Em um cenário de rápidas transformações econômicas, sociais e tecnológicas, não basta apenas acompanhar o ritmo — é preciso liderar o movimento. É com essa mentalidade que o Sincodiv/Fenabrave-RS tem se reposicionado nos últimos anos. Muito além da atuação tradicional de um sindicato ou federação, a entidade assume um papel estratégico e colaborativo na construção de um setor automotivo mais forte.
A mudança de postura ganhou impulso após as reformas trabalhistas e tem se intensificado diante dos novos desafios enfrentados por um mercado dinâmico. Representando mais de 700 concessionárias de capital genuinamente nacional e cerca de 22 mil empregos diretos no Estado, o Sincodiv/Fenabrave-RS se consolida como uma plataforma de benefícios e desenvolvimento. Com um olhar para cada segmento — de veículos de passeio e utilitários, passando pelas duas rodas, setor agro e pesados —, a entidade tem estruturado ações, formações técnicas e estratégias de inteligência de mercado.
"Somos um mercado em constante movimento, que agrega dezenas de players por ano e oferece ao consumidor múltiplas oportunidades. Para manter nossa competitividade, precisamos estar sempre atualizados em gestão, tecnologia e sustentabilidade", ressalta Jefferson Fürstenau, presidente da entidade.
• LEIA TAMBÉM: Abicalçados tem enfatizado ao governo a importância de negociações com os Estados Unidos
Entre os pilares dessa modernização está o fortalecimento de parcerias institucionais. O Sincodiv/Fenabrave-RS firmou convênios com entidades para oferecer aos seus associados soluções em redução de custos, segurança da informação, saúde e bem-estar, em conformidade com legislações sociais, econômicas, políticas e ambientais. Outro avanço é a criação do braço educativo do sindicato, o Sincodiv Educa, que tem suas primeiras ações agendadas para este segundo semestre. Por meio de campanhas lúdicas e ações de conscientização, a entidade quer estar presente no imaginário coletivo da população, promovendo um trânsito mais seguro e humano, olhando atentamente para a comunidade.
O Rio Grande do Sul, que na década de 90 ocupava a quarta colocação no ranking de vendas de veículos do País, hoje amarga a nona posição — e em segmentos como o de motocicletas, despenca para o 19º lugar. "A queda nos emplacamentos em junho, somada à perda de participação no mercado nacional, nos preocupa. Ainda enfrentamos uma burocracia excessiva e custos elevados no processo de emplacamento. Como, por exemplo, a vistoria física para veículos zero quilômetro", afirma Fürstenau.
As consequências das tragédias climáticas também impactaram o setor. A retração em junho é explicada, em parte, pela iminência de novos alagamentos em Porto Alegre e Região Metropolitana, somada à ausência, neste ano, do efeito compensatório das indenizações pagas pelas seguradoras em 2024.