escamoteações. Mas tudo é complexo, porque são duas "entidades" que tentam amoldar-se e, muitas vezes, o artista tem o sentimento errôneo de sentir-se agregado ao marchand, como se fosse um empregado. Não é, nunca foi, nunca será. É algo como um casamento, selado por interesses recíprocos, em que a fidelidade é uma moeda sem troca.
Você também se aventura em trabalhos próprios de artes e de fotos. Como surgiu?
O meu signo é a curiosidade. Na juventude, eu gostava de desenhar e lembro que, aos 12 anos, no ginásio, desenhei - hoje morro de rir ao lembrar! - uma japonesa com um quimono em seus mínimos detalhes. Um outro desenho foi uma caravela. Eram desenhos grandes feitos a partir de cópias. Me senti um gênio, mas era uma cafonice. Depois retomei esse ímpeto juvenil, já mais consciente. Me matriculei no Curso de Desenho do Atelier Livre e fui aluno do Vasco Prado. Eu tinha 18 anos e o Atelier funcionava nos altos do Mercado Público. Nesse período, eu carregava uma máquina fotográfica Agfa e queria ser fotógrafo. Quando consegui realizar uma exposição individual, em 1987, na CCMQ, exibi fotos em Polaroid e um grupo de oito imagens, feitas em 1963, registrando a ponta do Gasômetro. Mas aconteceu uma pequena tragédia: essas fotos foram extraviadas por um funcionário da casa na desmontagem e, como em tudo, nada lhe aconteceu. E em mim ficou esse vazio.
Como foi a tua infância?
Não poderia ter sido mais feliz. Uma beleza. Guri do interior, de São Gabriel, criado de pés descalços, banho em arroio, trocas de gibis nas matinés. Cresci numa família de mulheres fortes, "Siá" Tita, minha avó, eu chamava de "mãe". Ela me criou. Dedéia, minha tia-avó, era paraplégica. Costurava minhas roupas numa pequena Singer manual e fazia, só para mim, doces de figos. Camila, a bisavó, adorava dançar. Fui o primeiro neto e, como tal, mimado. Fruto do amor de uma mocinha bonita e um soldadinho, tive dois padrinhos extraordinários. Francisco Alves de Miranda, militar e primo da minha mãe, o padrinho Chiquinho casado com tia Pedrosina, a doceira da cidade. A madrinha era melhor amiga de minha mãe. Ela era Hedy Severgnini, depois famosíssima como Hedy Maia. Ela foi novelista na Rádio Nacional, sendo inclusive quem adaptou para a TV A Cabana do Pai Tomás.
E como veio a Porto Alegre?
Eu era essa criança que diziam ser inteligente e essa possível lenda familiar originou nossa vinda em busca de uma melhor educação na Capital. Eu tinha 10 anos.
Você também teve uma "mãe adotiva", certo?
No prédio que morávamos em Petrópolis vivia uma jovem senhora de Bagé, que de tanto me ver pelo prédio afeiçoou-se a mim. Aí ela pediu para que eu morasse com ela. E assim ficamos próximos. Com ela viajei para o Rio e São Paulo e nos hospedamos no recém-inaugurado Guanabara Palace Hotel.
E como foi a viagem?
Um assombro. Vi o famoso craque Ademir dirigindo um carro rabo de peixe conversível. Depois, voltei por São Paulo, só, por um Douglas DC3 noturno da Varig. Aí narrei isso tudo em uma redação no colégio. A professora amassou o papel na frente de toda a classe, dizendo: "Isso é mentira! Tu és muito fantasioso. Faz outra". Mas não menti uma linha e ela teve o dissabor de ser chamada à sala da diretora para ver a comprovação, com recibos e tíquetes de viagens.
 

