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Publicada em 23 de Janeiro de 2025 às 19:06

Alta dos alimentos pressiona e acende alerta em Brasília

ARTE/JC
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A alta dos preços dos alimentos no decorrer de 2024 tornou a ida do brasileiro ao supermercado uma tarefa difícil, dada a corrosão do orçamento doméstico para quem precisa colocar comida na mesa todos os dias. Em dezembro, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do País, fechou o ano em 4,71%. O resultado foi influenciado principalmente pelo grupo Alimentação e Bebidas (7,69%), que teve o maior impacto (1,63 p.p.) no acumulado do ano do indicador.
A alta dos preços dos alimentos no decorrer de 2024 tornou a ida do brasileiro ao supermercado uma tarefa difícil, dada a corrosão do orçamento doméstico para quem precisa colocar comida na mesa todos os dias. Em dezembro, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do País, fechou o ano em 4,71%. O resultado foi influenciado principalmente pelo grupo Alimentação e Bebidas (7,69%), que teve o maior impacto (1,63 p.p.) no acumulado do ano do indicador.
No grupo de Alimentos, os destaques principais foram as carnes (20,84%), o café moído (39,60%), o leite longa vida (18,83%), o óleo de soja (29,21%) e as frutas (12,12%). No mesmo sentido, a alimentação fora do domicílio subiu 6,29%, sobressaindo a refeição, com aumento de 5,70%, e o lanche (7,56%).
Os eventos (e extremos) climáticos pelos quais o Brasil passou nos últimos anos ajudam a explicar em parte os motivos que levaram à elevação dos preços dos principais itens que formam a mesa dos brasileiros. Na agricultura os impactos vêm com as quebras de safras, a menor produtividade pela má qualidade dos solos, a redução da intenção de plantio pelo receio de novas perdas e o crédito caro para a retomada da atividade. No Rio Grande do Sul, além dos sucessivos episódios de estiagem que ao longos dos últimos somam prejuízos gigantescos em volume e valores em diversas cadeia produtivas, duas grandes enchentes em zonas de produção contribuíram para este cenário. A valorização do dólar também provoca impacto direto nos preços dos produtos no Brasil , especialmente na agricultura dependente de insumos internacionais.
A elevação dos preços medidos pelo IPCA acendeu alerta na virada do ano e nos últimos dias levou o primeiro escalão do governo a criar força-tarefa com a missão de baratear os preços dos alimentos, esta uma das promessas de campanha do presidente da República - a lembrar da famosa frase sobre a picanha, que em 2024 encerrou com alta acumulada de 8,75%. Colocar os preços nos 'eixos' será um desafio no governo Lula na segunda metade de sua gestão diante de todo um cenário macroeconômico também não menos desafiador. O tema é motivo de preocupação e deve ganhar novos contornos na próxima semana, quando o presidente Lula deve reunir seus ministros para pedir foco e urgência em programas que culminem em menor pressão inflacionária no bolso das famílias, sobretudo as da baixa renda.

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