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Coronavirus

- Publicada em 18 de Maio de 2021 às 18:36

Novo sistema de monitoramento emite cinco alertas e sete avisos no Rio Grande do Sul

Leite destacou que regiões têm 48 horas para adequar protocolos

Leite destacou que regiões têm 48 horas para adequar protocolos


Gustavo Mansur - Divulgação/JC
Adriana Lampert
Nesta terça-feira (18), o governo do Estado emitiu cinco alertas e sete avisos para diferentes regiões do Rio Grande do Sul, baseados no sistema 3As, que substitui o modelo de distanciamento controlado que vinha sendo aplicado para monitorar a pandemia de Covid-19. Após o Gabinete de Crise do Executivo comunicar, no início da tarde, as regiões que receberam o alerta da tendência de agravamento da disseminação do novo coronavírus e do aumento de pressão na demanda hospitalar, o governador Eduardo Leite apresentou os dados que levaram à decisão em uma transmissão ao vivo pelas redes sociais. 
Nesta terça-feira (18), o governo do Estado emitiu cinco alertas e sete avisos para diferentes regiões do Rio Grande do Sul, baseados no sistema 3As, que substitui o modelo de distanciamento controlado que vinha sendo aplicado para monitorar a pandemia de Covid-19. Após o Gabinete de Crise do Executivo comunicar, no início da tarde, as regiões que receberam o alerta da tendência de agravamento da disseminação do novo coronavírus e do aumento de pressão na demanda hospitalar, o governador Eduardo Leite apresentou os dados que levaram à decisão em uma transmissão ao vivo pelas redes sociais. 
Na lista de alertas, estão as regiões de Cachoeira do Sul, Cruz Alta, Ijuí, Passo Fundo e Santo Ângelo. Já os sete primeiros avisos do novo sistema foram emitidos para as regiões de Santa Maria, Uruguaiana, Santa Rosa, Palmeira das Missões, Pelotas, Caxias do Sul e Santa Cruz do Sul. A partir da comunicação pelo Estado, cada uma delas deverá redobrar a atenção para o quadro da pandemia.
"A situação mais grave das regiões em alerta está em Santo Ângelo, devido ao rápido crescimento de casos, que passaram de 260 no último dia 9 para 424 casos no dia 16 de maio. Isso significa quase 63% de aumento de incidência em sete dias", destacou o governador. Em leitos clínicos, o número de confirmados cresceu 51,5% em 19 dias – de 99 em 27 de abril para 150 em 16 de maio. Nesta mesma data, 45 pacientes estavam internados na UTI com Covid-19, o maior ponto da série histórica na região. A taxa de ocupação está em 100%, e 85% dos pacientes são confirmados por Covid-19.
"A incidência de óbitos na região também está aumentando", observou Leite. De acordo com os dados, o número de mortes cresceu de oito (em 8 de maio) para 12 (em 16 de maio), inflando 43% em uma semana. "Esse valor é 78,8% maior que a média estadual, de 6,8 em 16 de maio", frisou o governador.
Também houve aumento da incidência de casos em Cachoeira do Sul, que registrou 665 novas notificações na última semana, chegando a 327 casos por 100 mil habitantes. "Este índice é muito maior do que o observado no Estado, que tem incidência de 224 casos por 100 mil habitantes", justificou Leite. De acordo com o levantamento, a região registrou a sexta maior incidência acumulada em sete dias em todo o Rio Grande do Sul e enfrenta aumento de 15,6% no número de pacientes suspeitos e confirmados com Covid-19 internados em leitos clínicos. A taxa de ocupação em leitos de UTI é ainda mais crítica, chegando a 145% no último domingo (16), o que indica utilização de leitos não regulares para tratamento dos pacientes.
Segundo Leite, o Gabinete de Crise se reuniu nesta segunda-feira (17) para debater os resultados da análise destes e dos demais dados levantados pela equipe técnica do GT Saúde, no decorrer do final de semana. "As regiões terão  48 horas para responder sobre o quadro e apresentar um plano de ação que esteja compatível com a situação epidemiológica apontada, com o objetivo de reverter a situação que estão enfrentando", disse o governador. A ação das regiões é o terceiro dos 3As. O prazo começou a contar a partir da notificação às prefeituras e regiões, e se encerra às 15h de quinta-feira (20).
Caso a resposta da região seja considerada adequada, de acordo com o que o nível de contágio e sobrecarga do sistema hospitalar, a proposta é aplicada imediatamente. Ao contrário, o Estado poderá intervir e estipular ações adicionais a serem seguidas. O mesmo ocorre caso a região não apresente uma ação em 48 horas. "Na ausência de protocolos locais, vale o protocolo padrão do Estado, que só pode ser substituído com acordo de 2/3 dos prefeitos de cada região", lembrou o governador.
A partir da próxima semana, as reuniões do Gabinete de Crise ocorrem todas as quartas-feiras, após o encontro do GT Saúde, para analisar as recomendações feitas pela equipe técnica. "No entanto, o GT poderá se reunir a qualquer momento, se detectar alguma piora nos indicadores, e emitir avisos às regiões", detalhou Leite. Somente no caso de alertas é que a comunicação depende de análise do Gabinete de Crise.
"O principal objetivo do novo sistema é tornar a gestão da pandemia mais simplificada, sem engessar em fórmulas matemáticas, e com análise mais ampla de dados e informações", para que a partir disso possam ser estudadas as necessidades de alertas, "compartilhando a definição de protocolos para as atividades com prefeituras e associações regionais", explicou Leite. Antes do Sistema 3As, o Modelo de Distanciamento Controlado era feito através de bandeiras, atualizadas semanalmente a partir de indicadores pré-fixados.
"Estamos falando de ciência política. Temos de mobilizar a sociedade inteira, dentro de um complexo sistema de governo, que pressupõe Estado e municípios, para o entendimento das medidas que podem vir pela frente", defendeu Leite. Na análise do governador, o sistema é mais simples, eficaz e rápido. "É um reforço de governança que estamos dando, a partir do momento que se avisa uma região para que tome as providências. Com isso, queremos e proteger a saúde e a vida dos gaúchos e tentar ao máximo conciliar com as atividades econômicas”, pontuou Leite.
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