"Nunca me ressenti e me orgulho de ser autodidata"

Como você se aproximou das artes plásticas?
Minha vivência com artes plásticas vem da infância, pelo contato familiar com os artistas Danúbio Gonçalves e Glauco Rodrigues. Porém, friso o ano de 1968 como o ponto inicial para trabalhar com artes plásticas, porque é nesse ano que o Henrique Fuhro me convida para visitar seu ateliê e iniciamos uma amizade duradoura, resultando daí o marchand. Eu fazia teatro e boa parte de minha juventude entre os anos de 1963 e 1972 é dedicado ao teatro.
Você não teve formação acadêmica. Sentiste falta?
Nunca me ressenti e me orgulho de ser autodidata. Isso me dá a liberdade de não me prender a segmentos, rótulos ou mesmo "grupinhos", "clubinhos" ou, como dizia o irônico e mordaz Fuhro: "panelismos".
Quais foram os grandes nomes com quem trabalhaste/conviveste? Volpi, Burle Marx, quem mais?
Sim, Volpi, Burle Marx e também Farnese de Andrade e Emanoel Araújo, figuras importantes da arte nacional. Convivi muito com atores amigos como Leonardo Villar, Walmor Chagas, Paulo Autran e o nosso iconoclasta Pereio.
O Rio Grande do Sul é um polo importante nas artes plásticas do Brasil?
Já foi o terceiro e hoje, possivelmente, seja o sexto. E olha que já tivemos, em 1989, uma associação de galerias, que eu inventei e que poderia ter se transformado em feira de arte. Hoje, a cidade dispõe de espaços que podem fazer frente a qualquer cidade no mundo, como o Instituto Ling e a Fundação Iberê Camargo, mais a importante Bienal do Mercosul.
A crítica ajuda ao marchand e ao artista?
Para o artista, sim, fundamental. Já o marchand não está atrelado à crítica. A crítica profissional brasileira migrou para as curadorias. Ou seja, a crítica jornalística, de certo modo, morreu.
Como foi trabalhar em colunismo social?
Eu e o Gasparotto somos amigos há mais de 50 anos. Já fui seu ghostwriter. Depois, a Célia Ribeiro e o Lauro Schirmer me chamaram para substituí-lo na ZH, quando ele foi para a Caldas Júnior. Atendi ao chamado, mas saí logo, porque uma dupla de amigos íntimos torcia e tramava contra, embora uma boa parte da redação e da administração me quisessem.
Como foi viver a noite em Porto Alegre?
Eu era tachado por uma antiga colega como um marchand boêmio. Ela disse a um amigo e cliente: "O Renato, o senhor sabe, é um marchand boêmio, não dá para confiar". Então aconteceu que esse senhor foi me visitar e disse-me o seguinte: "Pertenço a uma família de boêmios. Deixei de adquirir um trabalho em outra galeria porque a boemia foi tratada com desdém por uma de tuas colegas". Ele era Sócrates Lubianca, irmão do Paulo, autor do famoso samba-canção Alto da Bronze. Ora, então além de prazerosa, eu usava a noite para fazer meus contatos. Convivi com pessoas extraordinárias do porte de Gilda Marinho e Tatata Pimentel. Grandes alegrias. Claudinho Pereira é um irmão da vida.
Como surgiu a ideia do Dicionário de Artes Plásticas? Como foi a execução?
Foi um trabalho insano, mas contamos com preciosas colaborações. Não suportávamos mais ouvir as mesmas perguntas e darmos as mesmas respostas sobre quem era quem e o que fazia.
E como foi trabalhar com o Décio Presser?
Aprendemos muito um com o outro em nossas trocas de ideias. Foi um excelente colega, aquariano como eu. Só poderia dar certo.
Como foram os elogios - e as eventuais reclamações?
O primeiro passo foi a paranoia que muitos estabeleceram: "Será que estarei no livro?", "Ele vai me colocar?". Eu era o alvo, claro. O Décio é de boa paz, eu sou mais polêmico. Superamos essas inseguranças desses egos mal resolvidos. Está tudo lá. Tudo e todos. A história contada por cada um, suas trajetórias. Não inventamos nada nem excluímos ninguém.
Pretendem reeditar o livro?
Eu gostaria e o Décio também. Até aconteceu um fato hilariante: fui procurado por um editor e um dono de espaços de arte. O tal dono de espaços se sentou e tascou uma proposta bombástica: ele queria ser coautor e bancar nova edição de nosso livro. Eu lhe disse um rotundo não. Ele então devolveu com a frase fatal: "Eu sou muito rico!". Ora, como ser coautor sem escrever uma mísera linha? Ele imaginou que daríamos assim, no barato, um exaustivo trabalho que nos esfalfou durante anos. Nem pensar!
Atualmente, como é teu trabalho no Rio?
Fui editor de catálogos dos leilões da casa que eram realizados pomposamente nos salões do Copacabana Palace e, ao chegar, fui saudado pela então toda poderosa colunista de O Globo, a jornalista Hildegard Angel - minha colega de teatro ao tempo que viveu em Porto Alegre, casada com o músico Zé Rodrix. Disse Hilde: "Perde o RS e ganha o Rio. Renato Rosa agora compõe a equipe de Jones Bergamin da Bolsa de Arte". Claro está que essa nota causou um auê e me valeu - como sempre ocorre comigo - uma certa nuvem de animosidade no pedaço.
Porto Alegre é uma cidade ingrata?
Nunca afirmei isso, nem brincando! Não disse nem penso. É a cidade do meu coração. Ela me fez gente. E como já recebi o Diploma e a Medalha Cidade de Porto Alegre das mãos de um amigo, o (José) Fogaça, só posso ter uma relação amorosa com a cidade.
O que você gostaria de fazer ainda?
Ah... o futuro a Deus pertence e, como no fado cantado pela Amália Rodrigues, "...nem às paredes confesso". Mas eu gostaria de dar continuidade a um dos trabalhos que mais satisfação me deu, que foi a criação e nominação da Sala Professora Dionéia de Macedo Rüdiger, na CCMQ, que abriga o Memorial do Ator Gaúcho. São mais de 80 fotos do meu acervo pessoal.
 

