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Publicada em 27 de Agosto de 2024 às 18:36

O reconhecimento da pesquisa para a evolução do agro

Editorial

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A produção de conhecimento por meio de pesquisas científicas é fundamental para uma nação crescer como sociedade. Para um "fazer Ciência" efetivo são necessários vários fatores, mas, notoriamente, o principal deles é investimento.
A produção de conhecimento por meio de pesquisas científicas é fundamental para uma nação crescer como sociedade. Para um "fazer Ciência" efetivo são necessários vários fatores, mas, notoriamente, o principal deles é investimento.
A promessa do governador Eduardo Leite, feita durante a 28ª edição do prêmio O Futuro da Terra - promovido pelo Jornal do Comércio e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do RS (Fapergs) -, de que, em 2025, o Rio Grande do Sul terá o maior investimento em pesquisa da história é de suma importância.
A iniciativa precisa e deve ser celebrada, principalmente diante do longo caminho que o RS terá pela frente para se recuperar economicamente da maior tragédia climática de sua história. Dentro de um plano de reconstrução e de recuperação, o fomento à Ciência, à pesquisa e à tecnologia é um reconhecimento de que para o Estado crescer econômica e socialmente são necessários mais incentivos à área.
No RS, sobretudo, a pesquisa é essencial para o campo. São trabalhos que influenciam de forma decisiva a cadeia do agronegócio, tendo como reflexo maior qualidade e produtividade. O Futuro da Terra busca, justamente, reconhecer o trabalho de cientistas, pesquisadores, produtores rurais e empresas que, através de práticas inovadoras e sustentáveis, contribuem para o desenvolvimento do agronegócio e para a preservação do meio ambiente.
As chuvas extremas de abril e maio causaram prejuízos ao solo gaúcho na casa dos bilhões, especialmente devido ao encharcamento. Levantamento da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) estima que sejam necessários pelo menos R$ 6,6 bilhões para recompor as condições de solo em 3,2 milhões de hectares destinados à atividade agropecuária, especialmente no Vale do Taquari.
Dentro desse escopo, a Ciência é capaz de trazer soluções inovadoras para o RS, hoje, o terceiro maior produtor de grãos do País, atrás apenas do Mato Grosso e do Paraná. É, também, o maior produtor de arroz e de trigo, além de possuir a segunda maior produção de soja - hoje a liderança é do Mato Grosso. E isso, apenas, em grãos.
Só para dar outros exemplos, o Estado é o terceiro maior produtor de leite do Brasil, o primeiro no ranking de uva e o segundo no de maçãs. É um agro forte, que para ser ainda mais competitivo, precisa do incentivo à Ciência para criar ferramentas que amenizem os efeitos de eventos extremos do clima.
 

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