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Publicada em 02 de Maio de 2022 às 10:34

Salgado Filho volta a operar com aparelhos para pousos e decolagens com nevoeiro

Aeroporto sofre com a interferência dos nevoeiros, que geram atrasos e suspensão de voos

Aeroporto sofre com a interferência dos nevoeiros, que geram atrasos e suspensão de voos

MARCELO G. RIBEIRO/JC
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Patrícia Comunello
Patrícia Comunello
A nova extensão da pista do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, ainda não foi liberada para uso das aeronaves, mas os equipamentos que permitem pousos e decolagens com nevoeiro mais baixo já estão operando novamente. Na prática, a condição reduzirá a frequência de atrasos ou cancelamentos de voos. 
A nova extensão da pista do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, ainda não foi liberada para uso das aeronaves, mas os equipamentos que permitem pousos e decolagens com nevoeiro mais baixo já estão operando novamente. Na prática, a condição reduzirá a frequência de atrasos ou cancelamentos de voos. 
Os aparelhos são essenciais principalmente no inverno, quando a incidência do fenômeno meteorológico é mais frequente, prejudicando a operação e afetando a malha aérea não só de viagens que partem ou chegam à Capital, mas de outras localidades devido a conexões que passageiros precisam fazer e acabam não conseguindo.   
O Instrument Landing System (ILS) categoria 2 (CAT II) "está operacional" desde 21 de abril, segundo a concessionária. A formalização foi comunicada um dia antes, em 20 de abril.
A liberação foi dada pelo Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta II), ligado ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea).
A existência do ILS CAT II não acaba com a limitação imposta pelo nevoeiro.
A Fraport explica que a operação CAT II exige visibilidade horizontal acima de 300 metros de comprimento e vertical maior que 30,5 metros.
"Se a neblina estiver mais densa que isso, não é permitido operar nem com CAT II", esclarece a concessionária, em nota, e acrescenta sobre duas exigências para uso dos instrumentos:
"Os pilotos devem possuir habilitação para operar o ILS CAT II e as aeronaves devem estar equipadas para tal", condiciona a empresa, que administra o Salgado Filho desde janeiro de 2018.
A Fraport também faz outro esclarecimento sobre os dias de nevoeiro ou outra situação que possa impedir pousos e decolagens:
"É importante ressaltar que o aeroporto nunca fecha. A Torre de Controle alerta quais são as condições de visibilidade. A decisão de pousar, ou não, é sempre do piloto, de acordo com seu treinamento e características da aeronave".
O aparelho estava desabilitado há mais de dois anos, justamente para as obras de construção da nova extensão do traçado, que passou de 2.280 metros para 3.200 metros, e custaram R$ 135 milhões. A ampliação é parte do contrato da concessão com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
As obras se encerraram em fevereiro deste ano, incluindo a Resa, porção instalada após a pista usada para escape das aeronaves. O cronograma teve atraso de um ano devido à demora na liberação da área da Vila Nazaré para a montagem da Resa. O trecho fica próximo à avenida Sertório, na área mais ao Norte do aeródromo.   
O conjunto de instrumentos teve de ser realocado fisicamente para se adequar à nova condição da pista, por isso ficou desligado.
A Fraport também informou que a previsão de uso do traçado é a partir de 19 de maio, conforme sinalização da Anac. Ainda será preciso que a Anac homologue a extensão, para que ela comece a ter pouso na nova extensão.
A data já permite que companhias aéreas solicitem o uso do novo traçado para operação de aeronaves mais pesadas (cargas) ou de maior porte para transporte de passageiros comparadas às atuais.
As melhorias e ampliação da capacidade abrem uma nova fase para o transporte no complexo da Capital gaúcha.

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