Renato Rosa escolhe seus cinco principais grupos de artistas gaúchos

1 – “Alinharia desde um clássico como Pedro Weingäertner aos modernos Fahrion, Scliar, Glauco Rodrigues, Danúbio, Bianchetti, Iberê, Magliani, Xico Stockinger, Vasco Prado, Corona, Tenius e Paulo Peres”.
2 – “Existem outros, igualmente de obra encerrada que merecem melhores projeções e análises como Edgar Koetz, Scheffel, Oscar Boeira, Gastão Hofstäetter, Petrucci, Waldeni Elias, Trindade Leal e Alice Soares”.
3 – “E mais: Léo Dexheimer, Vera Chaves Barcellos, Paulo Porcella, Roth, Gheno, Zoravia Bettiol, Romanita, Maria Tomaselli, Saint-Clair Cemin, Britto Velho, Liana Timm, Luiz Carlos Felizardo”.
4 – “E uma nova leva de artistas mais jovens, mas com linguagem estabelecida como Eduardo Vieira da Cunha, Karen Lambrecht, Fernando Limberger, Lia Menna Barreto, Carlos Wladmirsky, Alfredo Nicolaiewsky, Leandro Machado, Anico.
5 – “E, por fim, Vagner Dotto, Maria Lucia Cattani, Edison Schröeder, que, assim como a dupla Mário Röhnelt e Milton Kurtz, foram precocemente desaparecidos”.

