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Editorial

Editorial

- Publicada em 18 de Julho de 2023 às 17:47

Produtores de noz-pecã no RS miram o mercado externo

A produção gaúcha de noz-pecã corresponde a 70% da safra nacional e é desenvolvida por cerca de 1,5 mil produtores em 200 municípios em todo o Rio Grande do Sul - com maior concentração na Depressão Central e no Vale do Taquari. Atualmente, o Estado também abriga 90% das indústrias processadoras desse tipo de noz no País, cuja safra deve bater um recorde em 2023, ultrapassando as 7 mil toneladas, conforme projeção do Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan). Mas para chegar ao momento atual, foram necessários incentivos fiscais, investimento em pesquisa e em treinamento técnico.
A produção gaúcha de noz-pecã corresponde a 70% da safra nacional e é desenvolvida por cerca de 1,5 mil produtores em 200 municípios em todo o Rio Grande do Sul - com maior concentração na Depressão Central e no Vale do Taquari. Atualmente, o Estado também abriga 90% das indústrias processadoras desse tipo de noz no País, cuja safra deve bater um recorde em 2023, ultrapassando as 7 mil toneladas, conforme projeção do Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan). Mas para chegar ao momento atual, foram necessários incentivos fiscais, investimento em pesquisa e em treinamento técnico.
No Brasil, são produzidas 2% da noz-pecã consumida no mundo, sendo o quarto produtor mundial. Com exportações em pequenos volumes, cresce a expectativa sobre a possibilidade de abertura do mercado chinês, um anseio antigo dos produtores, já que o país asiático importa anualmente 45 mil toneladas da fruta. Esse é, hoje, um dos grandes desafios para o desenvolvimento de uma cultura que já demonstra a plena capacidade de crescimento.
O setor já reuniu a documentação necessária para ser habilitado para exportar para a China. O país asiático compra 85% do total mundial de noz-pecã com casca, pouco consumida no Brasil.
Nativa das regiões Central e Sul dos Estados Unidos e do Norte do México, a nogueira-pecã, se adaptou bem ao clima - estações definidas e bom volume de chuva - e ao solo gaúchos. A árvore necessita de qualidade de frio acima de cem horas anuais e não tolera alta umidade.
No início, porém, o cultivo enfrentou desafios. As sementes trazidas ao Brasil não eram as ideais e, por isso, os agricultores precisaram adquirir conhecimento técnico sobre o manejo. Foram necessários investimentos em pesquisas e incentivos fiscais para que a cultura da noz-pecã chegasse onde chegou, se somando a outras que vêm despontando no RS, caso das oliveiras nas regiões Sul e Campanha gaúchas.
As políticas públicas para o cultivo da fruta ocorreram na década de 1970, mas foi apenas nos anos 2000 que os resultados vieram de fato, com mais produtores interessados e a cultura ganhando perenidade. Hoje, a fruta já é a oitava mais cultivada em território gaúcho. Dos 7 mil hectares plantados, cerca de 5 mil estão em idade de frutificação.
Com acesso ao mercado chinês, os produtores gaúchos poderão conseguir melhores preços pelo quilo da noz-pecã. No mercado nacional, atualmente, se paga uma média de US$ 2 (em torno de R$ 10,00) o quilo, e no internacional o valor pode chegar a US$ 4 o quilo.