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Coronavirus

- Publicada em 20 de Maio de 2021 às 18:35

Comitê científico reforça que RS ainda está no pior momento da pandemia

Grupo alerta para ideia equivocada de controle e pede reforço aos cuidados contra o coronavírus

Grupo alerta para ideia equivocada de controle e pede reforço aos cuidados contra o coronavírus


MARIANA ALVES/JC
Fernanda Crancio
No mesmo dia em que o governo gaúcho anunciou o novo modelo de monitoramento da pandemia, o Sistema 3As, o Comitê Científico de apoio ao enfrentamento da pandemia no Rio Grande do Sul publicou nota técnica para alertar a população sobre o atual estágio da disseminação da Covid-19 no Estado. No documento, com data de 14 de maio, o grupo expressa preocupação com o cenário da crise sanitária e afirma que, desde março de 2021, "nosso Estado está passando pelo pior momento desta pandemia".
No mesmo dia em que o governo gaúcho anunciou o novo modelo de monitoramento da pandemia, o Sistema 3As, o Comitê Científico de apoio ao enfrentamento da pandemia no Rio Grande do Sul publicou nota técnica para alertar a população sobre o atual estágio da disseminação da Covid-19 no Estado. No documento, com data de 14 de maio, o grupo expressa preocupação com o cenário da crise sanitária e afirma que, desde março de 2021, "nosso Estado está passando pelo pior momento desta pandemia".
O texto aponta que, "graças aos esforços do povo gaúcho" foi possível reduzir o número diário de óbitos, mas alerta que este indicador ainda está elevado no Estado. Segundo o comitê, a queda nas mortes por Covid-19, quando associada ao aumento da mobilidade da população, gera "uma falsa sensação de controle da pandemia na sociedade, que pode contribuir para o aparecimento de novas ondas".
A afirmação vem ao encontro do pedido feito pelo governador Eduardo Leite nesta quinta-feira (20) aos gaúchos, ao anunciar que oito das 21 regiões do Estado têm alerta de piora da pandemia. O chefe do Executivo demonstrou preocupação pelo cenário nessas áreas, agravado pelo aumento das contaminações pelo novo coronavírus que vem sendo registrado no Paraná, na Argentina e no Uruguai.
"É importante que todos se cuidem, podemos estar diante de um crescimento de casos em todo o Estado, neste momento detectado nessas regiões. Mas é importante que todos possam se cuidar e de todos os que estão a sua volta", disse Leite após o anúncio de alertas às regiões de Palmeira das Missões, Uruguaiana e Santa Rosa.
O Comitê, formado por especialistas de universidades e diversas áreas do conhecimento, destacou ainda a recente substituição do modelo de distanciamento controlado, que divulgava bandeiras de acordo com o risco epidemiológico de cada região, para o sistema de três níveis- Aviso Alerta e Ação (3As)- de gestão da crise sanitária, que pode ter ajudado a passar à sociedade a ideia errada de que a pandemia está sob controle. "A substituição do modelo de bandeiras por um novo sistema pode ter contribuído para esta percepção pública equivocada de que a pandemia está controlada", afirma.
Segundo os membros do colegiado, é fundamental lembrar que o número atual de pacientes em leitos clínicos e UTIs ainda é superior ao registrado no pior momento de 2020. Nesta quinta, o RS tem 80% dos leitos de UTIs ocupados, número que ainda preocupa, e já ultrapassou a marca de 27 mil contaminados pelo coronavírus.
Além disso, há o surgimento de novas variantes mais transmissíveis do vírus no Estado, como a P1 e a cepa do Reino Unido, que também colaboram para o risco de um agravamento ou "nova onda" da pandemia.
O andamento da vacinação no Estado também é ponto destacado. Atualmente, embora o RS seja um dos estados que mais vacinam no País, a imunização completa, com as duas doses, chegou a apenas 23% da população que integra o grupo prioritário. Por isso, o Comitê reforça a necessidade de os gaúchos manterem o cuidados básicos de enfrentamento da pandemia, como o uso de máscara, higiene das mãos e manutenção dos ambientes sempre ventilados. "Além disto, é preciso manter todos os outros cuidados para reduzir a circulação do vírus, conforme amplamente divulgado pelas notas anteriores deste comitê científico", encerra.
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