Renato Rosa escolhe as suas seis exposições mais significativas

- Individual de pinturas e serigrafias Volpi 80 Anos, na Galeria do IAB
- Picasso Cerâmicas, no MARGS
- Itinerante de individuais do Fuhro exibindo a série Fair Tênis, em São Paulo, Rio, Curitiba e Campinas
- Arte Erótica/RS, no MARGS
- Artists from the South of Brazil, na Embaixada do Brasil em Haia, acompanhada do lançamento da segunda edição do Dicionário de Artes Plásticas no Rio Grande do Sul
- Mostra coletiva Magliani a Solidão do Corpo, retrospectiva na Pinacoteca Aldo Locatelli

Amigos falam sobre Renato Rosa

Tânia Carvalho, comunicadora
Sempre fui amiga do Renato. Literalmente, desde pequena. Nossas mães tinham trabalhos paralelos e Maria Carvalho sempre admirou o Renato, achando um guri inteligente e vivaz, cheio de curiosidade. Minha mãe conseguiu uma bolsa de estudos para ele no Colégio Ruy Barbosa e se orgulhava disso. Renato nunca se esqueceu dela, nem eu do Renato. Todos os meus livros, eu cuidava, pois seriam dele nos anos seguintes. Convivemos há mais de 70 anos".

Maryur Tedesco Silber, ex-galerista
Conheci ele, superficialmente, nos anos 1970, quando eu "brincava" de galerista. Digo brincava porque me faltavam alguns atributos para a função. Aí tive um desentendimento com meu sócio e encerramos a parceria. Bem ao gosto de Porto Alegre, tivemos torcida para ambos. Soube então que o Renato me defendera. O tempo passou e no início dos anos 2000 fomos apresentados. Desde então construímos uma rica amizade. Renato é inteligente, culto, confiável. Grande amigo de seus amigos. Divergimos, às vezes, sempre nos respeitando. E como marchand, ele é um inegável talento, descobrindo, valorizando e homenageando aqueles que ele admira".

Juarez Fonseca, jornalista
Nos conhecemos em 1965, no Julinho. Eu era colega de aula do jovem diretor de teatro Reinaldo Teixeira, que, na montagem de À Margem da Vida, tinha o Renato como diretor-assistente. Reinaldo me chamou para entrar na turma. Depois dos ensaios (noturnos, claro), íamos para um bar na Salgado Filho falar de teatro, cinema, música. Renato trabalhava como secretário de Manoel Pedro Leão dos Reis na Transforte Sul, uma transportadora de valores. Logo ele começaria a se aprofundar nas áreas das artes plásticas. Aí já estou cursando Jornalismo e vendo crescer o grupo de amigos em comum, gente divertida e talentosa como Magliani e Caio Fernando Abreu. Como Renato conhecia todos os artistas e tinha um texto muito bom, o convidei para escrever no Exemplar, jornal do Clube do Professor Gaúcho, do qual eu era editor-chefe. O primeiro perfil foi de Romanita (então Martins, mais tarde Disconzi). Na sequência, Fuhro, Eduardo Cruz, Plinio Bernhardt, Magliani, Danúbio Gonçalves, Antonio Gutierrez, Mello da Costa, Waldeny Elias, Guenther Leyen e por aí segue. Em 27 edições, Renato reuniu um verdadeiro who's who das artes no RS, o que nenhum outro jornal faria. O tempo voou e seguimos amigos, ambos com boa memória e histórias em comum. Renato foi trabalhar no Rio, mas o contato digital é quase diário. E, que eu lembre, nunca nos desentendemos.
Claudinho Pereira, DJ
Renato Rosa é um querido amigo e irmão de vida e um dos maiores marchand e pesquisador de arte do Brasil. Quando estava escrevendo o livro Na Ponta da Agulha, recorri a ele. Sua memória sobre a cidade de Porto Alegre é notável e me ajudou muito".

Preta Pereira, produtora
Nos conhecemos nos anos 60 no Scavi, onde o Claudinho Pereira era o discotecário. A partir daí, dançávamos Independência acima em todas as casas noturnas e nunca mais nos largamos. Renato me mostrou muito das artes gaúchas e artistas como Fabretti. Fuhro, Wagner Doto, Magliani e tantos outros. O que eu mais gosto no Renato é seu humor sarcástico. Sempre que vem a Porto Alegre ele me pede bife à milanesa, que eu faço com o maior prazer".
 
 
* Márcio Pinheiro é jornalista e escreveu os livros Esse Tal de Borghettinho e Rato de Redação - Sig e a História do Pasquim.