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Publicada em 13 de Maio de 2025 às 15:16

‘Temos de levar investidores dos EUA para o RS’, diz presidente da Fiergs

Presidente da Fiergs, Claudio Bier avalia que é preciso divulgar melhor as potencialidades do Rio Grande do Sul

Presidente da Fiergs, Claudio Bier avalia que é preciso divulgar melhor as potencialidades do Rio Grande do Sul

Fernanda Crancio/Especial/Divulgação/JC
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Fernanda Crancio
Fernanda Crancio Editora de Economia
* De Nova York (EUA)
* De Nova York (EUA)
A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) integra missão empresarial nos Estados Unidos nesta semana, liderada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A agenda, que conta com a participação do presidente da entidade, Claudio Bier, se estende até sexta-feira (16), com programações em Nova York e em Boston, com objetivo de aprofundar o diálogo bilateral entre os setores público e privado e defender um ambiente de negócios mais integrado e competitivo entre os países.
Bier também acompanha o RS Day, na terça-feira (13). O dirigente da Fiergs falou com a reportagem do Jornal do Comércio na segunda-feira, em meio às atividades do Brazilian Regional Markets, promovido pela Apex Partners. Nesta entrevista, destaca a importância para a indústria gaúcha em participar da missão nos Estados Unidos e divulgar as oportunidades do Rio Grande do Sul a investidores.

Jornal do Comércio - Qual sua avaliação sobre a inserção do Rio Grande do Sul na programação da Brazilian Week deste ano e o papel da Fiergs como divulgador do Estado neste contexto?
Claudio Bier - A CNI e a Fiergs – principalmente a Fiergs – não poderiam deixar de participar de um evento com essa magnitude. Estamos aqui para apoiar o nosso Estado, apoiar as indústrias do Rio Grande do Sul e não poderíamos deixar de estar em um evento tão importante como esse, fundamental para o nosso Estado e as nossas indústrias.
JC - A entidade também participa em Nova York do RS Day, promovido pela Invest RS, voltado à divulgação do RS e à captação de futuras parcerias e investimentos. O evento é considerado um marco para o Estado, principalmente após a tragédia climática de 2024. O senhor acredita que pode potencializar a retomada do Estado e significar uma reviravolta em termos de desenvolvimento econômico ?
Bier – Nós já estamos (na reviravolta), né, acho que já demos a volta. Os números do Estado já são bem melhores. Mas acho importantíssimo termos o nosso dia aqui em Nova York, o dia do nosso Estado, para que venhamos a vender melhor o nosso Estado, que hoje é seguro, é um estado que tem energia sobrando, e isso poucos estados têm. Isso deve ser melhor divulgado.
JC- E como agilizar esse processo?
Bier - Temos que divulgar e levar investidores daqui (EUA) para o nosso Estado, para o nosso País, mas principalmente para o nosso Estado.
JC - A Fiergs também está com agendas próprias e ao lado da Confederação Nacional da Indústria nos EUA nesta semana. O senhor teve reuniões com diplomatas também, como avalia as relações internacionais, de protecionismo norte-americano e as tensões geopolíticas?
Bier - Sim, essa agenda (com diplomatas) foi muito boa. Estivemos a manhã inteira (de segunda-feira) com o embaixador do Brasil nos Estados Unidos e discutimos todas essas questões, ao lado do presidente da CNI, (Ricardo) Alban, que capitaneou essa reunião, e tinham em torno de 14 ou 15 federações, mas do Sul só estávamos nós. E defendemos com muita propriedade a retomada do Mercosul na reunião. O Mercosul está aos poucos se esvaindo e queremos que ele se mantenha.
JC - E como foi recebida essa questão de fortalecimento do Mercosul?
Bier - O Mercosul é fundamental, como falou o governador (Eduardo Leite) na apresentação dele aqui (no evento da Apex Parters sobre desenvolvimento regional), porque estamos muito próximos da Argentina, que é o segundo mercado da América Latina, então, temos essa questão. Por exemplo, temos que importar aço no centro do País, transformar nossos produtos e trazer novamente de volta ao País. Então, esse passeio do aço nos custa muito caro, temos que brigar por certas coisas para que possamos transformar essa má localização do nosso Estado, e beneficiar o negócio do aço.

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