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Publicada em 25 de Agosto de 2024 às 17:03

Uma Expointer de superação para o agro gaúcho

ARTE/JC
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O Rio Grande do Sul ainda passa por um processo de recuperação das enchentes de maio, tanto nas questões econômicas, de infraestrutura e logística, quanto no fator emocional. Por isso, a Expointer 2024 tem um significado a mais neste ano para o povo gaúcho, que pretende fazer da 47ª edição da maior feira de exposição de animais da América Latina e uma das maiores do País, uma vitrine de sua capacidade de se reerguer diante de adversidades.
O Rio Grande do Sul ainda passa por um processo de recuperação das enchentes de maio, tanto nas questões econômicas, de infraestrutura e logística, quanto no fator emocional. Por isso, a Expointer 2024 tem um significado a mais neste ano para o povo gaúcho, que pretende fazer da 47ª edição da maior feira de exposição de animais da América Latina e uma das maiores do País, uma vitrine de sua capacidade de se reerguer diante de adversidades.
Os últimos anos têm sido difíceis para o agronegócio. Em 2024, quando ainda se recuperava de estiagens e eventos de chuvas extremas, veio a maior tragédia ambiental pela qual o Estado já passou. A abertura da Expointer, no sábado, mostrou, no entanto, que tal como ocorreu no ápice das cheias, com a população dando uma lição sobre resiliência e resistência às adversidades, a pecuária, o setor de máquinas e a agricultura familiar - tradicionais na feira - estão lutando para superar os problemas enfrentados.
Esperava-se que o Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio, recebesse menos animais e expositores no Pavilhão da Agricultura Familiar, devido às perdas registradas no campo - cerca de R$ 4,5 bilhões na agricultura, com mais de 206 mil propriedades rurais afetadas, e R$ 514,7 milhões na pecuária. Felizmente, não foi o que aconteceu.
Em 2024, o número de animais inscritos foi quase o mesmo de 2023, e chegou a 3.458 exemplares, entre bovinos, equinos, muares, ovinos, caprinos, bubalinos e coelhos. Ou seja, 22 a menos, uma queda ínfima de 0,63%. Uma demonstração de que os expositores estão confiantes para a retomada de seus negócios.
Já o Pavilhão da Agricultura Familiar chega com número recorde de participantes. São 413 empreendimentos de 181 municípios - em 2023 eram 174 municípios -, 41 expositores a mais do que na edição de 2023.
O mesmo ocorreu com o setor de máquinas agrícolas, que no período mais crítico paralisou a produção, teve dificuldade com o recebimento de insumos, assim como com na infraestrutura logística. Entusiasmadas com o ambiente de superação, as empresas desembarcaram no Parque Assis Brasil com uma centena de novidades.
E mesmo que a expectativa dos organizadores não seja de recorde de vendas e público, o fato de a feira estar ocorrendo é vista como uma vitória, um feito gigantesco diante de tudo o que o RS passou e continua passando. E o slogan da Expointer 2024 já diz tudo: "Superar é da nossa natureza".
 

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