Porto Alegre, seg, 07/04/25

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 16 de Setembro de 2024 às 17:59

O potencial de desenvolvimento da Região Sul do RS

ARTE/JC
Compartilhe:
JC
JC
O Sul do Estado é uma região que, historicamente, vem de performances econômicas inferiores a de outras partes do Rio Grande do Sul, especialmente se forem considerados índices como distribuição de renda e empregabilidade. Uma situação que aos poucos vem mudando com a diversificação da economia.
O Sul do Estado é uma região que, historicamente, vem de performances econômicas inferiores a de outras partes do Rio Grande do Sul, especialmente se forem considerados índices como distribuição de renda e empregabilidade. Uma situação que aos poucos vem mudando com a diversificação da economia.
A vocação do Sul quase sempre esteve atrelada à pecuária do Pampa e ao cultivo de arroz. A produção do grão é uma das principais marcas do setor agropecuário das regiões Sul, Campanha e Fronteira Oeste. É nesta área que mais de 70% do arroz produzido no Brasil é cultivado.
A situação, hoje, é outra. Obviamente o Sul não perdeu sua aptidão nessas áreas, mas qualificou e diversificou sua base com culturas que passam pela soja e milho.
Como exemplo, entre 2013 e 2023, o Estado ampliou em 2 milhões de hectares as áreas semeadas com soja, sobretudo entre a Fronteira Oeste, a Campanha e o Sul, que já respondem por cerca de 30% da produção.
Mas a diversificação econômica não para por aí. São investimentos que vão da fabricação de celulose e plantações de eucalipto, passando pelos setores de energia eólica e de fertilizantes.
Atualmente, a maior parte da potência instalada de energia eólica do Estado está nas regiões Sul e Fronteira Oeste, nas cidades de Santana do Livramento, Santa Vitória do Palmar, Chuí e Rio Grande.
Ainda dentro do setor, a expectativa de dias melhores passa por investimentos já anunciados na Refinaria Riograndense para torná-la a primeira biorrefinaria integral no País. A perspectiva é que em 2025 seja possível começar a operação comercial de combustíveis à base de fontes não fósseis.
Essas apostas já levaram, por exemplo, Rio Grande a avançar três posições no ranking das dez maiores economias gaúchas. Em 2021, figurava em quarto lugar entre os maiores PIBs (R$ 13,28 bilhões; 2,28% do total do RS).
E, nos próximos anos, as regiões Sul, Campanha e Fronteira Oeste devem ganhar ainda maior relevância econômica com o investimento na nova fábrica de celuose da CMPC, em Barra do Ribeiro; com a transformação da Refinaria Riograndense em biorrefinaria, em Rio Grande; com a geração de biogás a partir de resíduos sólidos em Minas do Leão; e com a perspectiva de desenvolvimento de alternativas à produção carbonífera em Candiota.
Esses são apenas alguns exemplos do potencial de produção da parte Sul do RS, cuja principal porta logística é o Porto de Rio Grande, por onde, hoje, estima-se que circule até 25% do PIB do RS.
 

Notícias relacionadas

Comentários

0 comentários