Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 23 de Abril de 2024 às 12:04

Em Hannover, presidente da Anfavea diz que investimentos mostram potencial da indústria brasileira

Márcio de Lima Leite destacou aportes de R$ 130 bilhões na indústria automotiva do Brasil

Márcio de Lima Leite destacou aportes de R$ 130 bilhões na indústria automotiva do Brasil

Guilherme Kolling/Especial/Jc
Compartilhe:
Guilherme Kolling
Guilherme Kolling Editor-chefe
De Hannover, na Alemanha 
De Hannover, na Alemanha 
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, é um dos industriais brasileiros presentes na Feira de Hannover. Na segunda-feira, ele foi um dos painelistas do Fórum de Investimentos Brasil-Alemanha: Atualizando a Parceria Bilateral, realizado no Centro de Convenções da feira.

Em sua fala, o dirigente da Anfavea – que também é vice-presidente na América do Sul do grupo Stellantis (responsável por marcas como Fiat, Peugeot e Citroen) – sustentou a competitividade da indústria brasileira.

Destacou que o País, além de uma matriz forte em geração de energias renováveis, no setor automotivo tem tudo para a produção de um veículo, desde a extração do minério, passando por engenharia de ponta, mão de obra qualificada, polo de autopeças, chegando a carros que podem ser exportados para qualquer parte do mundo. “O Brasil vai além dos recursos renováveis. Tem capacidade técnica e é modelo no mundo para o setor de autopeças.

Em conversa com a reportagem após o seminário, apontou os investimentos anunciados de R$ 130 bilhões até 2030 como prova da competitividade da indústria automotiva nacional nesse momento de transição energética. O presidente da Anfavea avalia que o cenário no País, após importantes reformas, é de estabilidade, segurança jurídica e incentivos do governo através do programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que permitirão a renovação da frota com carros que poluem menos.

Nesta entrevista ao Jornal do Comércio, Márcio de Lima de Leite ainda fala da importância da participação brasileira em Hannover.



Jornal do Comércio – O senhor defendeu que a indústria automotiva brasileira é competitiva internacionalmente. Por quê?

Márcio de Lima Leite – Isso é uma realidade, o Brasil tem desenvolvido muito a qualificação dos seus profissionais. E foi deixando de ser um país apenas de montadoras de automóveis para se tornar de grandes fabricantes, aí incluindo o setor de autopeças, as universidades, academia. Hoje é um know how muito forte presente na indústria brasileira. E os nossos produtos competem com a tecnologia de países de primeiríssimo mundo. Então, em termos de competitividade de produto, o Brasil já possui tecnologia para competir com qualquer país. Agora estamos acelerando a competitividade industrial com acordos bilaterias, nisso sim o Brasil está caminhando. Competitividade (do produto) nós já temos.

JC – Qual é a importância da presença brasileira na Feira de Hannover para o setor?

Leite – Extremamente importante, a relação do Brasil com Europa e Alemanha, o Brasil sempre teve esse vínculo muito forte em termos de troca de tecnologia, em termos de investimentos, de abertura para esse mercado. Então, a presença aqui (na Feira de Hannover) é fundamental para mostrar o que temos. E o Brasil está recebendo nesse momento investimentos bilionários...

JC – Qual é a cifra total entre fabricantes de veículos no País?

Leite – São R$ 130 bilhões até 2030. Isso é fruto do que é o mercado brasileiro, tanto em termos de produção quanto de mercado potencial para exportação. O Brasil se posiciona muito bem, tanto com matérias-primas, insumos, mão de obra. E esses investimentos vem nesse período de transição energética, não apenas visando o mercado local, mas certamente também para exportação.

Notícias relacionadas